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Saúde

Sistema Nacional de Segurança Alimentar enfrenta desafios

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Foto: Ilustração

No dia 16 de outubro, foi celebrado o Dia Mundial da Alimentação. A data foi criada para colocar na pauta de autoridades, empresas e sociedade a importância de assegurar a alimentação adequada como um direito humano. No Brasil, as políticas públicas voltadas a este objetivo são estruturadas no âmbito do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan). Por ocasião do Dia Mundial, a Agência Brasil ouviu representantes do governo federal, da sociedade civil, de organizações internacionais e de centros de pesquisa para discutir a situação atual do sistema e seus desafios.

O Sisan foi criado em 2006 pela Lei 11.346 para disciplinar a atuação do Poder Público com participação da sociedade organizada, além de desenvolver e implementar planos, programas e ações com o intuito de assegurar o direito à alimentação.

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A segurança alimentar adequada é definida na Lei como “a realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis”.

A norma estabelece o dever de o Poder Público “adotar as políticas e ações que se façam necessárias para promover e garantir a segurança alimentar e nutricional da população”. Nessa responsabilidade estão não apenas o Executivo Federal, mas outros entes da Federação, como instituições públicas estaduais e municipais.

A Lei desenhou a estrutura institucional do Sistema a partir do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), colegiado voltado ao debate das diretrizes do sistema e que é composto por representações da sociedade e da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional, instância de reunião do órgãos do governo federal voltada a integrar as políticas públicas da área.

Em sua história de menos de 15 anos, o Sistema contribuiu para criar e melhorar uma série de políticas públicas, tanto as diretamente relacionadas com o tema quanto as voltadas a aspectos mais amplos, como atendimento em saúde, combate à pobreza e inclusão produtiva. Entre elas os programas de Aquisição de Alimentos (PAA), Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), Criança Feliz, 1 milhão de Cisternas e Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf), além do Bolsa Família, entre outros.

Avanços

O secretário-especial do Desenvolvimento Social do Ministério da Cidadania, Lelo Coimbra, aponta avanços quando comparada a evolução da situação brasileira nos últimos 30 anos. “O desempenho do Brasil na superação da pobreza foi muito grande desde 1990 até este momento. Alcançamos a meta mais ambiciosa de reduzir pela metade o número de pessoas em situação de fome. O resultado é muito positivo”, avalia.

Contudo, Coimbra reconhece que há um quadro desafiador no combate a problemas relacionados à nutrição no país. A fome ainda atinge 2,5% da população brasileira, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), enquanto a obesidade está presente em 20% da população .

Recursos

Um dos desafios está na garantia de recursos para as políticas públicas no âmbito do Sisan. Organizações da sociedade civil reclamam da redução dos investimentos em programas como o de Aquisição de Alimentos (PAA) e 1 milhão de Cisternas. A Fian Brasil, capítulo brasileiro de uma das entidades internacionais mais renomadas sobre o tema, lançou relatório sobre a situação do direito humano à alimentação e nutrição adequada no Brasil onde aponta a queda de recursos de ações do Executivo entre 2014 e 2019 tomando a Lei Orçamentária Anual (Loa) como fonte.

Segundo a organização, os investimentos do Programa de Aquisição de Alimentos caíram de R$ 1,3 bilhão para R$ 287 milhões no período. Já as verbas para o Programa 1 Milhão de Cisternas foram de R$ 643 milhões para R$ 75 milhões nos últimos cinco anos. A ação de Assistência Técnica e Extensão Rural teve orçamento reduzido de R$ 630 milhões para R$ 135 milhões.

De acordo com o secretário-especial de Desenvolvimento Social, houve contingenciamento que deverá ser revertido ainda antes do fim do ano no caso do PAA, destinando mais R$ 100 milhões para a política. Já o programa de Cisternas terá R$ 72 milhões do Fundo de Direitos Difusos para atendimento a 5.286 escolas em 10 estados do Nordeste e Sudeste (Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais).

Alimentação escolar

Duas políticas públicas têm papel importante de promoção do direito humano à alimentação de crianças e adolescentes: os programas de Aquisição de Alimentos e o Nacional de Alimentação Escolar. Eles viabilizam a oferta de merenda escolar na rede pública de ensino, devendo obter pelo menos 30% dos produtos da agricultura familiar. Assim, além de responder ao lado do consumo saudável essas políticas também incentivam a produção agrícola sustentável.

Na avaliação do consultor da organização internacional Action Aid Francisco Menezes, estas duas iniciativas têm impactos importantes no combate à desnutrição no país. “Programa que tem significado grande para camadas pobres da população. A garantia da alimentação na escola é um incentivo para crianças, especialmente as mais pobres. É uma alimentação que nem sempre está garantida se ele não existisse”, ressalta. Por essa importância, acrescenta, não deveriam ter o orçamento reduzido.

