A pandemia de coronavírus fez com que unidades de terapia intensiva dos hospitais ficassem sem ventiladores pulmonares suficientes para atender a todos que necessitam. Paralelamente, cientistas começaram uma corrida contra o tempo para suprir o déficit de equipamentos e essas pesquisas têm salvado muitas vidas.
Os respiradores são parte essencial do tratamento de pacientes em estado grave de Covid-19. A alta demanda imediatamente superou a oferta e alarmou autoridades. No Reino Unido, por exemplo, o secretário de Saúde, Matt Hancock, afirmou que o país precisava de cinco mil ventiladores com urgência e fez um apelo para que engenheiros desenvolvessem novos tipos de equipamentos.
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Já nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump alertou para uma possível escassez de respiradores no início de abril. Visando suprir a demanda do atual epicentro da pandemia, Trump anunciou um programa para redistribuir ventiladores não utilizados e peças de reposição para equipamentos danificados.
Atendendo aos pedidos, uma onda de inovação e adaptação surgiu. Projetos que abusam da criatividade começaram a apresentar alternativas para o respirador tradicional. Em alguns casos, designs de código aberto e baixo custo foram colocados em domínio público para facilitar a fabricação em massa. Em outros, equipamentos antigos foram renovados e até bombas extratoras de leite para mamas foram combinadas a ventiladores simples para criar novas máquinas.
Na Irlanda, foi desenvolvido um conceito: dividir a saída e a entrada de ar dos ventiladores, para fornecer oxigênio a dois pacientes de uma só vez e dobrar a capacidade dos hospitais. Chamado de VentShare, o sistema se trata de uma ferramenta que, apesar de dividir um único equipamento, fornece válvulas individuais para que os médicos possam administrar os suprimentos de ar separadamente. Além disso, o mecanismo garante que não haja contaminação cruzada.
“Realmente não queríamos nos colocar em uma posição em que estávamos projetando, construindo e enviando novos produtos. O que queríamos fazer era lançar um kit de ferramentas que permitisse que médicos e hospitais montassem um sistema eficaz a partir de peças que eles já possuem no hospital ou que já estão na lista de fornecedores”, explicou Jack Connolly, um dos desenvolvedores do VentShare.
Por ora, a alternativa está sendo testada em laboratório, mas em breve chegará aos hospitais. A expectativa é que o VentShare vá direto a campo, afinal, é a oportunidade de dobrar o número de vidas salvas.
Outra possibilidade é o Coventor, ferramenta desenvolvida por engenheiros da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, que visa automatizar o respirador manual, conhecido como AMBU (sigla em inglês para Unidade de Respiração Manual Artificial).
Originalmente os AMBUs são apertados à mão pelos médicos e enfermeiros, a fim de fornecer oxigênio a curto prazo para pacientes com problemas respiratórios. O Coventor, por sua vez, deve ser utilizado “quando um hospital usa todos os ventiladores e a única opção é ensacar manualmente um paciente”, contou Steve Richardson, médico responsável pelo projeto.
“Esperamos que esses sistemas possam servir como dispositivos de ponte e ajudar na triagem de respiradores e clínicos disponíveis treinados em terapia respiratória”, completou.
Contudo, diferentemente dos ventiladores completos, em que os resultados são visualizados em um monitor, com o Coventor é necessário que a saúde dos pacientes seja verificada em amostras de sangue, o que significa trabalho extra aos profissionais.
Frente a alternativas que buscam customizar equipamentos já existentes, os modelos de respiradores disponibilizados em código aberto para a livre fabricação também são muito importantes no cenário emergencial.
Com tantas possibilidades, o papel dos órgãos reguladores tem sido afrouxar algumas normas para equipamentos médicos para facilitar a comercialização. No Reino Unido, o MRHA (sigla em inglês para Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde) estabeleceu os padrões mínimos aceitáveis para respiradores de fabricação rápida. Nos Estados Unidos, o FDA (sigla em inglês para Administração de Alimentos e Medicamentos) emitiu autorização para que ferramentas não aprovadas previamente sejam colocadas em serviço nos hospitais.
