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Gari graduado em História destaca invisibilidade social da profissão e poder transformador da Educação

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Fotos: Dje Silva

“Quando o homem compreende a sua realidade, pode levantar hipóteses sobre o desafio dessa realidade e procurar soluções. Assim, pode transformá-la e o seu trabalho pode criar um mundo próprio, seu ‘Eu’ e as suas circunstâncias”. Se essa frase de Paulo Freire, o mais importante educador brasileiro, remete ao poder libertador que a educação tem, ela certamente pode ser dirigida à vida de Ednilson de Pontes Silva. Aluno do curso de História do Centro de Humanidades (CH) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), ele apresentou recentemente seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), uma obrigação de praxe para todos os estudantes concluintes, mas que ganhou um significado especial quando, instantes antes de iniciar sua apresentação, o estudante se retirou da sala, vestiu um uniforme e retornou ao local para realizar a defesa da sua pesquisa.

O ato da troca de roupa não foi protocolar, nem sequer uma exigência por parte da banca. Foi o modo que ele encontrou para expressar o que representou sua trajetória ao longo do curso. Concursado desde 2011 na Prefeitura de Pirpirituba, sua cidade natal, Ednilson, que está prestes a completar 32 anos, trabalha diariamente como gari nas ruas do município e disse saber bem o que sua profissão representa aos olhos de muitas pessoas. Sem reconhecimento profissional e visto com desconfiança por lidar com materiais descartáveis, ele disse ter escolhido o tema de invisibilidade social por sentir na pele essa reação quase todos os dias.

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“As pessoas não reconhecem o trabalho dos garis. Existe um preconceito social enorme e nós sofremos isso todos os dias. É como se o fato da gente trabalhar varrendo a rua ou recolhendo o lixo nos diminuísse. Nós não somos invisíveis. Mas as pessoas não nos enxergam na rua. Já aconteceu comigo várias vezes de pessoas que eu conheço não falarem comigo se eu estiver vestindo a farda de gari”, disse Ednilson, que decidiu usar sua vestimenta na apresentação do TCC dias antes dela acontecer. “Como a área de concentração da pesquisa é História, Trabalho e Economia, eu achei que o ato de estar fardado tivesse uma grande representação”, acrescentou.

Intitulado “Trabalho, desigualdade social na contemporaneidade: reflexões sobre a invisibilidade dos agentes de limpeza pública (garis)”, o TCC de Ednilson Pontes começou a ser pensado a partir do contato que ele teve com a tese do psicólogo Fernando Braga Costa, que desenvolveu um estudo de psicologia social com garis. Orgulhoso do trabalho com 48 laudas, ele afirma ter levantado uma discussão importante nos contextos social e educacional. “Tudo o que eu lia naquela tese, que depois foi transformada em livro, era como se ele estivesse falando para mim. O autor falava do constrangimento que os garis passam, da invisibilidade social e é tudo isso que nós sofremos. É como se houvesse uma cegueira social impedindo que as pessoas nos enxerguem”, disse.

Por apontar o termo “cegueira social”, um dos autores utilizados pelo estudante foi o português José Saramago, autor do livro conhecido em todo mundo, “Ensaio sobre a Cegueira”. Além dele, foram usados como referenciais de pesquisa historiadores como Ricardo Antunes e Janaína Amado, que pesquisam sobre trabalho, classe operária, sindicalismo, conflitos sociais, entre outros. “A área de concentração nos deu oportunidade de abordar esses temas que são importantes para entendermos que cenário social é esse que vivemos. Na pesquisa que desenvolvemos está, além do estudante, um gari falando do que os garis sofrem diariamente”, destacou.

A professora Verônica Pessoa, orientadora do Trabalho de Conclusão de Curso, contou que, para ela, foi uma surpresa ver seu orientando entrar na sala vestido com sua roupa de trabalho, já que ele não havia comentado com ela, nem pedido sua opinião. Entretanto, ela valorizou a decisão do aluno, que conseguiu desempenhar uma pesquisa que tanto abordou questões relativas aos temas trabalho, invisibilidade social e a transformação da realidade a partir dos estudos feitos.

