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Educação

Mestranda em Odontologia da UNIP cria manual para superar o medo de dentista em crianças autistas

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Pixabay/ilustrativa

O medo excessivo de ir ao dentista – conhecido como odontofobia – e a ansiedade odontológica são mais comuns do que se pode imaginar. Dados demonstram que entre 15% e 20% da população adulta sofre de medo excessivo de ir ao dentista. Entre crianças, esses percentuais podem ser ainda maiores, variando de 25% a 30%.

As razões para o temor são variadas, tais como o pavor das agulhas e do famoso “motorzinho”, a sensibilidade aguçada da dor, entre outros motivos, levando as pessoas a adquirirem uma saúde bucal precária, que repercute em todo o organismo.

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Contudo, há algo que surpreende neste assunto: pais com ansiedade ou medo de ir ao dentista apresentam mais chances de seus filhos sentirem a mesma apreensão. Instigada pelo interesse científico, Cristina Nunes Arruda, aluna do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu de Mestrado em Odontologia da UNIP, na área de Saúde Coletiva, foi em busca de informações.

Sob orientação da professora doutora Vanessa Gallego Arias Pecorari, a estudante desenvolveu a dissertação Ansiedade dos pais e sua influência na saúde bucal da criança e comportamento durante o tratamento odontológico: revisão sistemática e meta-análise.

Em seu estudo, a pesquisadora deparou-se com a temática do autismo e decidiu produzir um Manual para pais, professores e cuidadores, intitulado Como ajudar as crianças com transtorno do espectro autista a vencer o medo e ter uma experiência positiva no dentista.

“Evidências científicas sobre o tema em relação à criança com transtorno do espectro autista (TEA) ainda são escassas, mas é sabido que as crianças com TEA podem ter dificuldades em lidar com situações novas ou desconhecidas, o que pode resultar em ansiedade e medo. Uma ida ao dentista, então, pode ser particularmente difícil para elas”, explica a mestranda.

Com uma linguagem acessível e didática, o manual fornece informações e estratégias para ajudar a reduzir a ansiedade e o medo das crianças com TEA em relação ao dentista, e sugere técnicas específicas para lidar com o medo durante o tratamento odontológico. O manual apresenta inúmeras ilustrações e pictogramas desenvolvidos para interação com a criança, levando em consideração suas particularidades e individualidades.

Lançado com sucesso na 1ª Feira Cultural da Associação dos Amigos da Criança Autista (AUMA), realizada em abril, o manual colabora para a inserção social, educação e promoção da saúde dessas crianças.

O lançamento contou com uma palestra educativa realizada pela autora, Cristina Nunes, e pela Dra. Vanessa Gallego, doação dos manuais para as famílias dos alunos da AUMA e distribuição de um pictograma sobre higiene oral.  As orientações visuais do pictograma fornecem dicas que auxiliam as pessoas com dificuldade na fala e na leitura de textos a adotarem cuidados bucais. 

Houve distribuição de escova e creme dental, e Wagner dos Santos, aluno do Programa de Mestrado em Odontologia da UNIP, orientou os participantes a utilizarem adequadamente o kit de higiene oral. Wagner pesquisa o Perfil metabolômico salivar de pacientes com transtorno do espectro autista (TEA) e sua associação com a doença cárie dentária, orientado pelo professor doutor Elcio Magdalena Giovani.  

“Essa pesquisa é desenvolvida no Centro de Estudos e Atendimento a Pacientes com Necessidades Especiais – CEAPE-UNIP. O assunto é de extrema importância não só na Odontologia, mas também na área médica, para a detecção de doenças gerais e bucais, entre elas a cárie, utilizando-se a saliva como meio de diagnóstico”, explica o professor Elcio Giovani, que coordena o curso de Graduação em Odontologia da UNIP e leciona no Programa de Mestrado e Doutorado em Odontologia da UNIP.

