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Saúde

Endometriose pode afetar 10% das mulheres brasileiras

Demora no diagnóstico é problema comum

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Foto: Pixabay

Após sofrer por cerca de 34 anos com cólicas e outras dores que se intensificaram ao longo do tempo, a jornalista Andrea Mello Diniz, 46 anos, está prestes a passar por uma cirurgia para retirada do útero e do colo do útero, comprometidos pela endometriose. Somente em 2019, 11.790 brasileiras precisaram de internação por causa da doença. 

No Mês Mundial de Conscientização sobre a Endometriose, a campanha Março Amarelo alerta para a doença. 

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A endometriose afeta cerca de 10% da população feminina brasileira, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), sendo mais frequente entre mulheres de 25 a 35 anos de idade. A doença é causada por uma infecção ou lesão decorrente do acúmulo, em outras partes do corpo, das células que recobrem a parte interna do útero (o endométrio) e que são eliminadas com a menstruação.

Como as chamadas células endometriais são regularmente expelidas junto com o fluxo menstrual, seguem se acumulando fora da cavidade uterina, principalmente nas regiões da bexiga, ovários, tubas uterinas e intestino. Nos casos mais graves, como o de Andrea, podem formar nódulos que, se não forem tratados a tempo, tendem a afetar o funcionamento de outros órgãos.

“A endometriose bloqueou minha tuba uterina direita e meu ovário direito, o que me causava dores horríveis. A doença também atingiu outros pontos e, de acordo com os médicos, poderia ter bloqueado meu intestino”, contou a jornalista que deve se submeter, em breve, a uma histerectomia total.

“É a cirurgia para retirada de todo o aparelho reprodutivo feminino. Um procedimento extremo que, segundo outra médica especialista em endometriose com quem conversei, é a melhor coisa a fazer neste ponto a que cheguei. Segundo a médica, se a doença tivesse sido diagnosticada antes, isto talvez não tivesse sido necessário”, acrescentou Andrea, em entrevista à Agência Brasil.

Segundo a vice-presidente da Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE), Helizabet Salomão Ayrosa Ribeiro, a demora do diagnóstico da doença é comum, mas costuma estar associada ao fato de muitas mulheres, mesmo sofrendo, protelarem a ida ao médico, por acreditarem que as cólicas menstruais são naturais.

“Infelizmente, casos assim são frequentes. No mundo todo, a endometriose demora, em média, de sete a dez anos para ser diagnosticada. Principalmente devido à tendência das pessoas naturalizarem a cólica menstrual, o principal sintoma e a principal queixa das pacientes”, afirmou a médica.

Ainda segundo ela, há alguns ginecologistas que também subestimam as queixas das pacientes e, assim, deixam de encaminhá-las para realizar exames mais detalhados, como indica o caso de Andrea, que desde os 12 anos vêm passando por diferentes especialistas. A ressonância magnética pélvica e o ultrassom transvaginal são os dois principais meios de identificar a endometriose.

Além da cólica intensa que, em muitos casos, se torna debilitante, a doença costuma estar associada a outros sintomas, como uma dor profunda na vagina ou na pelve, durante a relação sexual, ou a uma dor pélvica contínua, mesmo que não relacionada à menstruação. Outros sintomas comuns são a prisão de ventre ou a diarreia durante o período menstrual e a dor ao evacuar ou urinar.

Contudo, a maioria dos casos é diagnosticada quando a paciente procura um especialista devido à dificuldade de engravidar – o que pode ser uma das consequências da endometriose.

“A infertilidade, assim como a doença, pode ser revertida, mas isso vai depender da situação. Qualquer que seja o caso, é preciso analisá-lo individualmente, pois a eficácia do tratamento depende do local afetado, do grau de comprometimento e do histórico da paciente”, explicou Helizabet.

Cólicas podem ser sinal de alerta

A vice-presidente da SBE alerta que muitas mulheres que têm endometriose não apresentam qualquer outro sintoma que não uma cólica menstrual moderada. O que reforça a importância de que todas consultem um  ginecologista ao menos uma vez por ano e que jamais naturalizem a dor.

“A mulher ouve que é normal ter cólica, que basta tomar um remédio, e deixa o tempo passar. De fato, é normal a mulher ter cólicas nos primeiros dias da menstruação, mas não que estas dores, quando fortes, não passem nem tomando medicamentos. Não é natural que as dores atrapalhem atividades, o trabalho. Que impeçam a mulher de praticar atividades físicas. Aí, é o caso de procurar um especialista”, frisou Helizabet.

