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Saúde

Covid-19 não desapareceu e casos continuam ocorrendo, alerta médico

Doença tem atingido principalmente crianças abaixo de 2 anos.

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© SBI/Divulgação

O presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Alberto Chebabo, alertou nesta sexta-feira (5) que casos de covi-19 no Brasil continuam ocorrendo. 

“Obviamente não com o mesmo impacto do período da pandemia, mas ela não desapareceu. No momento, vivemos um aumento de casos em várias cidades brasileiras”, disse em uma das mesas da 27ª Jornada Nacional de Imunizações, na capital paulista. 

Com o mote Vacinando gerações: um compromisso de todos, o evento, organizado pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), contou com 90 atividades e palestrantes brasileiros e estrangeiros.

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Segundo Chebabo, no momento a covid-19 atinge populações muito específicas, principalmente crianças abaixo de 2 anos de idade, que não foram expostas ao vírus e que, se não forem vacinadas, serão impactadas de forma semelhante ao que ocorreu na pandemia, aumentando o risco de complicação e de internação hospitalar. 

“Hoje, dois terços das crianças internam. Em 2024, por exemplo, foram 82 óbitos de crianças. É um número bastante expressivo, considerando que são crianças acometidas por uma doença que é imune e prevenível por vacina”, alertou.

Os idosos acima de 60 anos de idade também são uma população sensível aos riscos da covid-19, já que com o próprio envelhecimento do sistema imune, o organismo perde a capacidade de resposta e de proteção. 

“Essa população é a de mais risco de complicações e óbito. A maior parte dos óbitos acontece na população dos mais idosos. As gestantes também estão no grupo dos mais suscetíveis e sua vacinação é importante porque também protege a criança até que ela tenha a idade para conseguir ser revacinada”, explicou.

Chebabo ressaltou que para a maioria da população, a covid-19 é uma doença viral como as outras doenças virais que existem em circulação, e que nos quadros leves não faz diferença. Ele recomendou, como medida de saúde pública, testar a todos. 

“Como estratégia de saúde pública, com os recursos financeiros que temos, talvez ela não seja importante para a maioria da população, mas para alguns grupos é fundamental. Então, para os idosos, para os imunossuprimidos, para reduzir o risco de complicações, internação hospitalar e morte, a testagem é fundamental”, defendeu.

No caso dos grupos que já foram vacinados e têm menor risco de complicações, Chebabo recomenda como medida individual, caso a pessoa queira, fazer o teste na farmácia ou no laboratório. A ação vale para avaliar uma possível associação em caso de complicações futuras, facilitando o entendimento do quadro de saúde.

Vacinas combinadas

Segundo o professor de epidemiologia na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) Expedito Luna, a comunidade científica tem discutido a possibilidade de combinar a vacina contra influenza com a vacina contra a covid-19, o que permitiria que as pessoas ficassem imunizadas com apenas uma vacina. Entretanto, segundo ele, alguns obstáculos ainda apontam que, por enquanto, ainda não há essa possibilidade.

“No caso da gripe, as vacinas são atualizadas todo ano. Para o mundo, duas vezes por ano, porque tem uma vacina para o Hemisfério Sul e outra para o Hemisfério Norte. Esse processo foi pactuado entre a Organização Mundial da Saúde, de forma que, mesmo com indústrias diferentes, concorrentes entre si, elas produzem a mesma vacina todo ano, porque elas seguem a recomendação de composição da vacina que é padronizada pela OMS”, explicou.

De acordo com Luna, o vírus do SARS-CoV-2 tem uma taxa de mutação muito alta, assim como o vírus da influenza, porém na influenza já se conhece o comportamento, que é sazonal, permitindo que a vacinação seja feita antes do período de maior incidência. 

“Com relação à covid-19, tudo isso é muito recente e o dado mundial nos mostra que ela ainda não tem esse comportamento sazonal claro. Aqui no Brasil, estamos vendo dois picos no ano. Então, não valeria a pena termos uma vacina que tem as duas coisas juntas, quando os vírus ocorrem separadamente”, observou.

Luna lembrou que a política atual do Ministério da Saúde recomenda para os grupos de risco para a covid-19 duas doses da vacina por ano, uma a cada 6 meses, o que seria complicado se a vacina fosse combinada. 

“Com essas evidências, se estivesse na posição de decidir pelo Brasil, eu decidiria não usar a vacina combinada, continuar com as duas separadas, que dá mais oportunidades de ganhos tanto para uma quanto para outra”, disse.

Dados recentes da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), que reúne empresas responsáveis por mais de 85% do volume de exames realizados na saúde suplementar do Brasil, apontam aumento dos casos de covid-19 no país nas últimas dez semanas de referência. O índice de positividade chegou a 13,2%, o maior desde março deste ano.

Segundo o patologista clínico e líder do Comitê Técnico de Análises Clínicas da Abramed, Alex Galoro, a alta da covid-19 é explicada pela queda natural dos anticorpos e pelo surgimento de variantes, mesmo em uma população já imunizada.