“O maior desafio era conseguir separar o pesquisador do objeto pesquisado. Mas, devido ao envolvimento de Ednilson como o tema e sua relevância social, a abordagem que ele fez foi muito boa. Foi uma grata surpresa a maneira como ele construiu o texto, usando parte da teoria e, logo em seguida, os depoimentos dos garis. Ele conseguiu evoluir muito, o que para mim e para a banca confirmou como um trabalho muito bom”, disse a professora, que ainda destacou a contribuição na banca avaliadora dos professores Rival Amador de Sousa e Susei Oliveira da Rosa.

No dia da apresentação, não bastava a presença da esposa Thaís Pereira Felipe, com quem é casado há seis anos, e da filha de dois anos, Laís Pereira de Pontes. Estavam lá alguns dos colegas garis que contribuíram para a realização da pesquisa de Ednilson. Satisfeito, ele agora está tentando se habituar com a repercussão que sua história teve. Após entrevistar seus amigos de trabalho, agora é ele quem tem atendido vários veículos de comunicação para aprofundar mais sua história. “Quando eu decidi apresentar o TCC com minha farde de gari, eu não esperava toda essa repercussão. Está sendo bom para as pessoas repensarem algumas coisas, como a valorização do nosso trabalho. Mas eu não quero ser lembrado apenas por isso. Quero que todos vejam o que a educação pode fazer na vida das pessoas”, acrescentou.

 

Aprendendo a não ter vergonha da profissão

Conviver com outros alunos no Câmpus III, em Guarabira, não foi tão fácil para Ednilson Pontes como para qualquer outro recém-chegado em uma Universidade. Em contato com colegas que muitas vezem usavam a roupa do trabalho dentro da sala de aula, ele afirmou ter refletido durante muito tempo se teria coragem de vestir sua farda para assistir aula. Tímido no começo do curso, apenas no segundo ano revelou para seus amigos qual era sua profissão e como se sentia às vezes por vivenciar situações constrangedoras envolvendo a reação das pessoas ao saberem que ele era gari.

“Você vê pessoas que estudam na área de Saúde assistindo aulas com jaleco, outros, aqui no Câmpus, vindo com farda de policial ou de terno, por estudarem Direito. Daí sempre fiquei pensando como seria a reação das pessoas se eu usasse minha farda da gari na Universidade. No início eu me sentia constrangido. Era um choque de realidade para mim a vida na Universidade. Mas depois de um tempo conversei com meus amigos de turma, contei do meu trabalho e a reação deles foi a melhor possível. Me apoiaram, me acolheram com mais alegria e reconheceram a validade da profissão de gari”, disse Ednilson.

Ainda durante o processo de pesquisa, ele afirmou outra tarefa importante da sua formação: convencer 10 de seus colegas garis a participarem do TCC. “Nós somos 21 garis na ativa e eu consegui conversar com 10 para participarem da entrevista para a pesquisa. No início foi difícil convencê-los e eu entendo isso. Eles tinham medo de se expor, mas consegui encorajá-los. É muito preconceito que nós sofremos, mas consegui mostrar a eles que essa era uma oportunidade para darmos mais visibilidade a nossa profissão e também nos valorizarmos”, acrescentou.

Família humilde e trajetória na escola pública

Da infância humilde no bairro da Caixa D’água, um local no Centro da cidade de Pirpirituba podia mudar a história de Ednilson. E era lá que ele via a oportunidade de melhorar a vida conquistando suas aspirações. A Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Augusto de Almeida foi a base educacional dele durante toda a sua formação, até concluir o Ensino Médio em 2006 e se ver no momento de colocar a prova o que aprendeu ao longo da vida.