Ansiosa pela cirurgia que promete reduzir seu sofrimento e lhe devolver um mínimo de bem-estar após décadas de dores, privações e desenganos, Andrea sabe que a recuperação não será imediata, mas diz que conhecer a causa de suas dores lhe deu esperanças. E, principalmente, tirou de seus ombros o peso da desconfiança.

“Já na adolescência eu me acostumei com meus pais me levando para tomar Buscopan na veia. Ainda assim, a vida toda eu ouvi tias, primas, amigas, colegas de trabalho e até médicos minimizarem minha dor, dizendo que nunca tinham sentido o que eu dizia sentir, que eu estava superestimando a dor ou que, talvez, eu estivesse apenas estressada. Isto fazia com que eu me sentisse pior”, disse Andrea, apontando o “fator psicológico” como um agravante da doença.

“Eu ficava de cama por causa das dores. Às vezes não saía de casa por medo de que nenhum absorvente fosse capaz de conter o fluxo de sangue – na escola, cheguei a manchar a roupa algumas vezes. Imagina o peso disso para uma adolescente. Já adulta, ouvi de uma chefe que menstruação não é doença – como se eu estivesse fazendo corpo mole. E enquanto eu me questionava se ninguém mais sentia o mesmo que eu, passava de médico em médico e tomava remédios cada vez mais fortes para a dor. Até ansiolítico me foi prescrito por ginecologistas”, relembrou a jornalista.

“É necessário um olhar mais específico para a saúde da mulher. Um cuidado que vá além do papanicolau e da colposcopia. É preciso que as mulheres conheçam seus corpos. Que a sociedade não nos imponha padrões, porque o fato é que se a endometriose afeta a 10% da população feminina, parte dos outros 90% nos perguntam se não estamos com frescura, porque elas nunca sentiram esta dor. Isto serve também para os homens. Os companheiros precisam ter sensibilidade para compreender que nós, mulheres, passamos por coisas que nos causam dores que eles desconhecem. E não somos doidas ou histéricas por isto. Eu não sou doida. Apenas tenho endometriose”, finalizou Andrea.

SUS

Consultado pela Agência Brasil, o Ministério da Saúde informou que o número de casos da doença registrados no ano passado ainda está sendo apurado – preliminarmente, foram ao menos 6.531 internações devido a problemas relacionados à endometriose.

Desde julho de 2016, as secretarias de Saúde dos estados, municípios e do Distrito Federal devem oferecer os tratamentos médicos estabelecidos no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Endometriose, publicado pelo ministério, com os critérios de diagnóstico e de tratamento, bem como os mecanismos de regulação, controle e avaliação da doença em todo o país.

A pasta também acrescentou que há, disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), dois tipos de tratamento. O tratamento clínico visa neutralizar o estímulo hormonal estrogênico nos focos de endometriose, proporcionando melhora nos sintomas da doença, associado a medicamentos para o controle da dor. Em pacientes que não desejam engravidar, contraceptivos hormonais são utilizados.

Já o tratamento cirúrgico é indicado quando os sintomas são graves, incapacitantes, quando não houver melhora com tratamento empírico com contraceptivos orais ou progestágenos, em alguns casos de endometriomas, de distorção da anatomia das estruturas pélvicas, de aderências, de obstrução do trato intestinal ou urinário, e para pacientes com infertilidade associada à endometriose.

“Nestes casos, a escolha do tratamento deve ser feita pelo médico e compartilhada com a usuária, avaliando sempre a gravidade dos sintomas, a extensão e a localização da doença, a idade da mulher e, principalmente, o desejo de engravidar”, esclarece o ministério.

Edição: Lílian Beraldo

Agência Brasil

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Saúde

Casos de sífilis e de HIV/aids aumentam entre homens jovens

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Dados do Ministério da Saúde indicam que o país vem registrando queda nos casos de HIV/aids, mas não entre homens de 15 a 29 anos. Nesta faixa, o índice tem aumentado, chegando, em 2021, a 53,3% dos infectados de 25 a 29 anos. Os números da pasta também registram crescimento dos casos de sífilis em homens, mulheres e gestantes.

