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Educação

Especialistas apontam desafios para restrição de celular nas escolas

No geral, professores apoiam a medida adotada pelo governo federal.

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Foto: Pixabay / ilustração

Colocar em prática as restrições ao uso dos celulares nas escolas de todo o país será um desafio, segundo professores e estudantes. Embora a proibição seja bem vista por grande parte da sociedade e da comunidade escolar, a lei sancionada nesta segunda-feira (13) encontrará desafios como a falta de infraestrutura nas instituições de ensino, para por exemplo, guardar os celulares em segurança; de formação dos professores, para que não abandonem o uso pedagógico das novas tecnologias; e de ensino, para que as aulas sejam atrativas para os alunos.

Após tramitar pelo Congresso Nacional, a lei que proíbe o uso dos celulares nas escolas públicas e privadas, tanto nas salas de aula quanto no recreio e nos intervalos, foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os aparelhos seguem sendo permitidos para o uso pedagógico, ou seja, quando autorizado pelos professores como instrumento para a aula.

A principal justificativa para a nova lei é proteger as crianças e adolescentes dos impactos negativos das telas para a saúde mental, física e psíquica deles. A medida não é exclusiva do Brasil, países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já têm legislações que restringem uso de celular em escolas.

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Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo, os professores, no geral, apoiam a proibição dos celulares nas salas de aula, mas apontam alguns desafios para colocar a medida em prática: “Onde vai ficar esse equipamento? Em que momento da aula você precisa do celular para que o conteúdo chegue com facilidade para entendimento por parte do estudante? Em que momento ele vai ser utilizado? Em que momento ele volta a ser guardado? E aí você vem para a escola pública e pergunta, a escola pública está equipada para isso? Tem segurança em guardar o equipamento do aluno sem estragar, sem perder o equipamento? Tem condições de fazer um planejamento onde sabe que momento o equipamento pode ser utilizado para aprimorar o conhecimento e que momento ele não deve ser utilizado?”, questiona Araújo.

Segundo Araújo, deveria haver uma discussão maior nas redes de ensino. “Tudo isso precisaria de um aprofundamento. Uma lei que vem de cima para baixo, sem um fortalecimento da gestão democrática da escola, sem um fortalecimento da participação dos segmentos da comunidade escolar discutindo o tema, vai ficar inviável, porque você vai criar mais problemas, não vai conseguir cumprir a lei como ela determina”, diz.

Falta de interesse

Para os estudantes, não basta apenas proibir o celular, é preciso que a escola e as aulas sejam mais atrativas. “Não é proibir o celular na sala de aula que vai garantir que os estudantes tenham mais atenção nas aulas ou que se interessem mais pela escola. O que vai trazer essa solução que a gente tanto busca, que é trazer de novo o interesse da nossa turma para dentro da sala de aula, é trazer um ambiente mais tecnológico para a escola, dentro da sala de aula, é melhorar a dinâmica e a didática das nossas aulas, é garantir uma formação mais lúdica dos nossos estudantes”, defende o presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Hugo Silva.

“Com toda certeza, eu vou preferir, enquanto estudante, olhar dez TikToks do que assistir uma aula que eu acho chata ou que eu acho que não me agrega em nada. Então, acho que a gente precisa fazer essa discussão. Se a aula é interessante, mais interessante que o TikTok, se a disciplina que eu estou aprendendo ali eu considero mais importante do que assistir esses dez TikToks, é claro que eu vou abandonar o celular e vou prestar atenção na sala de aula”, diz o estudante.

Segundo Silva, restringir o uso de celular pode também contribuir para o aumento de desigualdade, sobretudo entre escolas públicas e particulares, em locais de maior vulnerabilidade e menos acesso à tecnologia. “A gente acredita, inclusive, que em muitos territórios e em muitos lugares, a única tecnologia que os estudantes secundários têm acesso é através do celular. Se a gente retira esse aparelho das salas de aula, a gente pode, inclusive, fazer com que esses estudantes não tenham acesso a nenhum tipo de tecnologia”.  

Entenda a nova lei

As discussões sobre a proibição legal do uso dos celulares se estendem por mais de uma década. O projeto de lei que agora foi sancionado foi originalmente proposto na Câmara dos Deputados pelo deputado federal Alceu Moreira (MDB/RS), em 2015. O texto foi, por sua vez, inspirado em outro projeto proposto pelo deputado Pompeo de Mattos (PDT/RS), que chegou a ser aprovado pela Comissão de Educação e Cultura e a receber parecer favorável do relator na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Em 2010, como fim da legislatura, não tendo sido aprovado pela Casa, acabou sendo arquivado.

