O secretário de Estado da Infraestrutura, dos Recursos Hídricos e do Meio Ambiente, Deusdete Queiroga, realizou visita técnica, nesta sexta-feira (29), à obra do lote 2 do canal Acauã-Araçagi, nos municípios de Sapé e Cuité de Mamanguape. O secretário coordenou a visita, da qual participaram cerca de 20 engenheiros ligados ao Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), que conheceram a maior obra de infraestrutura hídrica da Paraíba, onde estão sendo investidos R$ 1 bilhão e 42 milhões, com recursos federais e do tesouro estadual, nos dois primeiros lotes.
O secretário agradeceu a presença do grupo e disse que o objetivo da inspeção foi apresentar aos convidados as várias etapas dessa “espetacular obra de engenharia”, num trajeto de aproximadamente 20 quilômetros, com tipos diversos de estrutura do canal, para entender o projeto e poder divulgar a importância da obra para a Paraíba; tanto no abastecimento de água para a população como pela possibilidade de desenvolver a economia, por ser uma obra que permitirá, em breve, a irrigação de aproximadamente 16 mil hectares de terra na região de Sapé, Mari e Capim.
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Durante a vista foram feitas três paradas: uma no aqueduto Una, no município de Sapé, de onde a comitiva acompanhou o traçado do canal a céu aberto até o final do lote 2, no município de Cuité de Mamanguape. Lá o secretário Deusdete Queiroga apresentou o projeto completo da obra, por meio de ilustração gráfica, desde o início do lote 1, no açude de Acauã, município de Itatuba. Na sequência da programação, o grupo retornou ao município de Sapé, para visitar a galeria e o sifão no trecho do canal que corta a BR 230, na altura do quilômetro 78, onde encerrou a visita.
O presidente do Sinduscon, José William Montenegro agradeceu ao governador João Azevêdo pela “oportunidade para a diretoria da entidade e parte dos associados conhecer esta importante obra para a Paraíba. O canal Acauã-Araçagi dará uma tranquilidade a uma região importante do Estado, trazendo segurança hídrica em toda extensão até o seu final no Brejo paraibano”.
Ele destacou, além do tamanho, a qualidade da obra e as soluções de engenharia encontradas para construção, tornando-a mais econômica e eficiente. José William considerou um momento ímpar para a atual diretoria do Sinduscon por estar encerrando seu mandato à frente da entidade. “Esse é o coroamento dos três anos do nosso mandato e da boa relação com o Governo do Estado, que procurou dialogar e somar forças em nome da Paraíba”, ressaltou.
Estão sendo investidos na obra R$ 1 bilhão e 42 milhões, com recursos federais e do tesouro estadual, nos dois primeiros lotes. A obra visa o atendimento e abastecimento de água potável para 38 municípios da região, em caráter regular e contínuo e, durante o período seco, o suprimento de água, permitindo o atendimento de uma área de aproximadamente 16 mil hectares de terras irrigadas, desde o Açude Acauã até o Rio Camaratuba, beneficiando mais de 600 mil habitantes.
O Projeto – O projeto do Sistema Adutor das Vertentes Litorâneas da Paraíba Canal Acauã-Araçagi compreende 17 segmentos de canais abertos com seção trapezoidal, totalizando 130,44 km, intercalados por cinco trechos de sifões invertidos, construídos em tubos de aço, para ultrapassar vales de rios e córregos, sete aquedutos, galerias para travessias de ferrovia e rodovia. O sistema foi projetado para trabalhar totalmente por gravidade e transportar vazões que variam de 10 m³/s no trecho inicial a 2,5 m³/s no trecho final.
O projeto é dividido em três lotes de obras. O lote 01 está com um percentual de execução da ordem de 98%, onde foram feitos os testes com água em janeiro de 2021; o lote 02 está com um percentual de execução da ordem 76,92%, com previsão de entrega no primeiro semestre de 2022. A obra teve início em 2011.
