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Educação

Segundo dia de Enem aborda questões cotidianas e pandemia

Prova teve cinco horas de duração.

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© Valter Campanato/Agência Brasil

O segundo dia de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) contou com questões que envolviam interpretação de texto, que abordavam situações cotidianas e atualidades, como a pandemia. Hoje (20), os participantes fizeram as provas de matemática e de ciência da natureza, que engloba química, física e biologia. Cada uma das duas provas tem 45 questões, totalizando 90 questões objetivas. 

A aplicação teve cinco horas de duração, começando às 13h30 e terminando às 18h30, no horário de Brasília. Desde as 15h30, os estudantes puderam deixar os locais de prova, mas sem levar o Caderno de Questões. Somente quem saiu do exame a partir das 18h pode levar o caderno.

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Para a estudante Sabrina Laurentino, 17 anos, as provas de hoje estavam mais fáceis que as do primeiro dia. “Achei bem mais fácil, as perguntas estavam bem mais resumidas e os textos menores. Me sai bem melhor que semana passada”, diz. Ela pretende usar o Enem para cursar educação física. 

Ela conta que estava muito insegura. “A pandemia prejudicou muito a gente, não só a gente como todo mundo. A gente teve que se virar para aprender tudo e nem tudo a gente conseguiu pegar. Também por morarmos em comunidade. Toda semana tinha operação, então, toda semana era menos um dia de aula e isso prejudicou mais ainda.” 

Sabrina diz que não chegou a estudar na escola muito do que foi cobrado no Enem. “Tinha coisas que nunca tinha ouvido falar, foi mais complicado ainda porque não tinha noção como responder, de como fazer ou de como calculava. Mas, só o fato da gente ter ido, de ter feito a prova já é gratificante demais, pelo menos pra mim, porque é muito desafiador.  Muitas vezes faltou incentivo, eu não me sentia preparada em nenhum momento, muitas vezes me achei incapaz de fazer a prova e só de ter feito, ter consigo responder tudo para mim já é suficiente.” 

O estudante Arthur Rangel Henriques, 18 anos, fez o Enem pela primeira vez, também na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). Assim como Sabrina, ele achou o primeiro dia de prova cansativo, com muitos textos. No primeiro dia, os estudantes fizeram as questões de linguagens, ciências humanas e a redação. Para ele, a prova deste domingo teve o mesmo grau de dificuldade, mas foi mais rápida de ser resolvida. “A prova estava tranquila, havia bastante questões grandes mas estava tranquila no total. Acho que estava mais rápida mas em questão de dificuldade está no mesmo grau”, diz. 

Natália Bertoldo, 21 anos, fez a prova em São Paulo. Ela é estudante de graduação em ciências contábeis na Universidade Federal de São Paulo e fez o Enem este ano para tentar entrar no curso de design. “A prova de matemática não estava tão complicada, em vista que muitas são respondidas se tiver uma boa interpretação. De ciências da natureza já estava mais difícil, na minha opinião, mas pra quem estudou o básico acho que pode dar um bom resultado”, diz. “O primeiro dia foi bem cansativo, por ter que responder a 90 questões e fazer a redação. Além disso, a carga de textos para ler é muito exagerada. Em geral, as questões abrangeram muito dos assuntos que estamos vivenciando, mas também dos conteúdos dados em escolas e cursinhos e que são de muita importância para avaliar o conhecimento, como a prova de humanas, por exemplo”, complementa.

Heloísa Lara, 25 anos, também já está no ensino superior. Ela cursa engenharia na Universidade Federal de Uberlândia, em Minas Gerais. Este é o oitavo Enem dela. “Não sei se era porque não tinha a pressão de passar dessa vez, mas achei tranquila a prova de matemática, até porque tenho um pouco de base, achei mais fácil. Já a prova de ciências da natureza, achei mais complexa. Achei que aumentou a dificuldade em relação aos anos anteriores”, diz. A estudante, que já cursou enfermagem, pretende agora usar o Enem para realizar o sonho de cursar medicina. 

