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Saúde

ABP treina profissionais para identificar e tratar tendências suicidas

Iniciativa é parte da programação do Setembro Amarelo

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A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Ministério da Saúde iniciar nesta semana treinamento de profissionais de saúde de quaisquer áreas médicas, em todo o país, para que possam identificar e encaminhar corretamente para tratamento pessoas com tendências suicidas. A iniciativa marca a passagem do Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio na próxima quinta-feira (10 de setembro).

O presidente da ABP, Antonio Geraldo da Silva, disse à Agência Brasil que isso deve ser feito “no Brasil inteiro”. O objetivo é que a iniciativa envolva escolas, igrejas de todas as religiões e conselhos tutelares, “para dar o máximo de conhecimento à população”.

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Neste mês em que se concentram esforços para a prevenção ao suicídio, a ABP e o Conselho Federal de Medicina (CFM) estão lançando a campanha nacional Setembro Amarelo 2020: É Preciso Agir, que visa à conscientização e prevenção do suicídio.

Silva salientou que apenas falar em suicídio não é suficiente – é preciso levar ao povo informação de qualidade e, sobretudo, agir para reduzir o número de casos de suicídios no país. Para ele, os esforços nessa direção têm de ser feitos não só no Setembro Amarelo, mas “durante 365 dias por ano”. Segundo o psiquiatra, é possível evitar que pessoas cometam suicídio se forem bem atendidas. “Ouvidas, levadas a sério e atendidas. Falar apenas não tem solucionado. Os índices de suicídio só têm aumentado. A gente tem que parar de falar tanto e agir.”

A média anual de suicídios no Brasil é superior a 13 mil, de acordo com apresentação feita no ano passado pelo Ministério da Saúde. Os índices, contudo, são bem maiores, por causa da subnotificação e também porque muitas mortes de suicidas são atribuídas a outras causas, como politraumatismo e atropelamento.

Emergência médica

Se uma pessoa pede ajuda, deve-se entender o pedido como emergência médica. Depois do primeiro atendimento médico,ela tem que ser encaminhada a um serviço psiquiátrico e ser assistida pela equipe de saúde mental, que reúne psiquiatra, psicólogo e assistente social, de maneira a ter o melhor resultado possível. As pesquisas mostram que só comete suicídio quem apresenta quadro psiquiátrico que não está tendo tratamento adequado ou não foi bem tratado antes.

Estudo internacional feito com prontuários de 15.629 pessoas de todo o mundo que tinham se suicidado revela que 96,8% tinham algum quadro psiquiátrico. Dessas, 35,8% tratavam transtornos afetivos ou de humor; 22,23% faziam uso ou abuso de álcool e outras drogas; 11,6% tinham transtornos de personalidade; 10,6% apresentavam quadro de esquizofrenia; 6,1% sofriam transtorno de ansiedade. De acordo com Silva, o estudo estabeleceu ligação entre o comportamento suicida e doenças mentais.

O suicídio poder atingir pessoas de várias idades, mas sabe-se que os maiores índices são registrados no período da infância e da adolescência. Na faixa de 15 a 34 anos, o suicídio costuma ser a segunda causa de mortes.

O presidente da ABP ressaltou que, com a pandemia da covid-19, os problemas mentais se agravaram. Em março, em uma publicação cientifica internacional, Silva alertou autoridades sobre uma onda de doenças mentais que viria após os primeiros casos da doença.

Em maio, especialistas relataram aumento do número de novos pacientes com quadros psiquiátricos ligados à pandemia. Percebeu-se também que pessoas que estavam em tratamento há alguns anos apresentaram recaída e outras que haviam recebido alta tiveram retorno da doença.

Fuga do padrão

Pode-se identificar que uma pessoa está doente e com propensão ao suicídio quando ela foge do padrão normal de funcionamento próprio e tem perdas, explicou Silva. “Por ter perdas, ela já está precisando de ajuda. Preguiça, sonolência, agitação que gera perdas. Isso é doença e precisa de ajuda”, disse o psiquiatra.

Ele destacou que 50% dos que se mataram procuraram um profissional de saúde nos 30 dias anteriores ao evento e não obtiveram ajuda. Daí a importância de treinar todos os profissionais de saúde para que saibam identificar um quadro de tendência suicida e evitar que o ato seja praticado.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada 40 segundos, uma pessoa morre por suicídio no mundo. Em relação às tentativas, uma pessoa atenta contra a própria vida a cada três segundos. A estimativa é que ocorram cerca de 1 milhão de casos de morte por suicídio por ano, em todo o mundo.

Ao longo deste mês, a ABP promoverá uma série de ações voltadas para o tema. Estão previstos eventos virtuais, palestras, iluminação em amarelo de espaços públicos e monumentos, para fomentar uma ação efetiva para prevenção de doenças mentais e desmistificação do tema do suicídio. “É agindo que se salvam vidas”, afirmou Antonio Geraldo da Silva.

