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Saúde

Pandemia reduz atividade física de quase 60% das pessoas com diabetes

Cerca de 40% adiam consultas e exames no período

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A pandemia de covid-19 levou 59,5% das pessoas com diabetes a reduzir atividades físicas, enquanto 59,4% tiveram variação na glicemia e 38,4% adiaram consultas médicas e exames de rotina, revela pesquisa feita no primeiro semestre do ano passado, no início da crise sanitária. Na sondagem, 1fora, ouvidos 1.700 brasileiros portadores da doença. A sondagem foi liderada pelo e especialista em Educação em Diabetes da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), Mark Barone.

Mesmo na fase inicial da pandemia, já se observavam impactos na vida dos pacientes, como alteração da glicemia em quase 60% deles, por causa de mudanças na rotina, disse o especialista em educação em diabetes da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), Mark Barone, coordenador do Fórum Intersetorial de Combate às DCNTs (doenças crônicas não transmissíveis), que coordenou a pesquisa.

“Pessoas com doenças crônicas, como diabetes, precisam de atividade física, precisam ir às consultas médicas. Isso teve impacto imediato, o que nos preocupou muito, e era o início [da pandemia]. Imagine em todo o período prolongado”, afirmou Barone. A isso acrescenta-se o fato de muitas pessoas terem deixado de ter contato com as equipes de saúde, que foram transferidas para outros tipos de serviço. “Ficou mais difícil ter esse contato para fazer ajustes terapêuticos, para a nova rotina que as pessoas tiveram, e que seria fundamental”, afirmou.

Mortes prematuras

As doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) são causa de mais de 75% das mortes no país. “Hoje em dia, sabe-se que já estão acima de 75% as mortes causadas no Brasil pelas DCNTs, como o diabetes. Esta é uma das principais causas de mortes, além das doenças cardíacas, dos cânceres (neoplasias) e das doenças respiratórias. São as que mais preocupam e causam o maior número de mortes e de mortes prematuras”, salientou o especialista.

Depois dessa pesquisa inicial, o Fórum DCNTs acompanhou alguns grupos que fizeram novos levantamentos, como o da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que constatou que as pessoas estavam tendo piora também em termos de alimentação, de consumo de bebidas, uso de cigarros e de sedentarismo, por meio do chamado “tempo de tela”, que mede o tempo em que a pessoa permanece diante do computador ou da televisão. “Portanto, está tendo um comportamento sedentário, que não é saudável.”

Após a pesquisa, os pesquisadores fizeram uma estratificação e apuraram que as pessoas com doenças crônicas tiveram piora ainda maior. “Isso é preocupante”, disse Barone. Segundo ele, pessoas com DCNTs que têm piora nos indicadores de hábitos saudáveis correm mais risco de sofrer infarto, acidente vascular cerebral (AVC) ou desenvolver doença renal crônica.

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Mobilização

Como fundador e coordenador do Fórum DCNTs, Mark Barone está sempre em contato com o Ministério da Saúde, com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e com secretarias estaduais e municipais de Saúde. Ele destacou a necessidade de os órgãos se mobilizarem o quanto antes e prepararem alternativas viáveis, e citou o caso da telemedicina, que foi muito anunciada no início da pandemia, mas que nem todas as pessoas sabiam como acessar. “As pessoas que dependem do sistema público, muitas vezes, ouviam falar, mas não tinham acesso a esse tipo de atendimento, de forma generalizada.”

Barone disse esperar que o Sistema Único de Saúde (SUS) se ajuste a essa nova realidade e que, agora, o sistema esteja muito atento às potenciais consequências da piora da saúde da população, porque o grande número de pessoas que ficou represado, sem ir ao sistema, vai voltar de uma vez e com maior número de doenças. “Vai sobrecarregar. Não vai ser fácil. O sistema de saúde tem que se preparar, tem que se antecipar e lançar mão também de políticas de prevenção, para que esse acelerado risco de doenças crônicas e das suas complicações não continue dessa forma.”

Projetos

Alguns projetos têm tomado forma no país e gerado resultados positivos, destacou Barone, citando o programa da atenção primária à saúde de Porto Alegre, organizado em parceria com a Opas e o Ministério da Saúde. Por meio da atenção primária, esse programa visa dar melhor atendimento às pessoas com diabetes e hipertensão. Existem programas desse tipo também, ajustando a atenção primária, na cidade de São Paulo, que é o programa Cuidando do Seu Coração, e em Vitória da Conquista, na Bahia, e Teófilo Otoni, em Minas Gerais. São programas organizados a partir de modelo específico, por meio de parcerias com as universidades federais da Bahia  e de Minas Gerais.

Para Barone, este é o caminho. “Temos incentivado o investimento em atenção primária, porque é fundamental que não se aguarde a pessoa nos hospitais, porque é um risco muito grande”. O especialista disse que, no caso de uma pessoa com doença crônica não ser localizada para ir à unidade de saúde mais próxima de sua casa, as equipes de saúde da família devem identificá-la e buscá-la para que faça os exames necessários e os ajustes de medicamento. “Isso é muito importante para que o sistema resista a esse represamento que aconteceu durante a pandemia”, afirmou.