Mas a trajetória não parecia ser fácil. Filho de um gari, profissão que o pai também exerceu, e de uma dona de casa, Ednilson precisava trabalhar paralelamente aos estudos para poder ajudar sua família. Foram anos no comércio de Guarabira que, além de contribuírem para seu sustento, também o enchia de vontade de continuar tentando ingressar em uma Universidade.

“Quando eu terminei o 3º ano, tentei vestibular na UEPB por dois anos, mas não consegui passar. Mas não parei por aí. Mesmo trabalhando no comércio eu usava o horário do almoço e a noite, quando chegava do trabalho, para estudar. Foi assim que passei no concurso, em 2011, mas o sonho de entrar na Universidade ainda era muito forte. Continuei estudando até que, em 2013, no último vestibular próprio da UEPB, consegui passar para o curso de História”, contou Ednilson.

E porque estudar História? Porque escolher a profissão de professor? Essas questões são rapidamente explicadas pelo futuro docente, que sempre viu na educação a chance de conseguir alcançar seus objetivos. “Sempre gostei de ler. Me interesso por poesia, literatura, até escrevi os agradecimentos do TCC em verso. Mas a História tem um significado diferente para mim. Entender as questões sociais, contribuir para a conscientização política e social das pessoas é algo que eu tenho muita vontade de fazer”, destacou.

Planos para a docência Ednilson também contou que tem. Além de ver potencial para continuar sua pesquisa na Universidade, em um Programa de Pós-Graduação, ele acredita que terá a oportunidade de mostrar, a partir de sua experiência, como a Educação pode transformar a vida das pessoas. “Se surgir uma oportunidade de ser professor, vou agarrar. Eu acho que, como gari, consegui plantar uma semente na vida de algumas pessoas. Mas, como professor, posso plantar muitas mais. A escola tem um papel primordial na vida da gente e se começarmos com a Educação nas crianças, seja ensinando que não pode jogar um papelzinho no chão, poderemos mudar muita coisa”, disse Ednilson, sem esconder a gratidão de ter conseguido seus objetivos a partir da escola pública.

“Eu só sou o que sou por conta da escola pública. Lá eu encontrei professores que me ajudaram a me formar e a formar muitas outras pessoas. E eu consegui me formar em uma universidade pública. Por isso fico muito triste com todos esses cortes na Educação. Se cortarem os investimentos quem vai sofrer é quem vem de baixo. Vai faltar escola e universidade para os filhos dos garis, das empregadas domésticas e não para quem pode pagar uma escola particular, por exemplo. Isso é a mesmo que cortar o sonho das pessoas”, concluiu Ednilson.

Texto: Givaldo Cavalcanti
Fotos: Dje Silva

Assessoria/UEPB

 

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LBV e Conselho do Idoso promovem encontro “Diga não à violência: Paz e respeito entre as gerações”

O Dia Mundial da Conscientização sobre a Violência contra a Pessoa Idosa é marcado com ações socioeducativas na LBV no bairro do Cruzeiro.

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Ascom/LBV

A população brasileira está mais velha. Com os avanços da medicina, o aumento da expectativa de vida das pessoas vem crescendo. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em dez anos (2012–2021) a parcela de pessoas com 60 anos ou mais, saltou de 11,3% para 14,7%. Em números absolutos, passou de 22,3 milhões para 31,2 milhões. À medida que mais pessoas atingem a idade, é fundamental intensificar os cuidados com a segurança, a qualidade de vida e o respeito com esse grupo etário.

Grave problema social

A violência contra os direitos dos idosos é um problema de ordem mundial, independentemente da etnia, religião ou classe socioeconômica. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), ações que afetam a integridade física e emocional da pessoa e que impedem ou anulam seu papel social são classificadas como situações de violência. Muitos não denunciam por medo de represália ou de punições por parte da família e optam em permanecer em silêncio achando ser a melhor saída para evitar conflitos.

