A primeira-dama do Estado, Ana Maria Lins, ao lado da segunda-dama Camila Mariz e da vereadora Eva Gouveia, esteve nesta terça-feira (23) à tarde no Instituto de Pesquisa Professor Joaquim Amorim Neto (Ipesq), em Campina Grande. A instituição atende mais de 100 crianças com microcefalia e recebe pessoas de todo o estado e até de outros lugares do país.
Atualmente o Ipesq sobrevive apenas com doações repassadas pela ONG Fraternidade sem Fronteiras e da colaboração de alguns voluntários, apesar dos custos com aluguel do prédio, pagamento dos funcionários, entre outros.
Durante a visita, a primeira-dama Ana Maria conheceu o trabalho desenvolvido pelo Ipesq e as principais demandas do instituto. “É um trabalho muito importante e ver estas mães tão guerreiras em defesa de qualidade de vida para seus filhos nos motiva a viabilizar formas de apoiar a instituição a atendê-las ainda melhor”, disse.
A instituição oferece atendimento de equipe multiprofissional para o acompanhamento das crianças com microcefalia e equipamentos de ponta, fruto de convênios realizados com esta finalidade, mas enfrenta dificuldades para a realização de exames e cirurgias pediátricas e obtenção de órteses e próteses.
A diretora do Ipesq, médica Adriana Melo, responsável pela descoberta da relação do zika vírus com o nascimento de crianças com microcefalia, falou sobre os desafios do instituto. “Estamos sem apoio à pesquisa, que é um dos trabalhos que desenvolvemos e também ao atendimento das crianças, a maioria delas acompanhadas desde o nascimento”.
De acordo com a presidente da Fundação Centro Integrado de Apoio à Pessoa com Deficiência (Funad), Simone Jordão, os principais pontos apresentados pela instituição serão analisados. “Vamos conversar com a Secretaria de Estado da Saúde para ver as questões pertinentes à pasta e as órteses através da Oficina Ortopédica da Paraíba”.
Presente à reunião, a tenente-coronel Jousilene Sales, voluntária do Ipesq, destacou a importância do instituto e agradeceu a visita da primeira-dama. “O trabalho desenvolvido aqui é referência no mundo, já recebemos crianças até do exterior. Temos histórias muito emocionantes de mães que lutam pelos seus filhos e se mudaram até de seus estados para Campina por causa da assistência diferenciada, mas precisamos de apoio para atender a demanda. Por isso agradecemos a visita e a sensibilidade em discutir conosco estas formas de apoio pelo Governo do Estado”.
Estavam presentes na reunião o diretor administrativo do Ipesq, Romero Moreira, a secretária de Estado do Turismo e do Desenvolvimento Econômico, Rosália Lucas, e Fábia Rocha, da Funad.
Secom