O texto original proibia o uso de aparelhos eletrônicos portáteis nas salas de aula dos estabelecimentos de educação tanto básica quanto superior, permitindo apenas o uso pedagógico autorizado pelos professores.

O texto aprovado pelo Senado Federal, que agora virou lei, restringe a proibição para a educação básica, ou seja, da educação infantil ao ensino médio. O texto também apresenta exceções, permitindo o uso dos aparelhos por estudantes nas escolas para garantir a acessibilidade, a inclusão, para atender condições de saúde e garantir direitos fundamentais.

O texto estipula ainda que as redes de ensino e as escolas devem elaborar estratégias para lidar com o sofrimento psíquico e saúde mental das crianças e adolescentes, bem como com o acesso a conteúdos impróprios. As escolas deverão estabelecer ambientes de escuta para estudantes que apresentem sofrimento em decorrência de nomofobia, que é o medo de estar longe do celular.

Já em prática

A restrição, que agora se torna nacional, já é realidade em alguns locais e escolas. O estado de São Paulo aprovou medida semelhante no final do ano passado, para valer a partir deste ano.

Na cidade do Rio de Janeiro, a proibição vale desde agosto de 2024, por conta de decreto da prefeitura. O celular fica guardado e só pode ser usado para atividades pedagógicas, com a autorização dos professores.

Segundo o presidente do Sindicato dos Professores do Município do Rio de Janeiro e Região (SinproRio), Elson Simões de Paiva, a medida favorece a socialização:

“A gente sabe que hoje tem escolas que proíbem o uso até na hora do recreio, para poder possibilitar que a criança e o jovem voltem a fazer o que ele não está fazendo mais, que é a socialização. A socialização dele está sendo feita através de celular, não está sendo mais de pessoa com pessoa. Então, é importante essa questão também do uso do celular ser mais controlado dentro das escolas”.

Assim como Araújo, ele também teme que agora com a proibição nacional, haja uma sobrecarga dos professores. “Quem vai controlar isso? Porque os professores, ou eles dão aula, ou eles vigiam se o aluno está usando o celular ou não”, diz e acrescenta: “[O professor] solicita que naquele dia o celular venha a ser utilizado na sala de aula. Mas e depois? Como é que vai ser esse controle para o aluno devolver esse celular ou deixar de usar o celular em uma outra aula que não vai utilizar esse material, esse instrumento?”

Nas escolas particulares do município, de acordo com o diretor do Sindicato dos Estabelecimentos de Educação Básica do Município do Rio de Janeiro (Sinepe Rio), Lucas Machado, as restrições já eram feitas antes mesmo do decreto municipal. “No Rio de Janeiro, essa novidade é inexistente, porque o processo das escolas particulares é muito tranquilo, e isso já vinha adotando, já vinha acontecendo há mais de um ano. Muitas das escolas particulares, desde o ano passado, pelo menos, já proibiam, de acordo com os seus regimentos escolares, o uso de celular na sala de aula, para fins não pedagógicos”.

Machado ressalta, no entanto, que uma lei nacional pode enrijecer as diversas realidades encontradas nas escolas. “Quando você generaliza, você está dificultando os regimentos das escolas”, diz. “De acordo com os regimentos existentes, você tinha, por exemplo, a prática de crianças com algum tipo de deficiência, algum tipo de dificuldade, você poderia, no seu regimento, ajustar isso para que pudesse atender essas necessidades dessas crianças. Era muito fácil de trabalhar com isso. Agora, partindo de uma lei federal, talvez haja algum tipo de restrição em que a gente tem que tomar cuidado para poder atender a necessidade da lei”.

Falhamos em incorporar as tecnologias

Segundo o professor da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília Gilberto Lacerda Santos, as restrições tanto no Brasil quanto em outros países são, na verdade, uma falha dos sistemas educacionais e da sociedade em entender e conseguir incorporar na educação de fato os potenciais da tecnologia.

“É um auto reconhecimento de uma falência das instituições escolares, da sociedade como um todo, em entender as tecnologias e o seu potencial na educação, e, sobretudo, de integrá-las na formação de professores. Porque todo o problema reside no fato de que nossos professores não sabem lidar com a tecnologia na sala de aula e com tudo que a tecnologia oferece”, diz.

