Treze cidades paraibanas recebem, a partir desta segunda-feira (1), a Caravana da Rede Cuidar 2024. A ação é promovida pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES) em parceria com a UFPB, e disponibiliza atendimentos médicos especializados em cardiopediatria, pediatria e ortopedia. Nesse domingo (30), as equipes partiram para Monteiro, onde serão realizados os primeiros atendimentos.
A programação continua com seguinte cronograma: Princesa Isabel (2/7), Itaporanga (3/7), Cajazeiras (4/7), Sousa (5/7), Catolé do Rocha (6/7), Pombal (7/7), Patos (8/7), Juazeirinho (9/7), Picuí (10/7), Guarabira (11/7), Itabaiana (12/7) e Mamanguape (13/7). A iniciativa mobiliza 100 profissionais, sendo 80 da Caravana e 20 locais, incluindo médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, assistentes sociais, nutricionistas, fisioterapeutas e odontólogos, com a maioria dos profissionais atuando de forma voluntária.
O secretário de Estado da Saúde, Ari Reis, ressaltou a relevância da Rede Cuidar e a evolução dos serviços oferecidos. “A Rede Cuidar não é só a caravana, mas também um laboratório especializado em referência para nossos hospitais, com atendimento por telemedicina e teleconsulta, ajudando nas crises de síndromes respiratórias que enfrentamos todos os anos. Isso simboliza a conclusão de um projeto executado de janeiro a julho, onde agora podemos levar os profissionais que acompanharam os pacientes durante o ano em João Pessoa para atendê-los presencialmente, próximo às suas residências. A Caravana também possibilita que novos pacientes sejam diagnosticados e triados para serem acompanhados pelo projeto”, ressaltou.
A cardiologista pediatra Kalessa Vaz destacou a importância da Caravana para a assistência no interior do estado. “Disponibilizamos assistência às crianças de todo o estado, desde as regiões mais remotas até a região metropolitana. Essas crianças não teriam oportunidade de diagnóstico e tratamento sem a Caravana. É gratificante saber que estamos fazendo algo bom para quem mais precisa”, frisou.
O estudante de Medicina e voluntário da Rede Cuidar, Henrique Hamad, disse estar empolgado em participar dessa experiência. “É minha primeira vez participando da Caravana, estou muito ansioso. Vi meus amigos participando, no ano passado, e achei a dinâmica de ir ao interior para ajudar as pessoas muito interessante. Minha função será ajudar os médicos, na recepção e no fluxo dos atendimentos. É realmente uma ajuda muito grande para essas comunidades”, comentou.
O coordenador dos voluntários, Matheus Vieira, explicou o processo de seleção e treinamento dos voluntários, “A seleção dos voluntários ocorre previamente à Caravana. Temos vários braços de voluntários, incluindo estudantes de Medicina e Enfermagem, além de residentes de diversas áreas como Pediatria, Ortopedia, Fisioterapia, Nutrição e Farmácia. Eles desempenham a principal função de tocar o serviço, realizando atendimentos, registrando consultas e elaborando laudos, tudo guiado por preceptores. Este ano, tivemos diversos treinamentos, incluindo ultrassom, ecocardiograma e manejo de doenças específicas como acondroplasia e mucopolissacaridose”, relatou.
Estimativa de Atendimentos – Durante os 13 dias da Caravana, serão oferecidos serviços de assistência especializada para 650 crianças cardiopatas, a colocação de 260 DIUs, avaliação da saúde bucal para cerca de 1.300 crianças, atendimento odontológico para aproximadamente 40 crianças com necessidades especiais, além de assistência de enfermagem para cerca de 1.650 crianças e eletrocardiogramas para todas que apresentem perfil clínico necessário. Haverá também avaliação e assistência multiprofissional para 1.650 crianças com perfil clínico específico. Os atendimentos ocorrerão das 7h30 às 17h30, em parceria com o Complexo Pediátrico Arlinda Marques e a Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
Cursos – Além dos atendimentos, serão realizados cursos para os profissionais das localidades visitadas pela Caravana, abordando temas como “Reanimação Neonatal para Profissionais não Médicos nas Maternidades da Região”, “Identificação e Captação Precoce da Endometriose na Atenção Básica”, “Atendimento Odontológico em Crianças com Necessidades Especiais” e “Realização do DIU na Atenção Básica”.
