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Educação

Brasil discute estratégias para melhorar educação para a adolescência

Nesta fase, estudantes reprovam mais e abandonam escola.

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Imagem: Pixabay/ ilustração

O Brasil tem mirado cada vez mais em uma etapa crítica da educação: os anos finais do ensino fundamental. Essa etapa vai do 6º ao 9º ano e é cursada entre as idades de 11 a 14 anos. Estudos mostram que é uma etapa na qual os estudantes enfrentam grandes mudanças na própria vida, com a entrada na adolescência. Também, geralmente, mudam-se para escolas maiores e lidam com aprendizagens mais complexas. Trata-se de um período determinante para que eles concluam os estudos, até o final do ensino médio.

Discutir como o Brasil e outros países estão lidando com a garantia de uma educação de qualidade e quais as principais estratégias para combater a reprovação e o abandono escolar foi o objetivo do Seminário Internacional Construindo uma Escola para as Adolescências, que ocorreu nesta terça-feira (10) no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e foi transmitido online

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A coordenadora Executiva Adjunta da ONG Ação Educativa, a socióloga e educadora Edneia Gonçalves destacou que um ponto central nesta discussão é considerar o papel da educação e da escola na redução das desigualdades no país. “Eu acredito que a função social da escola é garantir a todas as pessoas o direito a trajetória escolar que produza e construa aprendizagens significativas para a pessoas seguirem suas vidas. Só que isso não é tão simples quanto parece”, afirmou.

Os dados mostram que nem todos os brasileiros têm as mesmas condições de estudo e de formação. A maioria que acaba reprovando e até mesmo abandonando a escola sem concluir o ensino médio é justamente a população mais vulnerável.

Segundo a oficial de Educação do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Brasil, Júlia Ribeiro, as populações preta, parda, indígena e quilombola e as pessoas com deficiência têm maiores porcentagens de abandono escolar do que a população branca.

“Necessidade de contrariar destinos, que a gente aceita como sendo natural, que quem vive em situação de maior vulnerabilidade vai reprovar, vai entrar em distorção [de idade em relação à série cursada] e vai abandonar a escola. Então, por isso, contrariar destinos porque a gente não pode aceitar que esses sejam os destinos que esses meninos e meninas tenham nas suas escolas”, ressaltou. 

Em julho deste ano, o governo federal lançou o Programa de Fortalecimento para os Anos Finais do Ensino Fundamental – Programa Escola das Adolescências que tem como objetivo construir uma proposta para a etapa que se conecte com as diversas formas de viver a adolescência no Brasil, promova um espaço acolhedor e impulsione a qualidade social da educação, melhorando o acesso, o progresso e o desenvolvimento integral dos estudantes.

O programa reúne esforços da União, dos estados e do Distrito Federal e dos municípios e prevê apoio técnico-pedagógico e financeiro, produção e divulgação de guias temáticos sobre os anos finais e incentivos financeiros a escolas priorizadas segundo critérios socioeconômicos e étnico-raciais.

Comparação internacional

O estudo Diálogos políticos em foco para o Brasil – Insights internacionais para fortalecer a resiliência e a capacidade de resposta no ensino secundário inferior foi lançado durante o evento. Realizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e Fundação Itaú Social, a pesquisa traz um panorama do cenário brasileiro, faz comparações com outros países e reúne iniciativas bem-sucedidas tanto brasileiras quanto internacionais voltadas para as adolescências.

De acordo com o estudo, a maioria dos países da OCDE vê a conclusão do ensino secundário superior (etapa equivalente ao ensino médio brasileiro), como requisito mínimo para uma vida plena. Assim, os sistemas de ensino devem garantir que todos os alunos do ensino fundamental avancem para a próxima fase.

Os dados mostram, no entanto, que nenhum país da OCDE e nem o Brasil reúnem ao mesmo tempo três indicadores considerados importantes para um bom desempenho escolar: senso de pertencimento, clima disciplinar e apoio docente. Nenhum país possui esses três indicadores positivos. Os dados são baseados nas respostas dos próprios estudantes de 15 anos no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) 2022.

O Brasil fica em último lugar em relação ao senso de pertencimento e está também entre as piores colocações em termos do clima disciplinar nas escolas.

O estudo aponta algumas práticas desenvolvidas e aplicadas em alguns países como possibilidades para melhorar a etapa de ensino. Entre elas, ouvir estudantes em diferentes estágios de elaboração de políticas publicas de forma regular e ser proativo em tornar a escola um lugar onde os estudantes querem estar.

A pesquisa mostra ainda que os alunos precisam de ajuda para entender onde estão e para onde podem ir com a formação escolar. Isso pode motivá-los a seguir estudando. Para isso são citadas práticas de construir pontes entre diferentes fases da educação e oferecer informações de carreiras para aqueles que mais precisam.

Edital de pesquisa

Para incentivar estudos voltados aos anos finais do ensino fundamental e para as adolescências, segundo o diretor de Políticas e Diretrizes da Educação Integral Básica do Ministério da Educação (MEC), Alexsandro Santos, o ministério irá lançar, junto com a Fundação Itaú, um edital de pesquisa para reconhecer, identificar e fortalecer boas práticas do ensino de matemática nos anos finais do ensino fundamental.