No Brasil
Recentemente, um grupo de engenheiros, da Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP), criou um respirador que pode ser fabricado em apenas duas horas e custa 15 vezes menos que o equipamento mais barato disponível no mercado. Batizado de Inspire, o equipamento foi aprovado após testes com animais e seres humanos, tendo sinal verde para ser produzido.
Ainda no Brasil, uma equipe de pesquisadores do Centro de Ciências Exatas e da Natureza (CCEN), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), também desenvolveu um ventilador pulmonar, no tempo recorde de 48 horas. A máquina é mais barata que o Inspire – somente R$ 400 por unidade – e já pode ser produzida por empresas interessadas, basta que solicitem a licença gratuita via e-mail ([email protected]) e recebam as autorizações necessárias pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
O governador João Azevêdo entregou, nesta sexta-feira (26), no Centro de Convenções de João Pessoa, mais uma aeronave para transporte aeromédico (UTI aérea) e 40 ambulâncias do programa Coração Paraibano para Bases Descentralizadas, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Hospitais da Rede Estadual de Saúde, que somam investimentos de R$ 20,9 milhões e irão ampliar a disponibilidade de veículos, dando mais celeridade ao atendimento especializado.
Na ocasião, o chefe do Executivo estadual ressaltou que a entrega da nova UTI aérea e das ambulâncias representa a qualificação constante da prestação de serviço à população. “Aqui na Paraíba, o SUS verdadeiramente funciona e esses equipamentos darão mais um reforço na estrutura do programa Coração Paraibano que em dois meses já salvou mais de mil vidas, graças à qualidade e agilidade do atendimento, configurando mais uma ação de interiorização dos serviços de saúde, como fizemos com as hemodinâmicas, tomógrafos e o Opera Paraíba”, frisou.
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O secretário de estado da Saúde, Jhony Bezerra, destacou a importância de mais uma ação de governo para garantir a eficácia no tempo de atendimento e resposta no tratamento médico. “A saúde da Paraíba voa mais alto e se coloca em outro patamar, com duas aeronaves para o transporte de pacientes, ampliando a nossa linha de cuidados específicos. A Paraíba já é referência nacional com o programa Coração Paraibano, com rede de hemodinâmica e telemedicina, e seguiremos avançando em favor da vida, com a descentralização dos serviços de saúde, dando segurança e acessibilidade aos pacientes dos grandes e pequenos municípios”, falou.
O presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino, parabenizou o governador João Azevêdo pelos novos investimentos na saúde pública. “Esse é um momento especial porque estamos fortalecendo o SUS, que atende aos filhos e filhas do povo paraibano”, disse.
“Este é um trabalho muito importante e que demonstra a atenção do governo com uma questão que também é nossa prioridade, que é o melhor atendimento à população e a busca por uma eficiência cada vez maior no tempo de resposta das demandas urgentes e na locomoção destes pacientes”, declarou o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena.
A nova aeronave tem capacidade de realizar viagens durante a noite e autonomia de até quatro horas e meia de voo. Com esse aporte, a Paraíba terá duas aeronaves disponíveis para transporte de pacientes. O novo equipamento tem capacidade para transportar, além da equipe, um paciente e seu acompanhante; o transporte de recém-nascido também poderá ser realizado com o uso de incubadora. A aeronave está configurada para trabalhar com o piloto, copiloto e, para assistir o paciente, um médico e um enfermeiro. O veículo será operado pelo Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba.
Das 40 ambulâncias entregues, 21 serão destinadas as 12 bases descentralizadas no Estado da Paraíba, compostas pelos municípios de João Pessoa, Mamanguape, Guarabira, Itabaiana, Picuí, Monteiro, Campina Grande, Patos, Piancó, Princesa Isabel, Sousa, Cajazeiras, Catolé do Rocha, Pombal e serão geridas pelo Complexo Regulador Estadual; e 19 para hospitais e UPAs da Rede Estadual de Saúde.