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Cultura global de Paz

O Dia Mundial de Conscientização sobre a Violência Contra a Pessoa Idosa (15/6) é uma data reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2011, como um marco para manifestações do mundo inteiro em oposição aos abusos e sofrimentos infligidos às gerações mais velhas. Uma sociedade fortalecida e consciente é aquela que busca o respeito mútuo entre todos.

Nesse sentido, na última terça-feira (13/06), na Sede da LBV em parceria com o Conselho Municipal do Idoso de João Pessoa/PB, promoveu uma roda de diálogo para dezenas de idosos que integram o serviço de convivência e fortalecimento de vínculos – Vida Plena, da Entidade, para dar maior visibilidade à data e destacou ainda mais os direitos dessa população.

A LBV trabalha de forma preventiva para que os idosos tenham seus direitos garantidos e os vínculos com seus familiares fortalecidos, além de colaborar no processo do envelhecimento saudável, no desenvolvimento da autonomia e na inserção sociocultural dos atendidos em suas unidades.

Para conhecer o trabalho empreendido pela LBV em João Pessoa/PB, que atende crianças, adolescentes, idosos e famílias, faça uma visita a Sede da Instituição, situada a Rua das Trincheiras, 703 – Bairro do Cruzeiro. Junte-se à essa causa e ajude a investir nas diversas gerações beneficiadas pelas ações da Instituição.

Doe acessando o site www.lbv.org.br ou faça uma transferência bancária pelo PIX: [email protected] para que esse serviço aos mais vulneráveis leve Esperança, dignidade e cidadania.

Ascom

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MPT, MPPB, MPF e órgãos parceiros discutem empregabilidade de pessoas em situação de rua

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Foto: Ascom MPT-PB

Membros do Ministério Público do Trabalho na Paraíba (MPT-PB), do Ministério Público da Paraíba (MPPB) e do Ministério Público Federal (MPF) se reuniram com representantes de diversas instituições, na última quinta-feira (20), para discutir ações e estratégias para a implementação de um projeto de “Empregabilidade de Pessoas em Situação de Rua”. A procuradora-chefe do MPT-PB, Andressa Ribeiro Coutinho, conduziu a reunião, que aconteceu na sede da instituição, em João Pessoa.

A reunião contou com a participação de instituições federais, estaduais e também com entidades da sociedade civil organizada que já desenvolvem ações com a população em situação de rua.

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“A união de diversos órgãos em prol do resgate e da inclusão das pessoas em situação de rua como cidadãos efetivos é uma iniciativa que tem como objetivo a melhoria das condições de vida dessas pessoas e, principalmente, conferir o status de ‘cidadão efetivo’ a essas pessoas. O Ministério Público do Trabalho, dentro desse contexto, vem com o papel de auxiliar na inclusão dessa população vulnerável no mercado de trabalho para que ela venha a ter o seu sustento próprio, através da sua força de trabalho, da sua mão de obra”, ressaltou a procuradora-chefe do MPT-PB, Andressa Ribeiro Coutinho e coordenadora Regional da Coordigualdade/MPT (Coordenadoria de Promoção de Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho).

Evento em maio vai oferecer emissão de documentos
A promotora de Justiça do Ministério Público Estadual, Liana Carvalho, falou sobre a importância de garantir a documentação básica para esse público, porque algumas pessoas sequer “existem” oficialmente.

“Era muito importante que os entes públicos se reunissem, todos voltados para as políticas para pessoas em situação de rua. Houve novos avanços, principalmente quanto à inserção de novos atores na semana de registros públicos voltados a pessoas em situação de rua, que será de 8 a 12 de maio, comandada pela Corregedoria Geral do Tribunal de Justiça. Acho que esse foi o principal avanço, além da formação de um grupo, onde a gente vai continuar debatendo essas temáticas tentando levar o maior número de políticas públicas para essas pessoas tão necessitadas”, afirmou a promotora de Justiça Liana Carvalho, coordenadora do Núcleo de Gênero, Diversidade e Igualdade Racial (Gedir) do MP Estadual.