Estrutura institucional

Outro receio de organizações e pesquisadores está na estrutura institucional do Sisan. No início do ano, o governo federal desarticulou o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), bem como a Câmara Multisetorial. Na avaliação da professora e integrante do Observatório de Políticas de Segurança Alimentar e Nutricional da Universidade de Brasília Elisabetta Recine, o Conselho tinha papel importante para qualificar a atuação do Executivo.

“O pilar da participação social é essencial. Pois é ele que aproxima a política pública da realidade, oxigena as ações públicas no sentido de sempre estar provocando para que elas atendam as necessidades reais dos diferentes grupos e por ser um espaço diverso, ele também contribui para a intersetorialidade porque os diferentes grupos trazem questões que provocam interações entre conhecimentos e necessidades”, comenta a professora.

Segundo o secretário-especial de Desenvolvimento Social, Lelo Coimbra, a pasta estuda a recomposição tanto do Consea quanto da Câmara Intersetorial. Mas acredita que a ausência dos órgãos não prejudica o Sisan. “As mudanças no Conselho não alteraram em nada nosso desempenho em relação à política de proteção alimentar. Estamos estudando a forma de refazer o Conselho no Ministério da Cidadania, com tamanho menor e perfil semelhante”, declara.

Fonte: Agência Brasil

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Saúde

Funad disponibiliza aulas de Biodança para famílias de usuários com Transtorno do Espectro Autista

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Foto: Divulgação

A Fundação Centro Integrado de Apoio à Pessoa com Deficiência (Funad) ampliou os serviços oferecidos na Sala Te Acolher, criada para atender às famílias de usuários com autismo. O espaço conta agora com uma nova ferramenta: aula de Biodança, método vivencial que visa promover os potenciais saudáveis da pessoa, através de encontros em grupos, mediados pela música e pela dança.

O objetivo do serviço, que é um anexo da Coordenadoria de Atendimento à Pessoa Autista, é servir de espaço de reforço ao atendimento dos pais e responsáveis das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), com acolhimento humanizado e terapêutico. A Biodança é uma parceria da Funad com a UFPB e é aplicada pela professora Sandra Barbosa.

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A aceitação da nova modalidade oferecida às famílias na Sala Te Acolher tem sido muito proveitosa. Enquanto os filhos são atendidos nas terapias, as famílias praticam a Biodança.

Para Rosângela Bernardo, mãe de Arthur Bernardo, de 7 anos, usuário da Funad, diante dos desafios diários, esse é um momento importante, porque assim, ela também se sente cuidada.  “Aqui reponho as energias, aprendo a encontrar equilíbrio e me sinto cuidada, protegida”.

Para Maria das Dores Pereira, mãe de Gabriel Pereira, ao participar da aula ela sai renovada. “Saio leve, alegre, esqueço ao menos por uns minutos da vida e meu filho também participa. Fico solta, entro no clima e adoro esses momentos”, destacou.

Segundo a professora Sandra Barbosa, a Biodança é uma prática integrativa que ao utilizar os movimentos da dança promove o relaxamento, estimula a criatividade e o autoconhecimento. “Também promove o diálogo não verbal entre os participantes, o olhar e o toque e seus efeitos terapêuticos e benéficos, sobretudo para essas famílias que chegam aqui sobrecarregadas, cansadas, com emoções reprimidas e que, na Biodança, se entregam ao relaxamento e saem refeitas para enfrentar novos desafios”. As aulas ocorrem sempre na terça-feira e são voltadas apenas para famílias de autistas, nos horários das terapias deles.

PB Agora

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Saúde

Julho Amarelo: Saúde de Guarabira realiza ações de conscientização sobre as hepatites virais; veja programação

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Foto: Reprodução

A Prefeitura de Guarabira por meio da sua Secretaria de Saúde deu início as ações alusivas à Campanha Julho Amarelo, mês de conscientização sobre as hepatites virais. A abertura das atividades aconteceu na manhã desta quarta-feira (10/7), na UBS Cordeiro, com uma palestra sobre o tema, para usuários, efetivada pelo médico da unidade, Dr. Thalles Viegas. 

Uma vasta programação elaborada em parceria pelas coordenações de ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) e Atenção Primária à Saúde, respectivamente, traz diversas atividades, como palestras sobre o tema, Dia D de testes rápidos nas UBS e Seminário de Prevenção às Hepatites. 