No mês em que se realiza a campanha Dezembro Vermelho, iniciativa de conscientização para a importância da prevenção contra o vírus HIV/aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) alerta que, se não tratadas, essas infecções podem causar lesões nos órgãos genitais, infertilidade, doenças neurológicas e cardiovasculares e até câncer como o de útero e de pênis.

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Ao longo do mês de dezembro, a sociedade médica esclarece as principais dúvidas envolvendo as ISTs por meio de live, posts e vídeos em seu perfil nas redes sociais (@portaldaurologia).

Vacinação

Apesar de o SUS oferecer a vacinação contra o HPV para meninos e meninas de 9 a 14 anos, segundo o Ministério da Saúde, a cobertura da segunda dose está em 27,7% entre os meninos. Já entre as meninas, a cobertura é maior, atingindo 54,3%, mas ainda longe dos 95% recomendados.

Karin Jaeger Anzolch, diretora de Comunicação da SBU e uma das responsáveis pela campanha, disse que os urologistas têm percebido que o uso dos preservativos nas relações sexuais tem decaído muito nos últimos anos, enquanto a transmissão das ISTs segue em alta.

“Outra grande preocupação é que muitas dessas infecções estão se tornando resistentes aos tratamentos existentes, em várias partes do mundo. Por essas razões, decidimos que temos que voltar a falar mais sobre o assunto, alertar e instruir a população e os agentes de saúde, e este é o terceiro ano consecutivo que adotamos o Dezembro Vermelho, mês já tradicional de conscientização sobre a aids, como o mês dedicado à temática de todas as ISTs”, disse a médica, em nota.

Sintomas

As ISTs podem ser causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. Entre as mais comuns estão herpes genital, sífilis, HPV, HIV/aids, cancro mole, hepatites B e C, gonorreia, clamídia, doença inflamatória pélvica, linfogranuloma venéreo e tricomoníase.

Algumas ISTs, em seu estágio inicial, são silenciosas, não apresentando sinais ou sintomas, ou os sintomas iniciais podem desaparecer espontaneamente, dando a falsa impressão de que a doença foi curada, o que pode atrasar o tratamento e agravar as complicações e as consequências, que podem ser infertilidade, câncer e até mesmo a morte.

Entre os sintomas mais comuns estão: feridas, corrimento, verrugas, dor pélvica, ardência ao urinar, lesões de pele e aumento de ínguas.

O uso do preservativo (masculino ou feminino) continua sendo a melhor forma de prevenção, além da vacinação contra ISTs como HPV e hepatite.

Estatísticas de HIV/aids

Dados do Boletim Epidemiológico de HIV/Aids 2022 do Ministério da Saúde apontam que o número de infectados vem caindo, exceto entre os homens de 15 a 29 anos. De acordo ainda com o boletim, a quantidade de infectados pelo HIV em 2021 era maior entre os homens de 25 a 29 anos (53,3%). Nas mulheres, o maior índice foi registrado entre 40 e 44 anos (18,4%).

Somente em 2021, foram contabilizadas 28.967 infecções pelo vírus em pessoas com idade entre 15 e 39 anos, sendo 22.699 entre os homens e 6.268 entre as mulheres.

Na análise do número de casos em geral, a maior quantidade nos últimos anos vem sendo registrada entre o sexo masculino.

Segundo Karin Anzolch, na época que eclodiu a aids, e por vários anos depois, muitas pessoas se assustaram e de fato passaram a adotar e a exigir o uso do preservativo, bem como começaram a ter mais cuidado na escolha de parceiros. Entretanto, com o tempo, muitas pessoas se descuidaram e passaram a banalizar os riscos de contágio, o que não só as deixaram novamente expostas ao HIV, mas a todas as outras ISTs que são altamente prevalentes.

Outro ponto importante de salientar, de acordo com a médica, é que, embora as pessoas que vivem com HIV hoje em dia disponham de tratamentos eficazes que não somente prolongam, mas também oferecem uma boa qualidade de vida, não se pode esquecer que, para isso, elas precisam tomar regular e constantemente medicações e ter uma rotina bem rígida de cuidados, exames e controles médicos, já que ainda se trata de uma doença incurável.