A ABP e o CFM lançaram duas cartilhas com orientações sobre o tema: Comportamento Suicida: Conhecer para Prevenir, dirigida a profissionais da imprensa; e Suicídio: Informando para Prevenir, voltada aos profissionais da área de saúde e a toda a sociedade.

Simpósio

A pandemia da covid-19 e o isolamento social decretado pelas autoridades para impedir a contaminação pelo novo coronavírus afetaram a saúde mental da população, desenvolvendo uma espécie de “epidemia silenciosa”. Para discutir estratégias de acolhimento, intervenção e promoção da saúde mental, o Serviço de Apoio Psicopedagógico (Seap) da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) promove o simpósio especial Setembro Amarelo: Saúde Emocional e Valorização da Vida, no formato online e totalmente gratuito, entre os dias 10 e 12 deste mês.

Especialistas de todo o país se reunirão para falar sobre saúde emocional, prevenção ao suicídio, cuidado com profissionais da saúde e relações familiares em tempos de pandemia. Pesquisa da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) mostra que 89,2% dos profissionais da área perceberam o agravamento de quadros psiquiátricos nos pacientes por conta da pandemia. Já a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) alertou sobre a “epidemia silenciosa” gerada por problemas relacionados à saúde mental em tempos de pandemia, na qual Brasil, Estados Unidos e México seriam os países mais impactados.

A psicopedagoga Ana Lucia Lacerda Michelotto, do Seap da PUCPR, destacou que o tema do suicídio, que é muito complexo, torna-se mais desafiador durante a pandemia. “Fatores como o distanciamento social,a sobrecarga emocional e a crise nos sistemas econômico, de saúde e educacional, têm gerado impacto de forma transversal em nossa sociedade”, disse Ana Lucia. Segundo a psicopedagoga, o simpósio dará visibilidade a um assunto que ainda é tabu e responsável pela morte de milhares de pessoas em todo o mundo.

De acordo com Ana Lucia, na universidade, o Setembro Amarelo tem sido tratado sob duas perspectivas principais. A primeira é relativa ao reconhecimento de que pessoas sofrem psiquicamente e demandam momentos e espaços de acolhimento e cuidado; e a segunda considera importante tratar o tema com uma “visão positiva de vida, tendo como respaldo aspectos como saúde, espiritualidade, bem-estar físico e emocional”, relatou a psicopedagoga.

As inscrições estão abertas e podem ser feitas no site do evento. Os participantes terão direito a certificado.

Fonte: Agência Brasil

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Saúde

JANEIRO BRANCO: Forças de Segurança fortalecem saúde mental

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As Forças de Segurança têm um encontro marcado com a saúde mental dos seus integrantes, neste mês de janeiro. No próximo dia 30, em João Pessoa, o Espaço Viver Bem do Policial Militar e o Núcleo de Saúde Ocupacional (NSO) da Secretaria de Estado da Segurança e Defesa Social promovem a palestra “Janeiro Branco na Segurança Pública: o que fazer pela saúde mental agora e sempre?”.

A ocasião acontece em alusão ao mês que fortalece a conscientização da saúde mental. Para tanto, será realizada uma mesa de conversa abordando a importância do serviço social e nutrição para saúde mental, técnicas de relaxamento, atenção plena, e a futura Policlínica Integrada da Segurança Pública. O momento contará ainda com a participação da Patrulha Musical

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O evento Janeiro Branco na Segurança Pública acontecerá na próxima quinta-feira (30), às 10 horas, no auditório do Centro de Educação da PMPB. A unidade é localizada na rua Coronel Francisco de Assis Veloso, s/n, no bairro de Mangabeira VII.

O Espaço Viver Bem do Policial Militar é um programa permanente da PMPB e atua de acordo com as diretrizes da Política Nacional de Segurança Pública, ofertando serviços diversos, com a finalidade de prevenir e promover saúde mental entre os policiais militares e seus dependentes diretos. O EVB alcança toda a Paraíba, sendo sediado nas principais cidades: João Pessoa, Campina Grande e Patos.

Ascom

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Saúde

Secretaria de Saúde realiza vistoria no Parque do Poeta para garantir estrutura na Festa da Luz

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A Secretaria de Saúde de Guarabira realizou, nesta terça-feira (28), uma vistoria técnica no Parque do Poeta para definir a instalação do Ponto Fixo de Saúde que será montado durante a tradicional Festa da Luz, além dos pontos móveis que estarão no evento. A equipe avaliou os espaços, verificando as melhores opções de logística, acessibilidade e fluxo de pessoas para garantir um atendimento eficiente ao público que necessitar.

