O Carnaval promoveu uma média de 86% de ocupação hoteleira na Paraíba. Muitos turistas optaram pela tranquilidade em lugares mais restritos ao agito que a folia das ruas promove ao longo desses quatro dias de festividades.
As cidades paraibanas mais procuradas foram Cabedelo, Areia, Conde, Campina Grande, Cabaceiras, Lucena, Bananeiras, Matureia e João Pessoa. O presidente da Empresa Paraibana de Turismo (PBTur), Ferdinando Lucena, comemorou e comentou sobre os números alcançados no setor durante o carnaval e sobre as ações de divulgação das regiões turísticas para 2024.
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“Não tenho dúvidas que foi mais um feriado com muito movimento econômico para o turismo. A partir de agora, estaremos presentes em todas as feiras comerciais de turismo do Brasil e do exterior, ampliando as ações de divulgação e promoção da Paraíba nos principais centros emissores de turistas ao longo do ano”, disse.
A secretária de Turismo e Desenvolvimento Econômico da Paraíba, Rosália Lucas, ressalta que esses números são frutos de um trabalho sério, inteligente e focado que o Governo do Estado vem fazendo na promoção da Paraíba, para ampliar o fluxo de turistas para todas as regiões turísticas.
Confira os números da média de ocupação hoteleira:
A programação do seminário terá palestras de chefs de cozinha e sommeliers sobre as experiências gastronômicas com o destilado; conversas com especialistas na produção da cachaça; talks sobre sustentabilidade, inovação e os desafios do setor produtivo e das demais atividades relacionadas à bebida.
“A cachaça é parte fundamental da nossa história, cultura e identidade. Nossa missão é exaltá-la, reconhecendo o legado de gerações que se dedicaram à produção dessa bebida tão brasileira”, explica a organizadora do Brasil Cachaças, Fernanda Melo
– 8h: Credenciamento – 8h30: Aromas, Sabores e Saberes da Cachaça – Sommelier e Embaixador da Cachaça Mauricio Maia. – 9h10: Perguntas – 9h20: Boas práticas em produção de cachaça – Case Cachaça Wiba SP – Wilson Barros -10h: Perguntas -10h10: Cachaça: uma produção associada ao turismo – Case Engenho Triunfo PB – Maria Júlia Baracho -10h50: Perguntas -11h30: O desafio da publicidade das cachaças – Case Princesa Isabel ES – Adão Célia – 12h10:Perguntas – 12h20:Inovar, diversificar para aumentar o faturamento – Dra. Lorena Simão MG – 13h: Perguntas – 13h10: Intervalo (Indicação de almoços e lanches no térreo do Shopping Sebrae) – 14h10: Cachaça e Gastronomia PB – Chef Walter Ulysses – 15h30: Sustentabilidade nos Engenhos de Cachaça – Case Engenho Sanhaçu PE – Elk Barreto – 16h10: Perguntas – 16h20: Encerramento
Sobre o Brasil Cachaças
O Brasil Cachaças 2023 conta com patrocínio do SEBRAE e Banco do Nordeste do Brasil, apoio do Governo do Estado da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura e Pesca e Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (Fapesq/PB), Prefeitura Municipal de João Pessoa, Instituto Brasileiro de Cachaça (IBRAC), Associação Nacional de Cachaças de Alambique (Anpaq), Federação do Comércio do Estado da Paraíba (Fecomércio/PB), Serviço Social do Comércio (Sesc/PB), Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio (Senac/PB), Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba (FAEPA) e Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel/PB).
O secretário-chefe do Governo, Roberto Paulino se reuniu com o presidente da PBTUR, Ferdinando Lucena, e discutiu estratégias para impulsionar o turismo da Paraíba, com foco especial na região do Brejo paraibano.
Participaram também da reunião, os diretores Jarbas Aguiar (PBTUR), Rafael Rabelo (Secretaria de Governo) e a ex-vereadora Michele Paulino (Guarabira).
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Durante a reunião, também foi discutido planos para destacar a riqueza cultural e incentivar o Turismo Religioso na região brejeira, que tem sido alvo de investimentos do governador João Azevedo.
Um exemplo disso é o investimento do Governo da Paraíba no Santuário do Padre Ibiapina, no acesso ao Memorial Frei Damião e em outras iniciativas, que prometem abrir novas portas para o desenvolvimento econômico local.
O Parque Estadual da Pedra da Boca, localizado no município de Araruna, na Paraíba, foi reconhecido como local chave para o patrimônio geológico mundial. A pesquisa foi publicada, em julho de 2023, na Revista Internacional de Geopatrimônio e Parques, e aponta que a área tem potencial para se tornar um geoparque da Unesco.
A pesquisa, que durou cerca de dois anos, mostra que as características da Pedra da Boca fazem dela um local de interesse mundial. O estudo é resultado da dissertação de mestrado de Hígor Lins, que contou com a participação dos pesquisadores Marco Túlio Mendonça, Rafael Albuquerque, Larissa Silva e Rubson Pinheiro.
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A área do Parque Estadual Pedra da Boca possui formações rochosas de granito, rocha muito resistente, e que são únicas no contexto do semiárido brasileiro.
De acordo com o pesquisador Marco Túlio, o que chama atenção em Araruna são as formas espetaculares que são bastante incomuns em rochas daquele tipo. As geoformas encontradas foram moldadas por processos químicos como a água.
Em toda América do Sul, o único lugar com semelhante fenômeno é no Parque Nacional de Itatiaia, no Rio de Janeiro, porém o clima lá é úmido. O município de Araruna fica localizado no semiárido, onde o mais comum seria que as rochas fossem moldadas por processos físicos, ou seja, a partir de quebras.
Por estarem mais expostas em local de predominância da caatinga, as rochas ficam visíveis e suscetíveis à mudança pela água. “São formas únicas e extremamente exuberantes, que retratam bem as mudanças do planeta nos últimos 20 milhões de anos”, informa Marco Túlio.
O Parque Estadual Pedra da Boca foi avaliado por quatro valores: científico, estético, turístico e de uso e gestão. “Os quesitos levados em consideração vão desde o potencial turístico, analisando assim acessibilidade, estrutura hoteleira e de restaurantes nas proximidades, até o potencial científico, avaliando o número de trabalhos publicados sobre o local”, exemplificou Hígor Lins.
A área da Pedra da Boca tem potencial para se tornar um geoparque da Unesco. São lugares que a organização reconhece como de grande valor científico para geociências e que são utilizados pela sociedade de forma sustentável.
“[A pesquisa] deve servir também para jogar luz sobre a necessidade de investimentos que possam estimular a geoconservação e o geoturismo, trazendo um consequente desenvolvimento socioeconômico e resultando em melhorias reais na vida das pessoas que habitam e sobrevivem em comunidades próximas a esses locais”, finaliza o pesquisador Hígor Lins.
Para os pesquisadores, o parque estadual tem essas características: o alto valor científico das formações rochosas e o fato de o local ser utilizado para turismo de aventura, ecoturismo e turismo sustentável. Assim, beneficiando a comunidade do entorno e gerando renda para a população local.
Atualmente, o Brasil possui cinco geoparques. Esse seria o primeiro da Paraíba. E com o selo da Unesco, a área ganharia certificado de ciência e sustentabilidade no mundo. Mas é necessário mais pesquisas, políticas públicas e investimentos voltados para o lugar.