A solenidade foi prestigiada pelos deputados estaduais João Gonçalves, Danielle do Vale, Galego Souza, Inácio Falcão e Branco Mendes; prefeitos, vereadores; e por auxiliares da gestão estadual, dentre eles, Jean Francisco Nunes (Segurança Pública), Tibério Limeira (Administração), Márcio Roberto (Articulação Política), Lindolfo Pires (Esporte e Lazer), Nonato Bandeira (Comunicação Institucional) , Ronaldo Guerra (chefe de Gabinete do Governador) e coronel Marcelo Araújo (comandante do Corpo de Bombeiros Militar.
O Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), abre edital de licitação para contratação de empresa especializada em engenharia e construção para a execução da reforma e ampliação do Hospital Regional de Guarabira. A obra será realizada com recursos do Projeto Amar e contará com uma maternidade de média e alta complexidade, a primeira da região. Este é um investimento de R$ 31,7 milhões, que beneficiará mais de 300 mil habitantes dos 26 municípios que compõem a 2ª Região de Saúde.
De acordo com o secretário de Saúde da Paraíba, Jhony Bezerra, além da maternidade, a unidade contará com o aumento do número de leitos, com 70 a mais, e da hemodiálise, com mais três leitos. Ele pontua que a reforma do serviço faz parte do projeto de regionalização do Governo da Paraíba, que é tirar o fluxo dos grandes centros e tornar as regiões mais independentes, ofertando os serviços de média e alta complexidade.
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“O Governo já entregou equipamentos do materno-infantil de ponta para o Hospital e agora vai iniciar a reforma da unidade. Essa é uma obra grandiosa que vai trazer a primeira maternidade de média e alta complexidade inteiramente nova para a região, incluindo bloco cirúrgico, CNE, centro de parto normal, UTI neonatal e UTI materna. Além do aumento da hemodiálise em 40% e restruturação de toda a parte de utilidades”, destaca.
A ação faz parte do Projeto de Aprimoramento do Modelo de Atenção na Rede de Saúde do Estado da Paraíba (Amar), que investe mais de R$ 280 milhões – por meio de convênio com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) – na infraestrutura hospitalar e na modernização dos serviços de saúde do estado.
A licitação será efetuada conforme os procedimentos de Licitação Pública Nacional (LPN) estabelecidos nas Políticas para a Aquisição de Obras e Bens Financiadas pelo BID. As propostas deverão ser enviadas/entregues na sala da CIB da Secretaria de Estado da Saúde até o dia 29 de junho, às 9h, quando será realizada a reunião de abertura das Propostas. Dúvidas e informações podem ser direcionadas aos e-mails: [email protected]/[email protected].
O Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande, que integra a rede hospitalar do Governo do Estado, lança na próxima terça-feira (30), às 10h, a 20ª Campanha de Prevenção às Queimaduras. A ação tem como slogan “Queime só emoção. Previna-se nesse São João” e segue até o dia 30 de junho.
O lançamento ocorre na Escola Estadual Cidadã Integral Técnica de Campina Grande Bráulio Maia Júnior, na rua Tranquilino Coelho Lemos, s/n, no bairro do Dinamérica, em Campina Grande. Na ocasião, serão apresentados os dados de vítimas de queimaduras, além de distribuição de panfletos com orientações sobre prevenção de acidentes.
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O objetivo é levar informação sobre os riscos e as formas de prevenir queimaduras por conta de fogos de artifício e fogueiras, principalmente nesta época do ano em que se registra um aumento de acidentes com as brincadeiras juninas.