A obra vai garantir a sustentabilidade hídrica das seguintes bacias litorâneas: Bacia do Rio Paraíba, Bacia do Rio Gurinhém (afluente do Rio Paraíba), Bacia do Rio Miriri, Bacia do Rio São Salvador, Bacia do Rio Mamanguape, Bacia do Rio Araçagi, Bacia do Rio Camaratuba;
O Canal Acauã-Araçagi visa o aproveitamento de águas interiores e águas a serem transpostas pelo Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional – PISF, através do Eixo Leste, em implantação pelo Governo Federal. As águas transpostas pelo Projeto São Francisco já chegaram à Paraíba desde o mês de março de 2017.
A captação se dá no Açude Acauã (Barragem Argemiro de Figueiredo) localizada no baixo Rio Paraíba, ao sul do Estado. A partir da tomada d’água o sistema adutor avança em direção ao norte até desaguar em um afluente do Rio Camaratuba, no município de Curral de Cima. Neste percurso de aproximadamente 129,178 km de extensão, o sistema adutor cruza as bacias dos rios Gurinhém, Mirirí, e Mamanguape/Araçagi, integrando-as, e promove implantação de obras do empreendimento em áreas dos municípios de Itatuba, Mogeiro, Salgado de São Felíx, Itabaiana, São José dos Ramos, Riachão do Poço, Sobrado, Sapé, Mari, Cuité de Mamanguape, Araçagi, Itapororoca e Curral de Cima.
O Ministério Público Eleitoral da 075ª zona eleitoral deu parecer para impugnar a candidatura de Pollyan Rebouças, do MDB da cidade de Mulungu-PB. Ele foi apresentado pelo ex-prefeito Melquíades Nascimento como candidato à sua sucessão, mesmo sendo casado com a filha do agora ex-prefeito Melquíades (cassado pela Câmara), com quem tem um casal de filhos.
Durante as investigações, a partir de uma representação eleitoral interposta pela coligação candidata Daniela Ribeiro (Republicanos), o Ministério Público concluiu que o casamento de fachada com uma motorista da Pollyan, identificada pelo nome de Gleyce laurentino da Silva, serviu apenas para tentar burlar o impedimento da legislação, que veda candidatura de parentes próximos.
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Na audiência realizada ontem (12), testemunhas disseram desconhecer a relação de casal entre Pollyan e Gleyce, mas confirmaram ter visto em várias oportunidades o Pollyan com a filha do prefeito, a senhora Dayane Joyce Correia do Nascimento. Uma testemunha, arrolada pelo representado, disse que reconhece o casamento de Pollyan com Gleyce e que eles são casados há cinco anos, destoando completamente dos fatos, já que a certidão de casamento apresentada é de abril de 2024. O MP não considerou a testemunha.
Ainda no parecer, o Ministério Público afirma que Pollyan não conseguiu apresentar sequer uma foto com a suposta esposa. Mas a coligação impugnante apresentou diversas imagens de encontros do casal Pollyan e Dayane, inclusive com declarações de amor no réveillon de 2023.
O Brasil tem mirado cada vez mais em uma etapa crítica da educação: os anos finais do ensino fundamental. Essa etapa vai do 6º ao 9º ano e é cursada entre as idades de 11 a 14 anos. Estudos mostram que é uma etapa na qual os estudantes enfrentam grandes mudanças na própria vida, com a entrada na adolescência. Também, geralmente, mudam-se para escolas maiores e lidam com aprendizagens mais complexas. Trata-se de um período determinante para que eles concluam os estudos, até o final do ensino médio.
Discutir como o Brasil e outros países estão lidando com a garantia de uma educação de qualidade e quais as principais estratégias para combater a reprovação e o abandono escolar foi o objetivo do Seminário Internacional Construindo uma Escola para as Adolescências, que ocorreu nesta terça-feira (10) no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e foi transmitido online.
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A coordenadora Executiva Adjunta da ONG Ação Educativa, a socióloga e educadora Edneia Gonçalves destacou que um ponto central nesta discussão é considerar o papel da educação e da escola na redução das desigualdades no país. “Eu acredito que a função social da escola é garantir a todas as pessoas o direito a trajetória escolar que produza e construa aprendizagens significativas para a pessoas seguirem suas vidas. Só que isso não é tão simples quanto parece”, afirmou.