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Veja a programação detalhada

  • Quarta, 10/7, às 8h – UBS Cordeiro – Palestra com Dr. Thalles 
  • Quinta, 11/7, às 14h – UBS São José – Palestra com a Dra. Rayana
  • Terça, 16/7, às 8h – UBS Mutirão – Palestra com a Dra. Dayse.
  • Quarta, 17/7, às 8h – UBS Juá e Nações – Palestra com o Dr. Alisson
  • Quinta. 18/7, das 8h às 11h – Em todas as UBS – Dia D de testes rápidos para hepatites virais.
  • Segunda, 29/7, às 8h – Auditório do Complexo Municipal de Saúde – Seminário de Prevenção às Hepatites Virais – Palestrantes: Dra. Elizany e Dr, Thalles.

Julho Amarelo – O Julho Amarelo é uma campanha de conscientização sobre as hepatites virais promovida pelo Ministério da Saúde do Brasil

Hepatites virais – São infecções que atingem o fígado, causando alterações leves, moderadas ou graves. Na maioria das vezes são infecções silenciosas, ou seja, não apresentam sintomas. Entretanto, quando presentes, podem se manifestar como: cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

No Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na região Norte do país) e o vírus da hepatite E, que é menos frequente no Brasil, sendo encontrado com maior facilidade na África e na Ásia. 

As infecções causadas pelos vírus das hepatites B ou C frequentemente se tornam crônicas. Contudo, por nem sempre apresentarem sintomas, grande parte das pessoas desconhecem ter a infecção. Isso faz com que a doença possa evoluir por décadas sem o devido diagnóstico. O avanço da infecção compromete o fígado sendo causa de fibrose avançada ou de cirrose, que podem levar ao desenvolvimento de câncer e necessidade de transplante do órgão.

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Cinema

Cuidando das emoções: o que ‘Divertida Mente 2’ nos ensina sobre saúde mental

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Foto: Disney/Pixar / Reprodução.

Raiva, inveja, alegria, tristeza, ansiedade, nojo, vergonha, tédio e medo. Esses sentimentos podem estar presentes no dia a dia das pessoas e mostram que gerir as emoções é uma habilidade vital para manter a saúde mental e o bem-estar. O assunto está em evidência, pois é o tema central do filme ‘Divertida Mente 2’, que ilustra de forma lúdica e educativa a complexidade das sensações humanas, reforçando a mensagem de que todas têm um papel importante em nossas vidas. 

A neuropsicóloga Jessyca Gabriella César Silva, da Hapvida NotreDame Intermédica, destaca a importância de reconhecer e lidar com as emoções e alerta que negá-las ou reprimi-las pode levar a problemas, como ansiedade, depressão e transtornos de humor. 

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“Compreender nossas emoções é essencial para promover uma saúde emocional positiva. Quando reconhecemos e avaliamos nossos sentimentos, somos capazes de lidar com eles de maneira saudável e construtiva”, frisou. 

A especialista chama atenção para a necessidade de não reagir no calor da emoção, seja ela positiva ou negativa. Ela recomenda que é importante parar e respirar; e ensina um exercício: você pode contar até 10, tomar um gole d’água ou apenas respirar profundamente, utilizando técnicas como a respiração diafragmática. 

“O processo de parar, respirar, observar e então responder permite que você possa agir de uma outra forma que não seja por impulso. Isso traz inteligência às suas emoções: seja raiva, tristeza, frustração ou tantas outras, você passa por esse processo para assim reagir de uma maneira consciente, evitando arrependimentos”, explica. 

Sobre a tristeza, Jessyca afirma que esse é um sentimento comum, mas, quando se torna persistente, afetando o bem-estar mental, surge a necessidade de compreender e abordar suas raízes. 

A inveja, que também aparece em ‘Divertida Mente 2’, pode estar associada à baixa autoestima e à dificuldade de reconhecer o próprio valor. “Saber como lidar com a inveja significa entender que as emoções negativas se manifestam em qualquer pessoa, mas que elas não determinam sua maneira de agir diante das situações. Desse modo, é possível se policiar, dar mais atenção aos seus sentimentos e traçar alternativas para se livrar do que gera incômodos”, orienta a profissional. 

Outro fato interessante é que no filme a raiva e a ansiedade não têm nariz, e a teoria é que são emoções que mexem com a respiração. Conforme a neuropsicóloga, a raiva surge ao enfrentarmos obstáculos percebidos como hostis, enquanto a ansiedade se manifesta em situações de incerteza. Técnicas de controle respiratório são eficazes para gerir essas emoções, ajudando a tomar decisões mais ponderadas e evitando reações impulsivas.

Ascom/Hapvida

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