Fonte: Unip.br

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Educação

Ceará forma educadores em curso de pedagogia intercultural indígena

Eles trabalharão em nove escolas em Itarema e Acaraú.

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Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Sessenta e seis educadores concluíram o curso Cuiambá Pedagogia Intercultural Indígena Magistério Tremembé, da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), em Sobral, no Ceará. Os profissionais vão atuar em nove escolas nas aldeias Tremembé, nos municípios de Itarema e Acaraú. 

O curso é oferecido pelo Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor), em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). A proposta é fortalecer temas como a demarcação de terras, além da possibilidade de uma educação diferenciada. 

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Parcerias

O curso também tem como parceiros o Conselho Indígena Tremembé de Almofala, as secretarias de Educação do Ceará e de Itarema e a Igreja Metodista do Brasil. Cuiambá é o nome dado a um suporte, feito da cuia da cabaça, no qual os Tremembé consomem o mocororó, bebida ritual feita do caju.  

“A formação de professores indígenas, habilitados como pedagogos interculturais, tem fortalecido saberes tradicionais e valorizado profissionais que estão em sala de aula”, disse a Capes, por meio de nota.

Agência Brasil

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Educação

Poupança de incentivo a estudantes do ensino médio terá R$ 6,1 bilhões

Destinação de recursos foi oficializada pelo Ministério da Fazenda.

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Foto: Reprodução

O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou nesta quinta-feira (28) que o Ministério da Fazenda transferiu R$ 6,1 bilhões para o fundo que custeará a Poupança de Incentivo à Permanência e Conclusão Escolar para Estudantes do Ensino Médio público, apelidada de Pé-de-Meia. A autorização para o repasse do montante foi publicada no Diário Oficial da União, desta quinta-feira (28).

Em vídeo divulgado nas redes sociais, o ministro comemorou a transferência do valor, neste fim de ano. “O Pé-de-Meia do ensino médio está chegando e ele já está na conta. Acabamos de passar R$ 6,1 bilhões ao fundo que vai custear a poupança de incentivo à permanência e conclusão para os estudantes mais vulneráveis do ensino médio”, declarou o ministro da Educação, Camilo Santana.

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O anúncio do ministro da Educação foi feito após reunião com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, no Ministério da Educação, na manhã de hoje. “Vamos começar o ano que vem com o programa chamado Pé-de-Meia. Vai ser a poupança para o jovem estudantil do ensino médio. A ideia é começar já com primeiro, segundo e terceiro ano”, planeja Camilo Santana.

Estudantes

O ministro aponta que menos da metade dos estudantes em situação de vulnerabilidade econômico-social consegue conquistar o diploma do ensino médio, o que justifica o investimento federal nestes jovens. “O Pé-de-Meia chega para garantir mais oportunidades para nossa juventude e já a partir de agora em 2024. São recursos para combater o abandono escolar e a evasão nessa etapa tão importante para os nossos jovens brasileiros”.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) – Educação de 2019 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que mais da metade das pessoas de 25 anos ou mais não completaram o ensino médio no Brasil. Entre os jovens de 18 a 24 anos, quase 75% estavam atrasados ou abandonaram os estudos, sendo que 11,0% estavam atrasados e 63,5% não frequentavam escola e não tinham concluído o ensino obrigatório.

Por isso, o incentivo financeiro-educacional, na modalidade de poupança, aos estudantes matriculados no ensino médio tem como público-alvo os estudantes matriculados no ensino médio de escolas públicas e inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), do governo federal.

Pé-de-Meia

A poupança do governo federal destinada a esses jovens está prevista na medida provisória nº 1.198, que, além de incentivar a permanência, com a redução da evasão escolar, pretende também aumentar a conclusão do ensino médio por mais jovens; democratizar o acesso deste público ao ensino médio; diminuir os efeitos das desigualdades sociais, raciais e de gênero na sociedade; contribuir para inclusão social pela educação; e estimular a mobilidade social.