Censo da população em situação de rua
Um dos assuntos abordados pelos participantes foi a quantidade de pessoas que passaram a viver em situação de rua com os problemas sociais potencializados pela pandemia da Covid-19 e a importância de um censo que aponte a quantidade e a realidade em que vivem.

Empregabilidade, cidadania e acesso à justiça
“A reunião foi muito produtiva, uma vez que além de discutir meios de inserção da população em situação de rua no mercado de trabalho, colheu orientações e sugestões de outros órgãos no que concerne ao direito da pessoa em situação de rua de ter acesso ao sistema de Justiça e defesa dos direitos”, avaliou a procuradora da República Janaina Andrade, procuradora Regional dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal na Paraíba.

“A empregabilidade, cidadania e acesso à justiça é o tripé essencial para mudar a realidade social de um grupo de pessoas que estão em situação de vulnerabilidade”, acrescentou a procuradora Janaina Andrade.

Projeto começará na Capital
A proposta é que o projeto para empregabilidade de pessoas em situação de rua comece pela Capital, João Pessoa, para depois expandir a outras cidades da Paraíba. De acordo com o secretário executivo da Ação Social Arquidiocesana, Padre Egídio Carvalho, muitas pessoas em situação de rua possuem uma profissão e já trabalharam com carteira assinada.

Além do Ministério Público do Trabalho na Paraíba (MPT-PB), Ministério Público Estadual (MPPB) e Ministério Público Federal (MPF), participaram da reunião representantes da Justiça Federal da Paraíba, Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PB), Tribunal de Justiça da Paraíba (TJ-PB), Ação Social Arquidiocesana, Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano (SEDH), Pastoral Carcerária da Arquidiocese e Pastoral do Migrante.

Ascom MPT-PB

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Campi da UNIP são postos de coleta de donativos para as vítimas das chuvas no Litoral Norte

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Os campi da Universidade Paulista – UNIP, localizados na capital paulistana e em Alphaville (Santana de Parnaíba) estão recebendo doações que serão destinadas às vítimas dos temporais ocorridos no Litoral Norte de São Paulo.

São aceitas doações como alimentos não perecíveis, água potável, produtos de higiene pessoal e roupas e sapatos, que serão encaminhados ao órgão responsável pela distribuição.

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Os campi são:

Alphaville: Av. Yogiro Takaoka, 3.500 – Santana de Parnaíba

Tel.: 4152-8888

Anchieta: General Leite de Castro, 201 – Jardim Santa Cruz – S. Paulo

Tel..: 2332-1300

Chácara Santo Antônio: Rua Cancioneiro Popular, 210 – Chácara Santo Antônio – S. Paulo – Tel.: 2114-4000

Cidade Universitária: Av. Torres de Oliveira, 330 – Jaguaré – S. Paulo

Tel.: 3767-5800

Indianópolis: Rua Dr. Bacelar, 1.212 – Vila Clementino – S. Paulo

Tel.: 5586-4000

Marquês: Av. Marques de São Vicente, 3.001 – Água Branca – S. Paulo

Tel.: 3613-7000

Norte: Rua Amazonas da Silva, 737 – Vila Guilherme – S. Paulo

Tel.: 2790-1550

Paraíso/Vergueiro: Rua Vergueiro, 1.211, 8º andar – Paraíso – S. Paulo

Tel.: 2166-1000

Paulista: Av. Paulista, 900 – Bela Vista – S. Paulo

Tel.: 3170-3700

Pinheiros: Rua Padre Carvalho, 566 – Pinheiros – S. Paulo

Tel.: 3039-7900

Tatuapé: Rua Antônio Macedo, 505 – Tatuapé – S. Paulo

Tel.: 2090-4500

Assessoria

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