Os dados mostram que nem todos os brasileiros têm as mesmas condições de estudo e de formação. A maioria que acaba reprovando e até mesmo abandonando a escola sem concluir o ensino médio é justamente a população mais vulnerável.
Segundo a oficial de Educação do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Brasil, Júlia Ribeiro, as populações preta, parda, indígena e quilombola e as pessoas com deficiência têm maiores porcentagens de abandono escolar do que a população branca.
“Necessidade de contrariar destinos, que a gente aceita como sendo natural, que quem vive em situação de maior vulnerabilidade vai reprovar, vai entrar em distorção [de idade em relação à série cursada] e vai abandonar a escola. Então, por isso, contrariar destinos porque a gente não pode aceitar que esses sejam os destinos que esses meninos e meninas tenham nas suas escolas”, ressaltou.
Em julho deste ano, o governo federal lançou o Programa de Fortalecimento para os Anos Finais do Ensino Fundamental – Programa Escola das Adolescências que tem como objetivo construir uma proposta para a etapa que se conecte com as diversas formas de viver a adolescência no Brasil, promova um espaço acolhedor e impulsione a qualidade social da educação, melhorando o acesso, o progresso e o desenvolvimento integral dos estudantes.
O programa reúne esforços da União, dos estados e do Distrito Federal e dos municípios e prevê apoio técnico-pedagógico e financeiro, produção e divulgação de guias temáticos sobre os anos finais e incentivos financeiros a escolas priorizadas segundo critérios socioeconômicos e étnico-raciais.
Comparação internacional
O estudo Diálogos políticos em foco para o Brasil – Insights internacionais para fortalecer a resiliência e a capacidade de resposta no ensino secundário inferior foi lançado durante o evento. Realizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e Fundação Itaú Social, a pesquisa traz um panorama do cenário brasileiro, faz comparações com outros países e reúne iniciativas bem-sucedidas tanto brasileiras quanto internacionais voltadas para as adolescências.
De acordo com o estudo, a maioria dos países da OCDE vê a conclusão do ensino secundário superior (etapa equivalente ao ensino médio brasileiro), como requisito mínimo para uma vida plena. Assim, os sistemas de ensino devem garantir que todos os alunos do ensino fundamental avancem para a próxima fase.
Os dados mostram, no entanto, que nenhum país da OCDE e nem o Brasil reúnem ao mesmo tempo três indicadores considerados importantes para um bom desempenho escolar: senso de pertencimento, clima disciplinar e apoio docente. Nenhum país possui esses três indicadores positivos. Os dados são baseados nas respostas dos próprios estudantes de 15 anos no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) 2022.
O Brasil fica em último lugar em relação ao senso de pertencimento e está também entre as piores colocações em termos do clima disciplinar nas escolas.
O estudo aponta algumas práticas desenvolvidas e aplicadas em alguns países como possibilidades para melhorar a etapa de ensino. Entre elas, ouvir estudantes em diferentes estágios de elaboração de políticas publicas de forma regular e ser proativo em tornar a escola um lugar onde os estudantes querem estar.
A pesquisa mostra ainda que os alunos precisam de ajuda para entender onde estão e para onde podem ir com a formação escolar. Isso pode motivá-los a seguir estudando. Para isso são citadas práticas de construir pontes entre diferentes fases da educação e oferecer informações de carreiras para aqueles que mais precisam.
Edital de pesquisa
Para incentivar estudos voltados aos anos finais do ensino fundamental e para as adolescências, segundo o diretor de Políticas e Diretrizes da Educação Integral Básica do Ministério da Educação (MEC), Alexsandro Santos, o ministério irá lançar, junto com a Fundação Itaú, um edital de pesquisa para reconhecer, identificar e fortalecer boas práticas do ensino de matemática nos anos finais do ensino fundamental.
De acordo com o diretor, o edital, que está na fase de elaboração, deverá ser voltado a professores da educação básica, grupos de pesquisa e associações da sociedade civil que tenham iniciativas voltadas para essa temática.