O acesso dos estudantes ao benefício depositado na poupança é condicionado ao cumprimento, por parte do aluno, da frequência de, pelo menos, 80% das horas letivas; aprovação ao fim de cada ano; matrícula na série seguinte, quando for estudante do primeiro ou do segundo ano do ensino médio; participação das provas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), para aqueles matriculados na última série do ensino médio.

A poupança de incentivo à permanência e conclusão escolar não será considerada para fins de cálculo da renda familiar para acesso a outros benefícios sócio- assistenciais, como o programa Bolsa Família.

Em dezembro, o Congresso Nacional aprovou o projeto de lei (PL) que cria a bolsa do programa e o documento já foi enviado para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O valor do auxílio por aluno e a abrangência ainda serão definidos pelo governo federal.

Agência Brasil

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Educação

MEC autoriza mais vagas de direito e medicina em instituições privadas

Medida tem objetivo de atender exclusivamente alunos do ProUni.

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Imagem de Martine por Pixabay

O Ministério da Educação autorizou nesta semana a ampliação de vagas em cursos de medicina e direito em instituições de ensino superior privadas para o ano de 2024. A medida tem como objetivo atender exclusivamente bolsistas do Programa Universidade para Todos (ProUni).  

A portaria com a medida, emitida pela Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres), foi publicada na terça-feira (26). Segundo nota do MEC, a norma “tem como objetivo evitar possíveis prejuízos aos processos seletivos de algumas instituições de educação superior” que aderiram ao ProUni.  

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Esta é segunda vez que a Seres autoriza a ampliação de vagas nos cursos de medicina e direito com o objetivo de acomodar bolsistas do ProUni. A primeira foi em junho. A medida, na prática, faz com que as universidades particulares não precisem descontar as vagas destinadas aos bolsistas do programa do cômputo geral de vagas ofertadas no mercado pela instituição. 

Desde 2022, por decreto presidencial, a ampliação das vagas nesses dois cursos específicos, de modo a abrigar os bolsistas do ProUni, passou a depender de uma autorização expressa da Seres.  

Tal exigência gerou incerteza no mercado educacional, que passou a conviver com a possiblidade de ter que reduzir o número de vagas ofertadas ao público geral para poder abrigar os bolsistas do programa. Segundo entidades representativas do setor, isso estaria servindo como desincentivo para as instituições aderirem ao ProUni.  

A medida era defendida por entidades como a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), que comemorou a publicação da portaria. 

“O processo do ProUni, já em curso, preocupava as instituições, que não sabiam se elas poderiam ou não receber os alunos na regra que sempre foi feita. Vitória de todo o setor e especialmente de todos os alunos que dependem dessas bolsas”, disse Bruno Coimbra, diretor jurídico da Abmes, em nota publicada pela entidade.  

Segundo o MEC, a portaria foi editada levando em consideração também o maior volume de bolsas do ProUni exigido das entidades beneficentes de assistência social com atuação na educação superior desde a Lei Complementar 187/2021 (Lei da Certificação de Entidades Beneficentes de Assistência Social – Cebas).  

ProUni 

O ProUni é um programa de bolsas do governo federal para viabilizar o ingresso de estudantes de baixa renda em faculdades privadas. A bolsa pode ser integral ou parcial (50%).  

Para ter acesso à bolsa integral, o estudante deve comprovar renda familiar bruta mensal de até 1,5 salário mínimo por pessoa. Para a bolsa parcial, a renda familiar bruta mensal deve ser de até três salários mínimos por pessoa. Desde 1º de maio, o salário mínimo no Brasil é de R$ 1.320.  

Para se inscrever no programa, o candidato precisa ter participado de ao menos uma das últimas duas edições do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) e ter obtido pontuação igual ou superior a 450 pontos na média das notas.  

Além disso, é necessário que não tenha zerado a nota da redação e que não tenha participado do Enem na condição de treineiro – quando o aluno faz a prova antes de concluir o ensino médio, apenas para se autoavaliar.

Agência Brasil

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