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Arqueólogos encontram selo que comprova relato do Antigo Testamento sobre Jerusalém

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Uma nova descoberta arqueológica em Jerusalém foi revelada e traz consigo a comprovação dos relatos bíblicos do Antigo Testamento sobre o “governador de Jerusalém”, mencionado em livros como II Reis e II Crônicas.

O item descoberto é um selo de argila, encontrado a pouco mais de 100 metros do Muro das Lamentações. O artefato traz a inscrição “governador da cidade” e data do período do reinado de Salomão, no século 7 a. C., durante a construção do primeiro templo de Jerusalém

As escavações foram lideradas pela pesquisadora Dra. Shlomit Weksler-Bdolah, segundo informações do portal Times of Israel. “Esta é a primeira vez que esse tipo de impressão é descoberta em uma escavação arqueológica em Jerusalém. Ele comprova os relatos bíblicos que já existia um governador da cidade em Jerusalém, há cerca de 2.700 anos”.

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O prefeito de Jerusalém, Nir Barkat, participou do anúncio da descoberta: “É incrível receber essa peça histórica da Jerusalém do período do Primeiro Templo. Ela apenas comprova que Jerusalém, a capital de Israel, era uma cidade forte e central para o país há uns 2.700 anos”.

Segundo os pesquisadores, a minúscula peça (com cerca de 1,5 cm de diâmetro e 3 mm de espessura) era usada para selar correspondências e documentos oficiais assinados pelo governador da cidade.

No selo há uma inscrição com duas figuras humanas, voltadas uma para a outra, e uma lua entre eles, acompanhado de uma frase em hebraico antigo no rodapé, o mesmo usado para escrever os livros do Antigo Testamento.

As escavações no local foram iniciadas em 2005 pela Autoridade de Antiguidades de Israel, um departamento do governo voltado para a preservação de artefatos que ajudam a contar a história da nação. Antes da atua descoberta, apenas itens relacionados ao período do Segundo Templo haviam sido encontrados.

“A impressão no selo foi anexada no envio de algo importante e servia como uma espécie logotipo, ou uma pequena lembrança, que o documento vinha do governador da cidade”, contextualizou a professora Weksler-Bdolah.

Os professores Tallay Ornan e Benjamin Sass, especialistas das universidades Hebraica e de Tel-Aviv, respectivamente, examinaram o artefato antes de sua revelação ao público, e reiteraram as avaliações feitas pelos responsáveis pela escavação, dizendo que o título da inscrição no selo é o equivalente ao cargo que atualmente se descreve como “prefeito”.

Existem referências a esse título nos textos bíblicos de II Reis 23:8 – quando Josué governava a capital nos dias do rei Ezequias – e II Crônicas 34:8, onde Maaséias era governador de Jerusalém nos dias do rei Josias.

O selo foi achado no complexo chamado de “Esplanada do Muro Ocidental”, um prédio que já revelou uma série de artefatos arqueológicos, incluindo peças vindas do Egito e da Assíria. “[O prédio] provavelmente serviu como um centro administrativo. Pessoas em posição de liderança enviavam documentos daqui. Também pode ter sido um lugar para os ricos, as pessoas mais importantes, pois sua localização é realmente importante”, pontuaram os arqueólogos.

“Ele ficava nas encostas ocidentais da antiga Jerusalém, distando 100 metros a oeste do Monte do Templo, onde provavelmente viviam os altos funcionários durante o período do Primeiro Templo”, concluiu a doutora Shlomit.

A revelação deste selo acontece em um momento decisivo para Israel, que enfrenta críticas e ataques de diversos países na ONU, como o Brasil, que não reconhecem Jerusalém como a capital do país. Em situação oposta, a descoberta funciona como um referendo à escolha de Donald Trump, presidente dos EUA, que reconheceram a cidade como a sede do governo israelense.

Do Gospel Mais

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Mundo

China propõe nova ordem mundial ao lado da Rússia e da Índia

Nova Délhi se aproxima de Pequim em meio às tarifas de Trump.

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Image by Gaston Laborde from Pixabay

O presidente da China, Xi Jinping, propôs, nesta segunda-feira (1), a criação da Iniciativa de Governança Global (IGG), possível embrião de uma nova ordem mundial. A proposta foi divulgada durante encontro com a presença de 20 líderes de países não ocidentais, incluindo o russo Vladimir Putin e o indiano Narendra Modi.

No discurso oficial da reunião, Xi Jinping destacou que a governança global estaria ameaçada pela “mentalidade da Guerra Fria, o hegemonismo e o protecionismo” que continuariam a “assombrar o mundo” após 80 anos do fim da 2ª Guerra Mundial e da criação das Nações Unidas (ONU).