Avaliação de professores 

As questões das provas abordaram situações usuais do dia a dia, permitindo que o aluno pudesse relacionar seus conhecimentos e conceitos a essas realidades, de acordo com a assessora de Biologia do Sistema Positivo de Ensino, Samantha Fechio, que fez a prova neste domingo. “A prova de matemática e ciências da natureza trouxe, assim como aconteceu no último domingo, algumas questões muito atuais, como a pandemia, mas não deixou de lado os assuntos mais recorrentes. Foi uma boa surpresa ver, também, o equilíbrio entre questões que envolvem cálculo e questões interpretativas, porque, quando tem que fazer muitos cálculos, o estudante leva muito mais tempo, o que faz com que ele erre algumas perguntas mais simples, prejudicando sua nota geral”, complementa a coordenadora do Ensino Médio do Sistema Positivo de Ensino, Milena Lima. 

Segundo o professor e autor do Colégio e Sistema PH Luís Felipe Abad, a prova deste domingo cobrou temas que tradicionalmente caem no exame. “A prova do segundo dia do Enem teve um nível de dificuldade dentro do esperado, sendo que ciências da natureza foi um pouco mais difícil que matemática. Os temas cobrados foram temas tradicionais. A prova de ciências da natureza foi bastante conteudista, mas temas como botânica e polímeros, que são comuns não apareceram e, em matemática, apareceram muitos itens sobre geometria, plano espacial e muitos deles avaliavam a habilidade de aluno que tem boa visão geométrica”, diz. 

Gabarito

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgará amanhã (21) pela manhã o balanço final do exame, em coletiva de imprensa.  

Os gabaritos das provas serão divulgados até o dia 23, online. A data da divulgação dos resultados finais ainda será divulgada. 

O Enem seleciona estudantes para vagas do ensino superior públicas, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), para bolsas em instituições privadas, pelo Programa Universidade para Todos (Prouni), e serve de parâmetro para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Os resultados também podem ser usados para ingressar em instituições de ensino portuguesas que têm convênio com o Inep. 

Correção ao vivo 

Pelo oitavo ano consecutivo, os veículos públicos da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) transmitem a correção das principais questões do Exame Nacional do Ensino Médio logo após o término das provas. Neste domingo, o especial Caiu no Enem comenta os temas apresentados aos candidatos no segundo dia de provas. O programa é ao vivo e entra no ar às 19h30. 

Agência Brasil

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Educação

Escolas buscam soluções para regular o uso de celular pelos alunos

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Foto: Arquivo/EBC

Caixas para guardar celulares e perda de pontos em avaliações são algumas das estratégias usadas para que estudantes não se distraiam nas salas de aula com os celulares pela Escola Estadual de Educação Profissional Jaime Alencar de Oliveira, em Fortaleza. A escola recebeu nesta quinta-feira (31) a visita dos ministros da Educação que participaram dos encontros do G20 nesta semana.

Apesar de alguns estados e municípios já restringirem o uso dos aparelhos nas escolas, o Brasil busca uma norma nacional para regular o uso de smartphones e outros aparelhos eletrônicos. 

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Para a estudante Débora de Paula, do 1º ano do ensino médio da escola, a restrição é bem-vinda. “O celular para fins educativos pode ser muito bem utilizado, mas a gente tem que ter certos cuidados para que a gente não distorça um pouco o uso dele. Até porque a gente tem que estar atento ao que o professor está falando. A gente quer prestar atenção ao conteúdo que está sendo dado, que é aquilo que a gente vai usar para a nossa vida”.

Débora cursa na escola produção audiovisual. Ela conta que no curso a estratégia é tirar nota de quem usa o aparelho indevidamente. “Tem essa outra nota, que é a nota de perfil, que a gente começa com 10 pontos e, dependendo de alguns pontos a gente vai perdendo. Um deles é o uso indevido do celular. Então aqui a gente tem esse incentivo de não usar o celular durante a sala de aula, a não ser quando o professor está pedindo”.

Isso ajuda a própria estudante a controlar o uso também fora da escola. Na casa dela, ela instituiu até para os pais a regra de usar o celular só até as 22h.