“Agora imagine um jovem, iniciando a sua vida, contraindo uma doença dessas e já tendo que conviver com esse ônus, influenciando todo o seu presente e futuro. E é o que está ocorrendo, infelizmente, sobretudo entre o público jovem masculino, em que se verificou um aumento na incidência da doença. Isso é resultado de uma série de razões, mas sem dúvida a exposição durante a prática de sexo desprotegido, bem como o consumo de drogas injetáveis, estão entre os principais fatores”, afirmou a médica.

Desde o início da epidemia de aids (1980) até 2021, foram notificados no Brasil 371.744 óbitos devido à doença. A maior proporção desses óbitos ocorreu no Sudeste (56,6%), seguido das regiões Sul (17,9%), Nordeste (14,5%), Norte (5,6%) e Centro-Oeste (5,4%).

Estatísticas de sífilis

Segundo o Boletim Epidemiológico Sífilis 2023, do Ministério da Saúde, de 2012 a 2022, foram notificados no país 1.237.027 casos de sífilis adquirida, 537.401 casos de sífilis em gestantes, 238.387 casos de sífilis congênita e 2.153 óbitos por sífilis congênita. Houve aumento na taxa de detecção de sífilis adquirida de 2012 a 2022, exceto em 2020, provavelmente em decorrência da pandemia de covid-19.

O boletim também indica aumento em casos e taxa de detecção de gestantes com sífilis, de 2012 a 2022. A Região Sudeste é a campeã, com 248.741 casos registrados, seguida do Nordeste, com 112.073.

“A sífilis se manifesta inicialmente como uma lesão na pele, no local onde foi feita a inoculação por contato direto com a lesão de uma pessoa infectada (sífilis primária). Mesmo sem tratamento, essa lesão inicial cicatriza espontaneamente, dando a falsa impressão de que a lesão não era ‘nada de grave’, mas a pessoa continua infectada e a doença continua evoluindo, podendo provocar a morte do paciente”, destacou Alfredo Canalini, presidente da SBU.

Na opinião do vice-presidente da SBU, Roni de Carvalho Fernandes, para combater a sífilis no Brasil, algumas medidas poderiam ser adotadas, como educação e conscientização, acesso facilitado a testes e tratamentos, melhorias no sistema de saúde, ampliação do pré-natal e fortalecimento da vigilância epidemiológica.

“É importante ressaltar que a adoção dessas medidas deve ser feita de forma integrada e contínua, visando à prevenção, detecção e tratamento adequado da sífilis para reduzir sua incidência e impacto no Brasil”, recomenda Fernandes.

Vacinação contra o HPV

O papilomavírus humano (HPV) é responsável por cerca de 50% dos cânceres, entre os quais colo de útero, ânus, vulva, vagina, orofaringe e pênis. E a vacinação contra o HPV é a forma mais eficaz de prevenir o contágio.

A SBU realiza anualmente, em setembro, a campanha #Vemprouro, de conscientização da saúde do adolescente masculino, e aproveita para chamar a atenção sobre a importância da imunização.

Segundo a médica Karin, o índice de vacinação ainda está muito aquém do ideal, especialmente entre os meninos. Além dos cânceres, o HPV também pode ocasionar verrugas genitais de demorado e difícil tratamento, que estigmatizam a pessoa e levam a consequências nos relacionamentos e risco de transmissão.

“Pessoas com imunossupressão, nas quais se incluem os transplantados e pessoas que vivem com HIV, têm riscos ainda maiores, e a faixa etária para vacinação gratuita nesse grupo e para as pessoas vítimas de violência sexual foi estendida para até 45 anos. Temos trabalhado muito a vacinação do HPV, justamente por todas essas questões, mas especialmente entre os adolescentes masculinos, um público que ainda não está sendo suficientemente motivado ou direcionado para receber esse benefício”, sinaliza Karin.

Como o HPV é uma doença na maioria das vezes assintomática e com remissão espontânea em até dois anos, muitas pessoas não descobrem ter o vírus e o transmitem a seus parceiros. Por isso a importância do incentivo à vacinação. A vacina está disponível no SUS para meninos e meninas de 9 a 14 anos (além de pessoas imunossuprimidas), mas a cobertura ainda não chega nem próxima da meta recomendada de 95%.

Entre as consequências do HPV estão os cânceres de colo de útero e de pênis. Em 2021, foram registradas mais de 6 mil mortes de mulheres devido ao câncer de colo de útero, segundo o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde. E a estimativa é que surjam mais de 17 mil novos casos em 2023.