“O mundo encontra-se num novo período de turbulência e transformação. A governança global chegou a uma nova encruzilhada. A história nos diz que, em tempos difíceis, devemos manter nosso compromisso original com a coexistência pacífica, fortalecer nossa confiança na cooperação vantajosa para todos”, disse o líder chinês.

proposta de Xi foi divulgada na Organização para Cooperação de Xangai Plus (OCX), fórum fundado em 2001, que reúne 10 países membros, sendo dois observadores e 15 parceiros.

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O evento na China ocorre em meio à guerra comercial promovida pelos Estados Unidos (EUA) contra adversários e aliados, incluindo a Índia, taxada em 50% por Trump. Os EUA exigem que a Índia pare de comprar óleo russo, medida que Nova Délhi se recusa a aceitar. 

Na reunião desta segunda-feira, o presidente indiano Narendra Modi apareceu, aos sorrisos e de mão dadas, com os homólogos russo e chinês. Esta foi a primeira vez, em sete anos, que o primeiro ministro indiano viajou à vizinha China. Os gigantes asiáticos têm uma relação marcada por tensões regionais, geopolíticas e disputas fronteiriças.

A 24ª cúpula da OCX em Tianjin, cidade costeira do Norte da China, acontece às vésperas das comemorações do 80º aniversário da vitória na Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa e na Guerra Antifascista Mundial”.

A celebração marca o fim da 2ª guerra mundial para os chineses, que lutavam contra a ocupação japonesa. Segundo a diplomacia em Pequim, são esperados 50 líderes mundiais no desfile militar da próxima quarta-feira (3).

Cinco princípios

No encontro desta segunda-feira, em Tianjin, o presidente da China Xi Jinping propôs uma nova governança global baseada em cinco princípios: igualdade soberana entre estados; respeito ao direito internacional; pratica do multilateralismo; abordagem centrada nas pessoas; adoção de medidas concretas.

“Devemos defender que todos os países, independentemente de tamanho, força e riqueza, sejam participantes, tomadores de decisão e beneficiários iguais na governança global. Devemos promover maior democracia nas relações internacionais e aumentar a representação e a voz dos países em desenvolvimento”, justificou Xi.

O evento em Tianjin e a proposta chinesa tem sido interpretada por analistas como uma resposta à guerra tarifária imposta pelo governo de Donald Trump. Xi Jinping ainda criticou o unilateralismo nas relações internacionais, prática fortalecida pelo governo Trump, que tem adotado medidas e decisões sem consultar adversários ou aliados.

Para o presidente da China, “devemos defender a visão de uma governança global com ampla consulta e contribuição conjunta para benefício compartilhado, fortalecer a solidariedade e a coordenação e nos opor ao unilateralismo”.

Ao lembrar a Organização da Cooperação de Xangai (OCX) promove a cooperação e integração entre os países euroasiáticos, Xi Jinping enfatizou que as nações devem “continuar a derrubar muros, não erguê-los; devemos buscar a integração, não a dissociação. Devemos promover a cooperação de alta qualidade no Cinturão da Rota da Seda e impulsionar uma globalização econômica universalmente benéfica e inclusiva”.

O Cinturão de Rota da Seda é a iniciativa da China para cooperação econômica entre países do mundo, apontado como um dos principais alvos da política dos EUA que tentaria reverter a perda relativa de poder na economia mundial diante o crescimento chinês. 

O presidente Xi Jinping ainda anunciou ajuda de US$ 280 milhões para os membros da Organização de Cooperação de Xangai, além de um empréstimo adicional de 10 bilhões de yuans aos bancos membros do OCX. A organização ainda promove iniciativas de cooperação em diversas áreas, como Inteligência Artificial, luta contra narcotráfico, energia verde, entre outras.

Rússia

O presidente da Rússia, Vladmir Putin, destacou que uma dúzia de Estados são candidatos para participar da OCX, o que demonstraria o interesse de parte da comunidade internacional no “diálogo aberto e transparente” da organização. Putin também elogiou a proposta de nova governança global da China.

“A Rússia apoia a iniciativa de Xi Jinping e está interessada em iniciar discussões específicas sobre as propostas apresentadas pela China. Acredito que é a OCS que poderia assumir o papel de liderança nos esforços que visam moldar um sistema de governança global mais justo”, afirmou o líder de Moscou.

Índia

O presidente da Índia, Narendra Modi, agradeceu a China pela organização do evento e destacou, em uma rede social, a “excelente” reunião com Vladimir Putin, pivô das tarifas imposta por Washington contra Nova Délhi.