Fortaleza (CE), 31/10/2024 - Ministro da Educação Camilo Santana durante visita à Escola Estadual de Educação Profissional Jaime Alencar de Oliveira. Foto: Ângelo Miguel/MEC
Fortaleza (CE), 31/10/2024 – Ministro da Educação Camilo Santana durante visita à Escola Estadual de Educação Profissional Jaime Alencar de Oliveira. Foto: Ângelo Miguel/MEC

A estudante Lua Clara também está no 1º ano de produção audiovisual e, da mesma forma, tenta controlar o uso do aparelho. “Justamente para não sugar a sua energia. Porque às vezes uma adolescente fala ‘nossa, eu estou tão cansado, com dor de cabeça’. Porque foi dormir às 2h da manhã e estava jogando um jogo. Então, é controlar, mas se adaptar também”, defende.

Já no curso profissional de eletromecânica, a estratégia é guardar os aparelhos dos estudantes, conta Allan Sousa, estudante do 2º ano do ensino médio.

“Eu uso o celular quando o professor permite, inclusive na minha sala de aula”, diz. “O nosso diretor de turma, ele conversou com os pais e eles aceitaram fazer uma caixinha onde a gente coloca os nossos celulares. E a gente só pega se o professor permitir, quando a gente for usar para poder fazer atividade mesmo”.

Ele também apoia a restrição do aparelho. “O celular é um dos principais motivos para distrair o aluno em sala de aula. Imagina, o aluno está tendo uma aula sobre alguma coisa, aí aparece uma notificação do celular que, às vezes, pode ser mais interessante do que a aula que ele está tendo em si”, diz o estudante.

O diretor da escola, Kamillo Silva, diz que a instituição busca um equilíbrio. “A ideia é usar as tecnologias com sabedoria”, diz. “Se há uma competição muito grande com a questão relacionada à atenção, que o celular seja diminuído. Se a gente pode utilizar como recurso para a resolução de problemas, como é o caso da educação profissional e do ensino médio, que ele seja mais liberado. Então, talvez o desafio seja encontrar esse equilíbrio. Para nós, para o ensino híbrido, é mais um espaço, é mais uma ferramenta para a resolução do problema, para a aprendizagem, para a devolutiva das atividades também”.

Tecnologia no mundo

O uso da tecnologia nas escolas é tema de debate nos encontros internacionais que ocorrem essa semana em Fortaleza. Foi discutido tanto nos encontros de educação do G20, que terminaram nessa quarta-feira (30), quanto na Reunião Global de Educação (GEM, na sigla em inglês), organizada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que começou nesta quinta-feira (31).

O relatório de Monitoramento Global da Educação (GEM) 2024, aponta que o uso da tecnologia é muito desigual entre os países. Em países de alta renda, oito em cada 10 adultos conseguem enviar um e-mail com um anexo, mas em países de renda média, como é o caso do Brasil, apenas 3 em cada 10 adultos são capazes de fazer isso

Segundo o diretor do relatório GEM, Manos Antoninis, uma das mensagens mais impactantes do relatório é a queda na aprendizagem dos estudantes em todo o mundo. De acordo com ele, essa queda começou a ser observada em 2010, antes mesmo da pandemia. Entre as razões para que isso ocorra, sobretudo em países de renda alta e média, como o Brasil, está o uso de tecnologia nas escolas.

“É irônico porque todos esses que vendem a tecnologia, prometem que a tecnologia melhora a aprendizagem. A realidade é que quando há um melhoramento é só para muito poucos. Para a maioria dos alunos há um efeito negativo”, disse.

Regras nacionais

Nesta quarta-feira (30), a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei 104/2015, que proíbe o uso de celular e de outros aparelhos eletrônicos portáteis nas salas de aula de escolas públicas e particulares, inclusive no recreio e nos intervalos entre as aulas. O projeto segue para a Comissão de Constituição e Justiça. 

Pelo PL, o celular pode ser usado apenas para atividades pedagógicas, ou seja, orientadas pelos professores, nos anos finais do ensino fundamental, do 6º ao 9º ano e no ensino médio. Já nos anos anteriores, na educação infantil e nos anos iniciais do fundamental, do 1º ao 5º ano, o uso fica proibido. O texto, no entanto, permite ainda o uso do aparelho para fins de acessibilidade, inclusão e condições médicas.

* A repórter viajou a convite do Ministério da Educação

Agência Brasil

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Educação

Aluna egressa do Doutorado da UNIP participa de workshop do Instituto da Qualidade Automotiva

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O Instituto da Qualidade Automotiva (IQA) realizou o Workshop Sustentabilidade na qualidade automotiva: desafios e oportunidades, reunindo representantes de diversas empresas do setor, no dia 27 de julho.

