Vinte e três municípios paraibanos vão participar, no período de 16 a 18 de agosto, do Encontro Formativo da Estruturação da Gestão Ambiental da Paraíba (EGAM-PB), no auditório do Ministério Público da Paraíba, em João Pessoa. O evento é promovido pelo MPPB, a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a Federação das Associações dos Municípios da Paraíba (Famup), a Secretaria de Estado da Infraestrutura, Recursos Hídricos e Meio Ambiente (Seirhma), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PB) e Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente.
Segundo a coordenadora do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente, promotora de Justiça Fabiana Lobo, o objetivo é promover a descentralização da gestão ambiental, capacitar os municípios para o licenciamento ambiental e fortalecer o Sistema Municipal de Meio Ambiente (Sismuma). “A descentralização da gestão municipal, por garantir maior capilaridade, é mais benéfica para a tutela do meio ambiente, desde que feita por órgão ambiental devidamente capacitado”, destaca a promotora.
A promotora explicou que a seleção dos municípios para participar do encontro levou em conta dois critérios: municípios com mais de 50 mil habitantes e os costeiros. A ideia é, posteriormente, regionalizar a capacitação para alcançar os demais municípios.
Competência municipal
Dentro dessa temática, o CAO do Meio Ambiente emitiu uma nota técnica orientativa aos promotores de Justiça que atuam na área com esclarecimentos sobre a competência dos municípios para o licenciamento ambiental. Conforme a nota, os municípios possuem competência administrativa para licenciamento ambiental, desde que possuam lei municipal instituindo a Política Municipal de Meio Ambiente, órgão ambiental capacitado, Conselho Municipal de Meio Ambiente e Fundo Municipal de Meio Ambiente.
A nota destaca ainda que a Lei Complementar nº 140/2011 concede aos Municípios atribuições para promover o licenciamento ambiental das atividades ou empreendimentos: que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local (conforme tipologia definida pelos respectivos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente, considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade) e localizados em unidades de conservação instituídas pelo município, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs).
Além disso, o CAO aponta que o Supremo Tribunal Federal vem reconhecendo a autonomia dos Municípios para o licenciamento ambiental quando predominante o interesse local (impacto local), independentemente de deliberação de órgãos estaduais.
Programação
Terça 16/08
Manhã
8h30-Abertura geral
Apresentação do Encontro Formativo EGAM
Dinâmica de grupo
9h30-Panorama Geral da Gestão Ambiental Municipal (GAM) no Brasil
Principais instrumentos de GAM
Estruturação da GAM
Palestrante: Vanessa Fernandes SEIRHMA PB/UFPB
Tarde
14h – Gestão Participativa: relevância de um conselho municipal de meio ambiente ativo
Palestrante: Welison Silveira – ANAMMA/SEMAM
16h – Os ODS no contexto da gestão ambiental municipal
Palestrante: Henrique Zeferino de Menezes (Núcleo de Políticas Públicas e Desenvolvimento Sustentável – UFPB)
Quarta 17/08
Manhã
8h – Importância do Ordenamento Territorial no município
Palestrante: Camila Cunico – UFPB
Tarde
14h- Plataforma de disponibilização de dados geográficos na web para o meio ambiente do estado da Paraíba.
Palestrante: Talita Stael Pimenta da Silva Costa – Sudema
16h – Licenciamento Ambiental: aspectos práticos
Palestrante: Talden Farias – OAB-PB
Quinta 18/08
Manhã
8h – Compartilhando experiências locais
Palestrantes: São Bento – Arajane Alexandre da Silva
Conde – Walber Farias Marques
Cajazeiras – Maria das Dores de Sousa
Tarde
14h – Possibilidades da Gestão Associada: solução consorciada vale a pena? Experiências do Rio Grande do Sul e Pernambuco
Encerramento do Trabalhos
Assessoria