Em 2022, o Trauma-CG registrou 59 atendimentos na Unidade de Tratamento de Queimados – UTQ, no período em que são comemoradas as festas juninas. Desse total, 19 pessoas foram atendidas com ferimentos causados por fogos, fogueiras e alimentos.
Para o diretor-geral do Trauma-CG, Sebastião Viana, a campanha tem o objetivo de alertar sobre as principais causas de queimaduras e sensibilizar para a prevenção e informar a comunidade sobre como agir em casos de queimaduras. “As ações são direcionadas tanto ao público infantil, quanto aos adultos, como foco na prevenção de acidentes com queimaduras”, afirmou ele.
De acordo com a cirurgiã plástica Isis Lacerda, da Unidade de Tratamento de Queimados (UTC) do Trauma-CG, com a chegada das tradicionais celebrações juninas, com comidas típicas, fogueiras e fogos de artifício, além da proximidade das férias escolares de julho, o número de ocorrências pode aumentar, principalmente entre as crianças, caso os pais e responsáveis não estejam atentos.
“A maior quantidade de queimaduras acontece nos dias 12, 23 e 28 de junho, respectivamente, vésperas dos dias de Santo Antônio, São João e São Pedro, quando o nordestino mantém a tradição de acender fogueiras e fogos de artifício”, destacou a médica.
Dicas – A coordenação da Campanha orienta os pais a tomarem alguns cuidados para evitar que a festa termine em problema. Em caso de queimaduras, os pais devem evitar utilizar medicamentos sem consulta médica e procurar imediatamente o Hospital de Trauma-CG.
Segundo os médicos, não deve ser aplicado creme dental, café, açúcar, vinagre ou outro produto similar, pois isso agrava o ferimento.
Nas festas juninas, dê preferência às fogueiras pequenas e só as acenda longe de matas, depósitos de papel, produtos inflamáveis e ventanias. Não deixe as crianças brincarem perto de fogueiras.
Dicas de segurança para o manuseio de fogos de artifício
– Sempre ler e seguir as instruções da embalagem;
– Acione fogos somente em locais abertos;
– Nunca tente reutilizar os fogos que tenham falhado;
-Jamais lance fogos na direção de outras pessoas;
– Nunca modifique ou tente fazer seus próprios fogos de artifício, pois artefatos caseiros aumentam o risco de explosão;
– Tenha muito cuidado ao segurar os fogos;
– Crianças e pessoas alcoolizadas não devem soltar fogos;
– Em caso de acidente, procure o médico imediatamente;
O Hospital de Emergência e Trauma é o único em Campina Grande que possui uma Unidade de Tratamento de Queimados com atendimento ambulatorial e hospitalar durante 24h, atendendo à população do Compartimento da Borborema.
O Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes de Campina Grande é referência em trauma para 203 municípios da Paraíba.
PROGRAMAÇÃO
Data
Horário
Escola
Bairro
30.05
10h
Escola Estadual Cidadã Integral Técnica de Campina Grande Bráulio Maia
Dinamérica
01.06
08h20, 09h30,14h e 15h30
Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Deputado Álvaro Gaudêncio de Queiroz e Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Prof. Raul Cordula, Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Félix Araújo e Escola Estadual Augusto dos Anjos
Malvinas, Presidente Médici e Liberdade
05.06
14h10 e 14h30
Escola Estadual de Ensino Fundamental José Pinheiro e Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professor Anésio Leão.
José Pinheiro e Palmeira
06.06
10h e 14h10
Escola Estadual de Ensino Fundamental Nossa Senhora do Rosário e Escola Estadual da Prata
Prata
07.06
09h30
Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio São Sebastião
Lauritzen
Serviço Lançamento da Campanha: “Queime só emoção. Previna-se nesse São João”. Data: 30/05 (terça-feira) Horário: 10h Local: Escola Estadual Cidadã Integral Técnica de Campina Grande Bráulio Maia Júnior, na rua Tranquilino Coelho Lemos, s/n, no bairro do Dinamérica, em Campina Grande.