De acordo com o diretor, o edital, que está na fase de elaboração, deverá ser voltado a professores da educação básica, grupos de pesquisa e associações da sociedade civil que tenham iniciativas voltadas para essa temática.

Agência Brasil

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Educação

“Jornada Pedagógica 2025 uniu conhecimento, humanização e empatia” diz secretário

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O encerramento da Jornada Pedagógica 2025, promovida pela Secretaria Municipal de Educação, ocorreu nesta sexta-feira (14) com uma série de atividades realizadas simultaneamente na Escola Municipal Osmar de Aquino, em Guarabira.

Os encontros, que ocorreram de 11 a 14 de fevereiro, reuniram professores, gestores e colaboradores para definir as metas pedagógicas que nortearão as ações do ano letivo.

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Com o tema “Tecendo Saberes: educar para conexões e descobertas”, a Jornada contou com a participação de centenas de profissionais da educação, focando em absorver e compartilhar conhecimentos que serão fundamentais para o dia a dia na comunidade escolar.

Secretário de Educação, Tiago Justino considerou que os temas discutidos foram muito importantes para que os profissionais possam trabalhar durante o ano letivo.

“A avaliação é muito positiva. A gente conseguiu reunir um número expressivo de professores, dando condições de trabalhar temas importantes relacionados a conexões, aprendizagem, saúde mental e afetividade. Foi uma jornada muito boa que vai contribuir muito com os nossos profissionais no ano letivo”, disse Tiago.

Para o gestor da Educação, a Jornada uniu conhecimento, humanização e empatia e que o objetivo é transformar os estudantes e elevar o patamar do sistema de ensino em Guarabira.

“Eu destaco a harmonia dos professores, o empenho de cada um, a dedicação dos formadores e uma palestra na abertura que tocou muito as pessoas. Fizemos uma Jornada que atrelou conhecimento, humanização empatia. O nosso foco é fazer uma educação cada vez melhor, que possa permitir a transformação dos nossos alunos e que nosso sistema de ensino seja elevado a patamares superiores”, destacou o secretário.

Secom/PMG

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Educação

Educação de Guarabira: Secretário Tiago Justino fala do início do ano letivo e confirma reajuste no Bolsa Transporte

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Foto: Secom / Prefeitura de Guarabira

O secretário de Educação de Guarabira, Tiago Justino foi entrevistado na manhã desta quinta-feira (6) na Rádio Cultura FM, onde tratou das ações desenvolvidas na pasta nesses primeiros dias de gestão, sobretudo, na preparação para início do ano letivo na rede municipal de ensino.

O secretário destacou a entrega das portarias aos novos gestores escolares, gestores adjuntos e coordenadores, que ocorreu essa semana e enalteceu a qualificação profissional do quadro de funcionários da Educação.

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“As escolas estarão abertas, preparadas para receber os alunos, temos uma rede qualificada, um quadro de profissionais preparados, e os pais podem ter certeza, vocês estarão entregando seus filhos a profissionais que podem colaborar muito com a formação e tenham certeza que estamos muito bem servidos”, disse.

Tiago assegurou a ampliação do programa Transporte Universitário, o reajuste dos valores do Bolsa Transporte para quem estuda em universidades de Cuité e Araruna e a criação da Bolsa para quem estuda na cidade Areia, através de projeto de lei enviado para a Câmara.

Questionado a respeito do fardamento escolar e material, o secretário afirmou que as aulas serão iniciadas com os estudantes utilizando fardamento que foi entregue no final do ano passado e depois será feito um processo licitatório para que possa ser confeccionado novo fardamento.

No que se refere a material escolar, o secretário esclareceu que as escolas que são organizadas com conselho escolar, já há garantia de recursos para isso, e que as demais serão atendidas com a garantia do material.

Secom/PMG

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Educação

Secretário de Educação de Guarabira diz que é importante proibição de celular nas escolas e defende discussão com a comunidade escolar e as famílias

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O secretário de Educação do município de Guarabira, Tiago Justino (Tiago do Mutirão), falou acerca da lei sancionada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, proibindo telefone celular nas escolas, em contato feito por Fato a Fato  disse achar a medida muito importante. 

– Algo que vinha falando constantemente, o uso do celular excessivamente tem prejudicado o aprendizado das crianças e adolescentes. Também entendo que deve ser feito uma discussão com a comunidade escolar, a saber, família, escola e todos envolvidos”, afirmou Justino.

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O secretário, que é professor, advogado e está vereador pelo município de Guarabira, revelou também: “Entendo que deve ser de fato implantado e efetivamente o projeto, porém, é necessário moldar a necessidade também dos eletrônicos e tecnologias nos momentos que sejam indispensáveis, até pelo fato de estarmos na era digital”.

Ao finalizar a análise do tema solicitado pela editoria de Fato a Fato, Tiago acrescentou tem sido seu comportamento como vereador: “Aqui em Guarabira já era uma vontade minha em fazer essa ação. Já havia discutido muito na Câmara sobre tal tema. Agora como secretário estarei vendo essa limitação do uso dos aparelhos em sala”.

De Fato a Fato com Assessoria

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