“As infecções respiratórias têm comportamento cíclico, influenciadas pela transmissibilidade e pela imunidade da população. O inverno favorece aglomerações em ambientes fechados, o que aumenta a transmissão. Porém, a imunidade, gerada por infecções prévias e pela vacinação, ajuda a evitar grandes aumentos”, explicou.

Agência Brasil

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Saúde

Odontologia hospitalar melhora recuperação de pacientes e reduz tempo de internação no Trauma-JP

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Os cuidados diários com a saúde bucal fazem parta da rotina de grande da população mas, dentro das unidades hospitalares, muitas pessoas estão impossibilitadas de realizá-los. Nesse sentido, a odontologia hospitalar faz parte do cotidiano de quem está internado no Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, unidade do Governo da Paraíba em João Pessoa, atuando em diversas áreas do complexo.

Com uma equipe composta por 23 cirurgiões-dentistas, o serviço atua de forma contínua nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e enfermarias, garantindo a prevenção de infecções bucais, o apoio à recuperação clínica e a promoção da saúde integral de quem recebe atendimento.

Para o diretor-geral do Hospital de Trauma, Laecio Bragante, a presença desses profissionais nas UTIs e enfermarias reflete o compromisso da instituição com uma assistência multidisciplinar, técnica e humanizada. “Nossos cirurgiões-dentistas têm um papel fundamental dentro da rotina hospitalar, atuando na prevenção de infecções, no alívio do desconforto e na promoção da saúde como um todo, bem como garantindo a dignidade de cada pessoa assistida”, ressaltou.

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Segundo o coordenador da Odontologia Hospitalar, Alessandro Elery, a média mensal de atendimentos é de 1.500 procedimentos, números que refletem dedicação, técnica e compromisso com a vida. “Costumo dizer que a Odontologia Hospitalar trabalha fazendo a adequação do meio bucal, ou seja, buscamos corrigir tudo o que está inadequado à medida que o internado precisa. Nosso objetivo é restabelecer o equilíbrio da cavidade oral para que ela não se torne um foco de infecção e, assim, contribuir para a recuperação sistêmica”, destacou.

Usuário do serviço, Fernando Lira precisou dos cuidados da equipe e ficou surpreso com o atendimento. “Eu não imaginava que o dentista tivesse um papel tão importante dentro do hospital. Durante o tempo que fiquei internado, eles cuidaram da minha boca com muita atenção, e isso fez toda a diferença. O desconforto que eu sentia diminuiu e percebi que até a respiração melhorou. É um cuidado que vai além do físico é um gesto de carinho e respeito”, contou.

A Odontologia Hospitalar do Hospital de Trauma é responsável por diagnosticar, prevenir e tratar alterações bucais que, se não tratadas, podem gerar infecções graves, como a pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV). Entre os procedimentos realizados estão a remoção de aparelhos e próteses dentárias, raspagem de cálculo dental, suturas, higiene oral com solução de clorexidina, além de tratamentos com laser de baixa potência, que auxiliam na cicatrização, aliviam a dor e promovem mais conforto aos internados.

Essas ações refletem diretamente em resultados clínicos importantes: redução do tempo de internação, diminuição do uso de medicamentos e melhoria na recuperação global de quem recebe o atendimento.

Secom-PB

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Saúde

Paraíba aplica mais de 46,5 mil doses de vacina contra o sarampo e HPV

A Campanha Nacional de Multivacinação, segue até o próximo dia 31 de outubro.

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Foto: Secom-PB

O Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), promoveu, neste sábado (18), o Dia D de Multivacinação com foco na proteção contra o Sarampo e HPV. A ação, que se estendeu por todo o estado – em 909 postos de vacinação – aplicou 46.536 doses, sendo 9.138 doses para sarampo; 3.079 doses para HPV e 34.319 doses para as demais vacinas preconizadas no Calendário Nacional de Vacinação. A abertura oficial foi realizada no Mercado Público de Queimadas, no Agreste paraibano. A Campanha Nacional de Multivacinação é uma ação do Ministério da Saúde, em parceria com estados e municípios, e tem como lema “Vacinar é cuidar de quem você ama – Vacinar é a nossa força”.  

Os cinco municípios que mais vacinaram neste Dia D foram: João Pessoa (8.155 doses); Santa Rita (2.309 doses); Mamanguape (1.345 doses); Bayeux (1.303 doses) e Sousa (1.232 doses). 

Na abertura do evento, o governador em exercício Lucas Ribeiro destacou a união de esforços para ampliar a vacinação em todo o estado. “Neste Dia D reforçamos o esforço conjunto entre o Governo da Paraíba, o Governo Federal e os municípios para ampliar a cobertura vacinal. A vacina sempre foi um gesto de amor, de cuidado e de responsabilidade”, afirmou. 

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O secretário de Estado da Saúde, Ari Reis, lembrou que – com o Dia D de hoje – já foram realizados cinco este ano. “Com essas ações – somente em 2025 – foram mais de 200 mil doses aplicadas em todo estado. A Paraíba é referência no país e a gente agradece o apoio de todos os municípios, do Cosems e de toda equipe da SES. Vamos juntos proteger a população contra as doenças imunopreveníveis – podem ser evitadas através da vacinação”, disse.  