Agência Brasil

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Saúde

Hospital de Trauma de João Pessoa disponibiliza fisioterapia fora do leito para pacientes idosos

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Pixabay/ ilustração

O setor de Fisioterapia do Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, passou a adotar práticas externas para pacientes do Centro de Assistência Avançada no Trauma do Idoso (CAATI). A ação inclui exercícios fora do leito, além do banho de sol e pequenas caminhadas dentro do complexo hospitalar.

Segundo o diretor-geral, Laecio Bragante, é preciso enxergar o usuário em seus aspectos físicos, psíquicos e sociais, para além do leito da instituição. “Os usuários são monitorados e recebem total apoio dos fisioterapeutas e da equipe multidisciplinar. Antes de levarmos o paciente para o ambiente externo, verificamos o clima, todo o equipamento necessário para sua saída, além de contarmos sempre com a opinião da família do enfermo”, explicou.

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O fisioterapeuta Alecssandro Barbosa esclareceu que, para poder participar do programa, o paciente precisa ser liberado pelo médico e fisioterapeuta, já que precisará da ajuda do acompanhante. “Ao iniciar a fisioterapia fora do leito, primeiramente deve ser feito com que o paciente se sinta realmente acolhido e respeitado. Após cumprir os protocolos formais, é a vez de escutar o que o paciente tem a dizer. O próximo passo é esclarecer e orientar sobre a saída do leito e os profissionais que também estarão envolvidos no processo de reabilitação e/ou de cuidados clínicos”, frisou.

Elaine Morais, coordenadora de Enfermagem do CAATI, explicou que o banho de sol revigora o paciente, promove novo ânimo para continuar o tratamento, além de ser um momento de descontração. “A luz solar traz benefícios físicos e psicológicos no enfrentamento da hospitalização ao melhorar os níveis de serotonina [hormônio do humor], a produção de melatonina [hormônio da regulação do sono] e auxiliar nas funções cognitivas e cicatrização de feridas, e fortalece o sistema imunológico”, relatou.

CAATI – O Centro de Assistência Avançada no Trauma do Idoso funciona 24h e conta com uma equipe multidisciplinar. O setor, que é o único centro especializado para essa faixa etária no Norte e Nordeste, possui 30 leitos, sendo 22 de enfermarias e oito de semi-intensiva.

Secom

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Saúde

CONTRA COVID-19: Guarabira amplia vacina bivalente para pessoas 50+

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Foto: Codecom

A Prefeitura de Guarabira, por meio da sua Secretaria de Saúde, está ampliando a partir desta segunda-feira, 27/3, a oferta da vacina bivalente contra Covid-19 para pessoas com 50 anos e mais. 

A vacina também já se encontra disponível para profissionais de saúde, funcionários do sistema prisional, pessoas com deficiência permanente e pessoas privadas de liberdade. E, ainda, para pessoas 12+ portadoras de HIV, transplantados, pacientes oncológicos, com insuficiência renal e imunossuprimidos.

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A dose bivalente deve ser aplicada 4 meses após a pessoa ter completado o esquema vacinal (1ª e 2ª doses monovalentes) ou ter tomado a dose de reforço.

Portanto, quem se enquadra nestes grupos prioritários, munido do cartão de vacina, cartão do SUS e laudo médico (se for o caso), procure a UBS mais próxima e se vacine.

Bivalente – A vacina bivalente promove a imunização contra mais de uma cepa do Sars-CoV-2. No caso, ela abrange a cepa original, registrada em Wuhan, na China, e a variante ômicron, que desde 2022 predomina em todo o mundo. A vacina é aplicada em uma dose.

Codecom

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Saúde

Paraíba registra 194 novos casos de tuberculose nos três primeiros meses de 2023

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Foto: Reprodução

Nesta sexta-feira (24) é comemorado o dia mundial de combate a tuberculose, e a Paraíba registrou, até o dia 07 de março deste ano, 194 novos casos da doença. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), no ano passado houve um total de 1.450 casos novos notificados.

De acordo com o Ministério da saúde, O Brasil registrou 78 mil novos casos de tuberculose no ano passado – um aumento de 4,9% em relação ao ano de 2021, quando o país teve recorde de mortes pela doença – 5 mil no total, maior número registrado nos últimos dez anos. Atualmente, a tuberculose  é  a segunda doença infecciosa que mais mata, atrás apenas da covid-19, e a principal causa de morte entre pessoas postadoras de HIV e Aids.

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Ainda segundo o Ministério da Saúde, homens de 20 a 64 anos apresentam risco três vezes maior de contrair a tuberculose do que mulheres na mesma faixa etária. Em 2022, o país contabilizou 2,7 mil casos em menores de 15 anos, sendo 37% dessas notificações referentes a crianças de até quatro anos.

A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, causada pelo ‘Mycobacterium Tuberculose’ que afeta, principalmente, os pulmões.  A infecção precisa ser tratada de forma correta e rápida. Para isso, as pessoas com sintomas devem procurar atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), que é a porta de entrada para atender pacientes com tuberculose.

O tratamento da doença é gratuito e ofertado nos serviços de saúde pelo Sistema Unico de Saúde (SUS). Apenas os casos que necessitam de acompanhamento por especialistas é que devem ser encaminhados para os serviços de referência, como o Hospital Clementino Fraga.

O diagnóstico da doença é feito a partir de um exame  simples, por meio da coleta do escarro, que precisa ser encaminhada para o Laboratório Municipal ou para o Laboratório de Saúde Pública da Paraíba (Lacen-PB).

ClickPB

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