De acordo com Santos, as tecnologias dão ao cidadão comum “um poder que ele nunca teve. Um poder de se informar mais e autonomamente. Um poder de se comunicar livremente. E, sobretudo, um poder de se expressar. Acontece que, para que nós consigamos nos informar de uma maneira condizente com princípios éticos, para que nós possamos nos comunicar adequadamente, e, sobretudo, para que nós possamos nos expressar adequadamente, nós precisamos de uma excelente educação de base. A educação de base nos falta. Então nós não sabemos usar as tecnologias, nós acabamos nos tornando escravos dela. Os jovens estão completamente perdidos, clicando, curtindo, curtindo, compartilhando notícias sem veracidade, porque falta educação de base. E esse é um problema-chave que a gente não conseguiu resolver ainda enquanto sociedade”.

Para Santos, a solução é investir cada vez mais na formação dos professores. “O professor é um elemento chave para o sucesso da escola. Então nós precisamos fazer o que não foi feito, o que nós não temos conseguido fazer, que é instrumentá-lo adequadamente, formá-lo adequadamente, remunerá-lo adequadamente, para que ele é o ator intermediário para o uso inteligente, interessante da tecnologia”, defende.

Agência Brasil

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Educação

EAD: os dois lados da educação à distância, segundo alunos

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Estudantes que estão atualmente matriculados em graduações remotas ou que concluíram esses cursos recentemente apresentam os prós e os contras da modalidade. Crescimento desenfreado de matrículas levou MEC a regular setor com novas regras.

Todo ano, desde 2019, a educação à distância (EAD) é a modalidade mais escolhida por quem ingressa no ensino superior. Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em 2023, foram 3,3 milhões de novos estudantes em EAD, versus 1,67 milhão na modalidade presencial.

Em outras palavras: passamos a ter mais alunos optando por assistir às aulas em frente a uma tela do que cara a cara com o professor e os colegas.

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➡️Nesta reportagem, a proposta não é focar na opinião de especialistas ou no desempenho de cada grupo no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). Especificamente desta vez, quem fala são os próprios alunos: eles fazem um balanço dos pontos positivos e negativos da modalidade à distância.

Uma jovem já formada diz, por exemplo, que “os professores não tinham didática para gravar vídeo. Foi tudo cru e raso, bem raso”. Outra declara que, “sem EAD, jamais teria conseguido fazer faculdade”.

Leia as diferentes histórias abaixo. Em seguida, entenda as últimas mudanças promovidas pelo MEC na EAD.

‘Não tem como ser uma boa profissional assim’

Thalyta não ficou satisfeita com a graduação no formato EAD — Foto: Arquivo pessoal

Thalyta não ficou satisfeita com a graduação no formato EAD — Foto: Arquivo pessoal

Milena Gomes, de 26 anos, entrou na faculdade de Arquitetura e Urbanismo em 2022, em um esquema híbrido, com aula presencial apenas uma vez por semana. Em tese, os encontros deveriam acontecer das 7h30 às 10h30, como foco nos conteúdos práticos.

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“Mas vira algo muito rápido; na última vez, foram só 20 minutos. Como os alunos vão embora, a professora não tem mais o que fazer e dispensa o resto da turma. É mais para ela corrigir um exercício feito on-line e cumprir o critério. Não tem nem chamada”, diz.

➡️Insatisfeita com a formação que está recebendo, Milena decidiu migrar para um curso presencial no próximo semestre, em outra universidade. A mudança terá um custo alto — a mensalidade saltará de R$ 350 para R$ 1.800 —, mas valerá a pena, diz ela.

“Não tem como ser uma boa arquiteta assim, formada on-line. À distância, não me sinto uma estudante: não tenho troca com os colegas, não vou aos laboratórios… Só entro em um site, com tudo gravado, e cumpro os trabalhos pedidos. Se tiver dúvida, preciso mandar por chat e aguardar uma resposta.”

Ela diz que, na turma do curso híbrido, a maioria já trabalha na área de construção, seja como marceneiro, designer de interiores ou técnico de edificação. “Elas só estão lá porque precisam do diploma. Poucas pessoas são realmente cruas como eu.”

No momento, Milena analisa a estrutura de duas faculdades privadas e presenciais de Brasília, onde mora, para escolher a opção mais completa. “Vejo colegas dizendo que a universidade onde você está é muito determinante para conseguir o primeiro estágio. Por isso, quero uma que seja referência.”

‘Sem a EAD, eu não teria conseguido. Foi o que me salvou’

Cris é mãe e tem uma doença que aumenta os riscos de AVC — Foto: Arquivo pessoal

Cris é mãe e tem uma doença que aumenta os riscos de AVC — Foto: Arquivo pessoal

Cris Soares, de 40 anos, é presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e aluna do 3º ano de pedagogia da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp). Ela afirma que, se não fosse o ensino à distância, não teria sequer iniciado sua primeira graduação.