O encontro contou com a participação da especialista do IQA, doutora Cristhiane Elisa dos Santos. Aluna egressa do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção (PPGEP) da UNIP, ela concluiu seu doutorado sob a orientação da professora doutora Cecília Almeida.

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Em sua palestra, Cristhiane dos Santos falou sobre os desafios e oportunidades da sustentabilidade corporativa e sua relação direta com a busca pela qualidade.

Em agradecimento a todos os professores do Laboratório de Produção e Meio Ambiente (LaProMA), a palestrante comentou sobre a oportunidade de poder aplicar na prática os conhecimentos adquiridos em seu doutorado: “Professores, foi um processo longo e rígido. Sempre tive como motivação suas palavras. Principalmente quando questionaram o grupo sobre como levar o conhecimento acadêmico ao mercado. O modelo de cinco setores (5 SEnSU) foi apresentado a toda a cadeia automotiva. Dessa forma, todo conhecimento gerado no LaProMA será compartilhado e popularizado. Muito obrigada.”

workshop faz parte da iniciativa do IQA Desenvolvimento Sustentável para Mobilidade (IQA-DS), uma área nova do instituto que auxilia a cadeia automotiva na adesão das práticas ESG (sigla em inglês para Environmental, Social and Governance – Ambiental, Social e Governança).

O evento foi publicado nas redes sociais do IQA. Acesse pelo linkhttps://pt.linkedin.com/posts/iqa—instituto-da-qualidade-automotiva_qualidadeautomotiva-desenvolvimentosustentavel-activity-7090462181548265472-odBG

UNIP.br

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Educação

Avanços científicos em destaque: UNIP recebe com honra o 59º Encontro do GBMD

O congresso foi cuidadosamente planejado e organizado pelo Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Odontologia da UNIP.

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Com a constante preocupação em promover a disseminação do conhecimento científico, o Grupo Brasileiro de Materiais Dentários (GBMD) realiza periodicamente o seu Encontro Científico, um evento que aborda de forma abrangente a evolução das pesquisas na área, bem como temas relacionados à utilização de materiais odontológicos no mundo e no Brasil.

Neste ano, o aguardado Encontro ocorreu entre os dias 19 e 22 de julho, no campus Paraíso/Vergueiro da UNIP, situado na Rua Vergueiro, 1.211, em São Paulo.

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O congresso foi cuidadosamente planejado e organizado pelo Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Odontologia da UNIP (PPGO-UNIP), visando contemplar os profissionais da área, desde estudantes iniciantes em suas jornadas de pesquisa até pesquisadores experientes, que já trilharam um longo caminho de sucesso.

O tema central do GBMD 2023 foi Interação Pesquisa-Clínica-Indústria, considerada a tríade principal do desenvolvimento, estudo e utilização de materiais odontológicos. A proposta foi abordar as principais questões em cada linha explorando o mesmo tema a partir de três perspectivas diferentes, não para estabelecer a autoridade entre elas, mas para evidenciar sua complementaridade.

Representando as áreas de pesquisa, clínica e indústria, especialistas se dedicaram a apresentar e discutiram três recursos relevantes: (1) polimerização, (2) odontologia adesiva restauradora e (3) cerâmicas odontológicas. Essa abordagem permitiu explorar as peculiaridades e os desafios de cada tema, bem como compreender o seu estado atual e suas perspectivas. Para enriquecer ainda mais os debates, foi reservado um espaço para perguntas e respostas, promovendo uma participação ativa de todos os presentes.

Na programação, houve também um dia voltado especialmente para a pesquisa em materiais dentários, com abordagem no delineamento dos estudos e suas perspectivas. Esse dia culminou com a contribuição dos editores de periódicos da área apresentando suas visões sobre os indicadores quantitativos e qualitativos atuais dos estudos e submissões em pesquisas relacionadas aos materiais odontológicos.

O GBMD 2023 se configura, assim, como um evento imperdível, destinado a todos que buscam aprimorar seus conhecimentos, compartilhar experiências e se manter atualizados no campo dos materiais dentários. A participação foi fundamental para enriquecer esse encontro científico, tornando-o uma jornada de aprendizado e networking!

UNIP.br

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