A Caravana da Rede Cuidar 2024 reafirma o compromisso do Governo do Estado com a interiorização e regionalização dos serviços de saúde, proporcionando acesso a atendimentos especializados para populações em áreas remotas e de difícil acesso.
Novas diretrizes para a medição da pressão arterial foram lançadas pela Sociedade Europeia de Cardiologia. Um dos pontos mais relevantes foi a inclusão do termo “pressão elevada”.
Ele passa a ser usado quando o paciente apresenta pressão sistólica entre 120 e 139 mmHg ou a diastólica fica entre 70 e 89 mmHg. O diagnóstico serve como um alerta para o risco do paciente evoluir para a hipertensão.
As diretrizes foram apresentadas no último congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, que ocorreu em Londres, em setembro. É a primeira atualização desde 2018, seguindo novas evidências científicas, com dados de diferentes estudos. Por ter sido feita por uma comunidade científica que serve de referência para o mundo, a atualização é levada em conta pelos médicos brasileiros.
“A diretriz indica um olhar mais atento para que esse grupo de pacientes seja alertado, orientado e incentivado a adotar ou intensificar medidas de prevenção. Quando efetivas, essas medidas podem evitar quadros de hipertensão e suas complicações”, explica o médico Rodrigo Noronha, cardiologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo.
O Instituto Autismo Amor Infinito, em Guarabira, realizou na noite da sexta-feira, 27/9, atividades relacionadas à Campanha Setembro Amarelo; mês de conscientização sobre a saúde mental e contra o suicídio.
Convidados pelo instituto, a psicóloga/professora Laís Mirella, da Faculdade EESAP, e seus alunos do curso de psicologia –, articularam rodas de conversas e dinâmicas sobre a importância da campanha setembro amarelo. Assim sendo, uma turma de estudantes ficou responsável de interagir com os pais e a outra turma, com a criançada.
O evento aconteceu na sede do instituto, localizada na Rua Abdon Paiva, no bairro Esplanada. A atual Diretora-presidente é Maria do Socorro (Corrinha).
As informações são da vice-presidente da entidade, Ercília Lira.
Para maiores detalhes e contato do Instituto Autismo Amor Infinito, clique AQUI
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu, em todo o território brasileiro, a fabricação, importação, comercialização e o uso em serviços de saúde de termômetros e esfigmomanômetros (medidores de pressão arterial) com coluna de mercúrio. A resolução foi publicada nesta terça-feira (24) no Diário Oficial da União.
Fachada do Prédio da Agência de Vigilância Sanitária ANVISA, em Brasília. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Os equipamentos abrangidos pela resolução têm uma coluna transparente contendo mercúrio e finalidade de aferir valores de temperatura corporal e pressão arterial, indicados para uso em diagnóstico em saúde. A proibição não se aplica a produtos para pesquisa, calibração de instrumentos ou uso como padrão de referência.
Ainda de acordo com a resolução, termômetros e esfigmomanômetros com coluna de mercúrio que forem retirados de uso devem seguir as Boas Práticas de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde, fixadas pela Anvisa em 2018.
O descumprimento da resolução, segundo a agência, constitui infração sanitária, sem prejuízo das responsabilidades civil, administrativa e penal cabíveis.
Entenda
Em 2022, a diretoria colegiada da Anvisa aprovou, em reunião pública, iniciativa regulatória sobre o tema, atendendo a uma demanda da Convenção de Minamata, ocorrida no Japão em 2013 e da qual o Brasil é signatário. Pela convenção, o mercúrio deveria ter seu uso reduzido em todo o mundo até 2020.
O metal pesado, segundo a agência, não representa perigo direto para usuários de termômetros ou de medidores de pressão, mas configura perigoso agente tóxico no meio ambiente quando descartado. A Anvisa destaca ainda que esses equipamentos já contam com alternativas de mercado que não utilizam coluna de mercúrio.
“Termômetros e esfigmomanômetros digitais são produtos para a saúde de uso difundido no Brasil e possuem as mesmas indicações clínicas que os que contém mercúrio. Esses dispositivos também possuem a sua precisão avaliada compulsoriamente pelo Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade e são ambientalmente mais sustentáveis.”