“Eu era do telemarketing. Sinceramente, sem a EAD, teria sido impossível estudar”, diz.

Cris tem uma malformação arteriovenosa no cérebro, que causa um zumbido pulsátil (barulho alto e constante na cabeça) e aumenta o risco de acidente vascular cerebral (AVC).

“Presencial, para mim, seria impossível”, afirma. O polo onde ela faz as provas fica na Famema, em Marília (SP). Se ela tivesse de ir até lá toda semana, desistiria do curso.

⌚E mais: a flexibilidade do ensino remoto permitiu que Cris conciliasse os estudos com a rotina intensa da maternidade e do estágio. “Chego em casa, almoço, fico estudando à tarde, busco minha filha na escola e volto para os livros. Posso estudar até mais de quatro horas por dia, é só organizar os horários. Flexibilidade é um ponto forte.”

Para ela, a qualidade da formação universitária depende, em grande parte, do engajamento do próprio aluno. “Vejo que as pessoas culpam a EAD pela má qualidade da educação no Brasil. Acho que [a modalidade] tem, sim, de ser regulamentada, mas a forma que tem sido feita [essa crítica] é errada. Se você se programar e se organizar, se forma”, diz.

Ela destaca a estrutura oferecida pela instituição pública onde estuda: aulas síncronas e grupos de estudo são fundamentais. “É bastante conteudista, e os facilitadores são dedicados. Tendo aula on-line ao vivo, não vejo problema algum na EAD.”

Atualmente, Cris adquire os conhecimentos práticos no estágio presencial — para ela, essa experiência é o ponto central da formação docente. “A gente só descobre se é um bom profissional na vivência dos alunos, quando coloca o pé na escola.”

‘Na graduação, foi tudo raso, parecia Youtube. Na pós, está funcionando’

Milena mudará para a modalidade presencial no próximo semestre — Foto: Arquivo pessoal

Milena mudará para a modalidade presencial no próximo semestre — Foto: Arquivo pessoal

Thalyta Soares entrou na faculdade aos 17 anos, para estudar, em regime presencial, Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Foram só dois semestres cursados, quando uma série de impasses relacionados ao Fies fizeram com que ela migrasse de instituição de ensino diversas vezes, até desistir do diploma.

Quase 8 anos depois, Thalyta decidiu retomar a graduação, só que, dessa vez, na modalidade à distância. Foi um choque de realidade, conta.

“Era basicamente um Youtube: só vídeos gravados”, diz. “E os professores não tinham didática para gravar. Acho que eles teriam ficado mais tranquilos se pudessem ver nossos rostos e perceber se estávamos entendendo o conteúdo. Mas esse formato não deixa. Foi tudo cru e raso, bem raso.”

A única interação da jovem com os colegas de sala era por grupo de Whatsapp — e de forma superficial. “Não tinha conversa, era mais um pessoal perguntando ‘e o trabalho x?’, ‘e a nota y?’. Não vi a cara de ninguém”, conta.

🖥️Agora, aos 33 anos, ela faz pós-graduação… em EAD. Dessa vez, no entanto, a experiência vem sendo positiva por duas razões: as aulas são síncronas (ou seja, alunos e docentes interagem em tempo real), e a própria Thalyta está mais focada.

“Estou fazendo um curso com um professor brasileiro que mora na Flórida. São aulas ao vivo, então, passo as noites de sexta-feira e os sábados inteiros sentada na cadeira, acompanhando. Abro a câmera, converso [com o docente] e pergunto quantas vezes eu quiser”, afirma.

“Na EAD, a pessoa precisa ser mais madura e ter muita disciplina e estrutura. Para a galera novinha, vai depender muito do perfil, mas é mais difícil funcionar.”

‘NA EAD, adaptei os estudos ao trabalho — mas só funcionou porque já tinha feito licenciatura presencial antes’

Nayara reforça a importância da experiência em sala de aula na formação de educadores — Foto: Arquivo pessoal

Nayara reforça a importância da experiência em sala de aula na formação de educadores — Foto: Arquivo pessoal

Nayara Barbosa, de 24 anos, concluiu, no fim de 2023, sua segunda graduação: pedagogia, na modalidade à distância.

Segundo ela, o fato de já ter se formado antes em Letras – Licenciatura, em um curso presencial de uma universidade pública, fez toda a diferença para que a experiência fosse positiva.