No momento, estiveram presentes a secretária de Saúde Daisy Campos, a coordenadora da Alta e Média Complexidade, Fernanda Macedo, o coordenador da Atenção Básica, Diego Lima, o diretor do SAMU, Joanderson Silva, o coordenador de Vigilância Sanitária, Leonardo Macena, o diretor de Turismo, Betinho Alves, e o membro da comissão organizadora da festa, Wanndson Moura.

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A expectativa é que a edição deste ano seja um sucesso, marcada pela alegria e, sobretudo, pela segurança e qualidade nos serviços oferecidos. O trabalho da Secretaria de Saúde reforça o compromisso e o cuidado com toda a população e visitantes.

Mudanças

O evento, que impacta positivamente a economia local e regional, trará novidades estruturais e na programação dos shows musicais. O objetivo é garantir mais segurança e conforto ao público, além de resgatar o sentimento de pertencimento dos guarabirenses. Todo o espaço da festa está sendo preparado para receber moradores e turistas a partir desta quarta-feira.

Entre as mudanças, estão a instalação de uma praça de alimentação no Parque de Eventos Poeta Ronaldo Cunha Lima, o retorno do parque de diversões para o espaço da festa, a reconfiguração do espaço do front stage, a retirada de uma bateria de camarotes para ampliar o espaço destinado ao público, o resgate das datas tradicionais do evento e o retorno do show religioso ao átrio da Catedral da Luz, atendendo a um pedido do Bispo Dom Aldemiro Sena e do padre Frei Raul Rodrigues.

Nos shows religiosos, que acontecerão no domingo (2), no átrio da Catedral da Luz, se apresentarão a artista guarabirense, Celione David e o cantor William Sanfona.

Secom/ PMG

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Saúde

Animais de estimação reduzem solidão, ansiedade e fortalecem saúde mental, destaca especialista

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Fotos: Pixabay/ ilustração

Ter um bichinho de estimação pode ir muito além de uma relação de afeto: uma pesquisa da Edellman Intelligence, realizada em parceria com a HABRI e a Mars Petcare, 80% das pessoas relataram sentir menos solidão ao ter um animal de estimação por perto. Os pets também estão associados à melhora da ansiedade e sentimentos positivos, como alegria e conexão. 

O presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB), José Cecílio, afirma que os animais podem ser grandes aliados no cuidado com a saúde emocional. “O vínculo que criamos com nossos pets vai além da simples companhia. Eles têm um impacto profundo no nosso equilíbrio emocional, contribuindo para a produção de endorfina e reduzindo a sensação de stress. Mas sempre bom lembrar que os animais precisam de cuidados como vacinação, vermifulgação, alimentação equilibrada e hidratação, além de visitas periódicas ao médico-veterinário”, destaca. 

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Os benefícios da convivência com animais vão além do campo emocional. Cavalos e cães, por exemplo, são protagonistas da Terapia Assistida por Animais (TAA). A terapia é acompanhada por um profissional da saúde e pode ser aplicada em crianças, idosos e pessoas com deficiências ou transtornos, ajudando a promover avanços físicos e psicológicos nesses pacientes. 

Zooterapia – No Brasil, a zooterapia é usada há mais de 60 anos de maneira experimental, como um complemento aos tratamentos tradicionais. Essa modalidade inclui atividades direcionadas, como a equoterapia – terapia com cavalos –, que melhora o equilíbrio e estimula a formação de conexões neurais; e a cinoterapia, com cães, que pode ajudar a regular funções vitais e índices do corpo, já que o contato com o cachorro faz elevar os níveis de hormônios da felicidade e do prazer, abaixando os níveis de estresse. 

Mesmo sem a formalidade de um programa terapêutico, o contato diário com um pet pode oferecer benefícios notáveis, como alívio da ansiedade e incentivo à socialização. “O simples fato de cuidar de um animal já pode criar uma rotina saudável, promovendo disciplina e senso de propósito”, pontua Cecílio. 

Escolha consciente – A decisão de adotar um pet deve ser tomada com responsabilidade. Cecílio ressalta a importância de considerar fatores como o estilo de vida do tutor, o espaço disponível e o tempo necessário para cuidar do animal. “Adotar um bichinho é um compromisso, mas os benefícios são incontáveis para quem está disposto a se dedicar”, afirma. 

Enquanto cães e gatos são as escolhas mais comuns, outros animais, como peixes e porquinhos-da-índia, também trazem alegria e tranquilidade a seus tutores. O essencial é criar um vínculo baseado no respeito e na troca. “Quanto mais envolvimento e carinho você oferece, mais benefícios emocionais o pet traz para a sua vida. É uma relação de parceria, em que ambos saem ganhando”, conclui Cecílio.

Ascom

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