Para o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Felipe Proenço, a parceria entre o governo federal e o governo estadual faz toda a diferença no resultado das campanhas. “Com isso, quem ganha é o povo paraibano e essa mobilização é fundamental porque vacina protege; vacina previne; vacina é um ato de cuidado”, pontuou. 

A manicure Carla Gomes Maciel, 25, moradora da cidade de Queimadas, aproveitou o “Dia D” de Multivacinação para atualizar sua caderneta de vacinação. “Tomei as vacinas contra o sarampo e a gripe – influenza. Esse movimento é muito importante porque a saúde é o bem mais valioso da nossa vida”, declarou.

Durante o evento, a população de Queimadas também pôde contar com serviços de saúde e cidadania, como coleta móvel de sangue do Hemocentro, odontomóvel, aferição de pressão arterial, glicemia e tipagem sanguínea. A programação contou ainda com atividades voltadas às crianças, incluindo distribuição de lanches, pipoca, algodão-doce, brinquedos e apresentações culturais.  

O taxista Derly Teles da Silva, 41, também morador de Queimadas, aproveitou para doar sangue no veículo de coleta itinerante do Hemocentro da Paraíba. Ele é doador. “Doar sangue é um ato de carinho e de amor ao próximo. Todo ano eu faço a doação duas ou três vezes. Toda vez penso que, naquele momento, tem muita gente precisando e que o meu ato vai salvar vidas. E hoje foi um dia especial porque, geralmente, eu saio do meu município para fazer a doação em Campina Grande. Mas, dessa vez, fiz em casa. Muito boa essa ação”, elogiou.   

A ação, que teve como foco a atualização da caderneta vacinal de crianças e adolescentes menores de 15 anos, faz parte da Campanha Nacional de Multivacinação, que segue até o próximo dia 31 de outubro.

Fonte: Secom/GOVPB

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Saúde

Saúde promove Dia D de multivacinação para crianças e adolescentes na Paraíba neste sábado

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O Ministério da Saúde, em parceria com estados e municípios, realiza neste sábado (18) o Dia D nacional de multivacinação para atualizar a caderneta de crianças e adolescentes menores de 15 anos. A iniciativa integra a Campanha Nacional de Multivacinação, que segue até 31 de outubro, estrelada por Xuxa Meneghel e tem como lema: “Vacinar é cuidar de quem você ama — Vacinar é a nossa força”. Para reforçar a vacinação, a Paraíba recebeu 639,4 mil doses de vacinas. 

No Dia D, mais de 30 mil salas de vacinação estarão abertas em todo o país para atender o público. Em Queimadas (PB), o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Felipe Proenço, participa da abertura do Dia D, que acontece no Mercado Público do município. Outros representantes da pasta também participam, simultaneamente, em estados como Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo, além do Distrito Federal.    

Mais de 15 vacinas serão ofertadas gratuitamente, conforme o Calendário Nacional de Vacinação. Para atualizar a caderneta, basta que pais e responsáveis levem as crianças e adolescentes a uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Ao todo, 22 milhões de doses foram distribuídas para todo o país.  

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Para facilitar o acesso à informação, pais e responsáveis podem acompanhar a situação vacinal das crianças e adolescentes pelo aplicativo Meu SUS Digital, que disponibiliza alertas sobre próximas doses, lembretes e atualizações em tempo real. O sistema também permite verificar quais vacinas já foram aplicadas e quais ainda estão pendentes. 

O Ministério da Saúde também está garantindo a imunização contra sarampo e febre amarela para pessoas de até 59 anos. No caso da febre amarela, a vacinação será priorizada nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná. A campanha segue até 31 de outubro. 

Entre as principais estratégias estão o apoio técnico a estados e municípios, a manutenção do status de eliminação da poliomielite e do sarampo, o combate à hesitação vacinal e o reforço no monitoramento da segurança das vacinas. 

Onde ir para vacinar? 

No Dia D, mais de 30 mil salas de vacinação estarão abertas em todo o país. Para atualizar a caderneta, basta levar crianças e adolescentes à Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima e conferir os pontos de vacinação disponíveis na sua cidade. 

Quais vacinas tomar? 

A ação é voltada para crianças e adolescentes menores de 15 anos. Durante o Dia D e ao longo da campanha, que vai até 31 de outubro, todas essas vacinas estarão disponíveis: 

  • BCG 
  • DTP 
  • Febre amarela 
  • Hepatite A 
  • Hepatite B 
  • HPV 
  • Influenza 
  • Meningocócica ACWY 
  • Meningocócica C 
  • Penta (DTP/Hib/HB) 
  • Pneumocócica 10-valente (conjugada) 
  • Polio VIP 
  • Rotavírus 
  • Tríplice viral D1 (sarampo, caxumba e rubéola) 
  • Tríplice viral D2 (sarampo, caxumba e rubéola) 
  • Varicela 

Ministério da Saúde via PB Agora

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