“Cursei muitas disciplinas eletivas da Pedagogia quando fazia Letras. Então, já tinha passado por bibliotecas infantis, brinquedotecas e projetos com crianças em comunidades”, explica. “Como não fiquei sem essa vivência, pude usar a vantagem da EAD de estudar no meu tempo, em casa, adaptando a faculdade à minha rotina de trabalho. A experiência foi mais positiva.”

Nayara avalia que a parte prática é essencial para a formação de pedagogos.

“A distância nos afasta bastante disso. A troca entre alunos e professores em sala de aula é muito importante. [Antes da EAD], fiz faculdade em um lugar que tinha espaços lúdicos e contato direto com a comunidade. Isso enriqueceu muito a minha formação. Nos cursos à distância, nada disso existe.”

📉Entenda as mudanças na EAD

O crescimento da EAD levantou uma preocupação: como regular a qualidade dessas graduações? Foi nesse contexto que o MEC anunciou, no início de maio, a Nova Política de Educação à Distância:

✏️️As graduações de Medicina, Direito, Odontologia, Enfermagem e Psicologia deverão ser ofertadas exclusivamente no formato presencial.

✏️️Nenhum curso poderá ser 100% à distância. O formato EAD passa a exigir que, no mínimo, 20% da carga horária seja cumprida:

  • presencialmente — na sede da instituição ou em algum campus externo, com todos os participantes (professores e alunos) fisicamente presentes—;
  • ou por atividades síncronas mediadas (como aulas on-line ao vivo, por exemplo).

Veja mais detalhes aqui.

Secretária do MEC tira dúvidas sobre regras do EAD

Secretária do MEC tira dúvidas sobre regras do EAD

Do G1

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Educação

Guarabira conquista 2º lugar na Paraíba em número de alunos do Programa Brasil Alfabetizado

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Guarabira vem se destacando na luta contra o analfabetismo. O município ocupa atualmente o segundo lugar na Paraíba com maior número de estudantes cadastrados no Programa Brasil Alfabetizado (PBA), uma iniciativa do Governo Federal que busca garantir o acesso à leitura e à escrita para jovens, adultos e idosos que não puderam estudar na idade certa.

Criado em 2003, o PBA tem como objetivo alfabetizar pessoas a partir dos 15 anos de idade, promovendo cidadania e inclusão social. Em Guarabira, o programa está presente tanto na zona urbana quanto na zona rural, com resultados expressivos:

 • 540 alfabetizandos (alunos)

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 • 26 alfabetizadores (professores)

 • 19 turmas na zona urbana, incluindo unidades no CRAS e no bairro Jáder Pimentel

 • 7 turmas na zona rural, atendendo comunidades como Pirpiri, Escrivão, Maciel, Passagem, Passassunga, Serrinha e Contendas

Para a coordenação municipal do programa, os números refletem o compromisso de Guarabira com a educação inclusiva. “É muito mais do que ensinar a ler e escrever. É devolver autoestima e dar voz a quem, por muitos anos, viveu à margem do conhecimento”, afirma a coordenação.

Secom

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Educação

Inicia hoje Programa Escolinha de Talentos de Guarabira

O objetivo é incentivar a prática esportiva entre os jovens da rede pública.

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A Prefeitura de Guarabira lançou, na última quarta-feira (21), o programa “Escolinha de Talentos”, uma iniciativa voltada para o desenvolvimento de crianças e adolescentes por meio de atividades esportivas. O projeto visa promover inclusão social e descobrir novos talentos na região.

O programa oferece oficinas de vôlei, basquete, futebol e futsal, com acompanhamento de profissionais qualificados. As atividades são gratuitas e abertas a crianças e adolescentes. O programa é voltado para estudantes do 6º ao 9º ano, iniciando às 9h, a partir desta segunda-feira (26), nos ginásios Zenobão e Osmar de Aquino, com inscrições realizadas nas escolas municipais e nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS).

A prefeita de Guarabira, Léa Toscano, destacou a importância da iniciativa para o fortalecimento da educação e da cidadania no município. “Estamos investindo no futuro das nossas crianças, oferecendo oportunidades para que desenvolvam seus talentos e se tornem cidadãos conscientes e participativos”, afirmou.

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O lançamento do programa contou com a presença de autoridades locais, educadores e representantes da comunidade. As atividades da “Escolinha de Talentos” iniciam nesta semana, com cronograma divulgado nas unidades escolares e nos CRAS.

Para mais informações e inscrições, os interessados podem procurar a Secretaria Municipal de Educação ou os CRAS de Guarabira.

Com Secom

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