Com relação ao câncer de pênis, de 2007 a 2022, foram realizadas no SUS 7.790 amputações de pênis decorrentes de tumores malignos, o equivalente a uma média de 486 procedimentos por ano. Em relação ao número de mortalidade em decorrência da doença, é registrada uma média de 400 por ano.

Agência Brasil

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Saúde

Opera Paraíba: Hospital Geral de Mamanguape realiza primeira cirurgia de prótese de joelho

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O Hospital Geral de Mamanguape, unidade da rede hospitalar do Governo da Paraíba, realizou nesse fim de semana, por meio do Programa Opera Paraíba, a primeira cirurgia de prótese de joelho, que consiste em substituir a articulação danificada, dando mais qualidade de vida ao paciente. 

O procedimento de alta complexidade atendeu um homem de 57 anos que sofria de artrose avançada. O agricultor Luiz Correia de Sousa, morador da cidade de Salgado de São Félix, conta que já não conseguia se locomover sem sentir dor, e espera voltar a andar com segurança. “Ano passado, eu comecei a sentir muita dor, e procurei o médico, que me encaminhou para um tratamento com injeção. Como não fez efeito, tive que fazer cirurgia. A minha expectativa é ficar bom para poder voltar a trabalhar, que eu tinha parado por conta do problema”, contou. 

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A equipe médica, comandada pelos ortopedistas Luciano Leite e George Kennedy, realizou a cirurgia de prótese de joelho com precisão. “Esse paciente tinha queixa de dor que não melhorava com nada, então a indicação era a artroplastia. Nessa cirurgia, a gente tira a parte estragada do joelho e coloca um novo joelho, que é uma prótese de polietileno, com implantes no fêmur e na tíbia. Foi uma cirurgia muito bem realizada, o paciente já andou e já vai ter alta”, detalhou o médico George. 

O diretor-geral do hospital, Rodrigo Oliveira, explica que, a partir de agora, a unidade passa a realizar esse tipo de cirurgia periodicamente. “O serviço de ortopedia foi inaugurado na unidade em agosto deste ano, ofertando cirurgias para tratamento de ligamento cruzado anterior e posterior, lesão de menisco, lesão de ombro e punho, e agora avança na realização de procedimentos cirúrgicos com a artroplastia. O serviço vai ser oferecido ao usuário do SUS toda semana e a meta é ofertar sete próteses até o fim de 2023”, destacou. 

Com a novidade, o Hospital Geral de Mamanguape passa a ser referência para cirurgias ortopédicas na região do Vale do Mamanguape. Para ter acesso ao programa, o usuário precisa solicitar o cadastro através das Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF) das Secretarias de Saúde de cada município. Outra opção é se cadastrar por meio do site: operaparaiba.pb.gov.br e inserir os exames e encaminhamentos.

Secom

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Saúde

Solânea recebe mutirão de 60 cirurgias do Opera Paraíba itinerante

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O Hospital Estadual de Solânea, unidade da rede hospitalar do Governo do Estado, deu início, nesse fim de semana, a mais um mutirão de cirurgias gerais e ginecológicas na unidade, através do programa Opera Paraíba. A iniciativa tem o objeto de levar ações de saúde para todas as pessoas, por meio da regionalização do serviço. 

Até este domingo (26) serão realizadas 60 cirurgias de hérnia, vesícula e histerectomia, contemplando a população da 2ª e 3ª Região de Saúde, no Brejo paraibano. 

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A diretora-geral do hospital, Vanessa Viegas, ressalta o benefício para os paraibanos, através da interiorização da saúde. “Temos ofertado a possibilidade do paciente realizar a cirurgia perto de casa, próximo ao município do usuário, proporcionando um maior bem-estar e mais qualidade de vida”, avaliou. 

A dona de casa, Patrícia Soares, conta que o problema no útero estava causando dificuldades no dia a dia. “Há alguns meses, eu vinha sofrendo com problemas no útero. O médico achou por bem fazer a histerectomia e estou aqui firme e forte, esperando melhoras na minha saúde”, contou. 

Para participar do programa, o encaminhamento é feito através de cadastro no Opera Paraíba, por meio das Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF) das secretarias de Saúde de cada município. A população também pode se cadastrar por meio do site: operaparaiba.pb.gov.br e inserir os exames e encaminhamentos.

Secom

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