“Discutimos maneiras de aprofundar a cooperação bilateral em todas as áreas, incluindo comércio, fertilizantes, espaço, segurança e cultura. Trocamos opiniões sobre processos regionais e globais, incluindo a solução pacífica do conflito na Ucrânia. Nossa Parceria Estratégica Privilegiada Especial continua sendo o pilar mais importante da estabilidade regional e global”, escreveu Modi.

Índia e China

A China e a Índia tentam melhorar a relação marcada por tensões fronteiriças e regionais. O encontro bilateral entre Modi e Xi foi apontado pela diplomacia chinesa como a continuação de um processo de melhoria das relações iniciada em Kazan, na Rússia, durante a cúpula do Brics de 2024.

“O relacionamento está de volta a uma trajetória positiva. A paz e a estabilidade nas regiões fronteiriças foram mantidas e os voos diretos estão prestes a ser retomados. Esse progresso beneficia não apenas os povos da Índia e da China, mas também o mundo inteiro. Índia e China são parceiras, não rivais. Nosso consenso supera em muito nossa discordância”, informou, em nota, o Ministério das Relações Exteriores de Pequim.

Agência Brasil

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Mundo

Papa emérito Bento XVI morre aos 95 anos

Ratzinger era conhecido por transitar entre os conservadores com mais facilidade e um dos favoritos para a sucessão papal.

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Foto: Reprodução

O papa emérito Bento XVI morreu aos 95 anos neste sábado (31), anunciou o Vaticano.
Ratzinger nasceu em 16 de abril de 1927 na cidade de Marktl, mas passou boa parte da infância e adolescência em Traunstein, perto da fronteira com a Áustria.

De família humilde e o mais novo de três irmãos, entrou para o seminário aos 12 anos e era fluente em diversas línguas, entre elas grego e latim. Mais tarde, fez doutorado em teologia na Universidade de Munique.

Ele foi escolhido papa no dia 19 de abril de 2005, após a morte de João Paulo 2°, no mesmo ano.
Ortodoxo, Ratzinger era conhecido por transitar entre os conservadores com mais facilidade e um dos favoritos para a sucessão papal, mesmo não sendo oficialmente a sua vontade.

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ClickPB via CNN Brasil

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Manchete

Passa de 300 o número de casos confirmados de varíola do macaco no mundo

Nas últimas três semanas, doença já foi detectada em mais de 20 países; perspectiva é de que mais pacientes infectados surjam.

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Vinte e dois países somavam na tarde desta quinta-feira (26) mais de 300 casos confirmados da varíola do macaco, doença que se espalhou, sobretudo na Europa, desde o começo de maio.

Dados de um acompanhamento em tempo real feito pela iniciativa Global.health, de pesquisadores de universidades como Harvard e Oxford, além de informações de governos, mostram o seguinte número de diagnósticos por país:

• Inglaterra: 85
• Espanha: 84
• Portugal: 58
• Canadá: 15
• Alemanha: 12
• Países Baixos: 12
• Estados Unidos: 9
• Itália: 9
• França: 7
• Bélgica: 6
• República Tcheca: 5
• Escócia: 3
• Austrália: 2
• Suécia: 2
• Suíça: 2
• Eslovênia: 2
• Áustria: 1
• Dinamarca: 1
• Israel: 1
• Irlanda do Norte: 1
• Emirados Árabes Unidos: 1
• País de Gales: 1

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Outros 79 casos são considerados suspeitos e aguardam a confirmação por exames laboratoriais. Deste total, 61 estão na Espanha, 11 no Canadá e os demais na Argentina, Bélgica, Finlândia, Alemanha, Israel e Itália.

No Reino Unido, local com maior número de infectados, autoridades sanitárias esperam que novos casos surjam nos próximos dias, enquanto também aprofundam as investigações epidemiológicas para entender como uma doença considerada de baixa transmissão entre humanos tem se espalhado tão rapidamente.

“O risco para a população do Reino Unido permanece baixo, mas estamos pedindo às pessoas que estejam alertas a quaisquer novas erupções cutâneas ou lesões em qualquer parte do corpo”, afirmou em comunicado hoje a consultora médica chefe da UKHSA (Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido).

A chefe do departamento de Doenças Emergentes e Zoonoeses da OMS (Organização Mundial da Saúde), a epidemiologista Maria Van Kerkhove, afirmou nesta semana que estes “não são padrões típicos de transmissão da varíola do macaco”, mas ressaltou que o vírus é muito diferente do que causa a Covid-19, minimizando as chances de uma disseminação global semelhante à que provocou a pandemia atual.

R7

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