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Saúde

Em época de enchentes evitar leptospirose exige cuidados redobrados

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Foto: Ilustração

Em época de chuvas fortes e alagamentos, os cuidados devem ser redobrados para evitar o contato com a água suja e a lama por causa do risco de contrair a leptospirose, doença potencialmente grave causada pela bactéria Leptospira sp, presente na urina de pequenos roedores infectados. Pode-se contrair essa doença infecciosa através da pele com cortes, da pele íntegra em contato por longo período com a água contaminada ou através de mucosas.

Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Patrícia Guttmann, o tempo entre a infecção da doença e o momento em que a pessoa pode apresentar sintomas pode ser de até 30 dias, mas o mais comum é entre 7 e 15 dias após o contato com a água contaminada.

De acordo com Patrícia, uma minoria dos pacientes desenvolve a forma grave da doença. “Os sintomas são febre, mal-estar, dor na panturrilha, dor de cabeça, náusea, vômito e, em alguns casos, manchas pelo corpo. Nos casos mais graves, [a pessoa] pode ter icterícia, insuficiência renal, problemas respiratórios.”

Patrícia disse que, com o aparecimento de sintomas, a pessoa deve procurar uma unidade de saúde e informar se teve contato com a água ou a lama dos alagamentos. O diagnóstico é feito por exame de sangue. A médica destacou que a doença é tratada com antibiótico. “A maioria dos casos é com tratamento oral, não precisa de internação.” O Rio teve 70 casos de leptospirose confirmados em 2019 e seis neste ano.

A médica recomenda que se tente evitar contato com a água da chuva, protegendo-se em lugares secos. Se a casa tiver sido alagada, deve-se esperar a água baixar e fazer a limpeza usando sapatos fechados e botas para proteger os pés. É preciso ainda descartar os alimentos que tenham ficado em contato com a água.

A Subsecretaria de Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses do Rio preparou uma lista de recomendações sobre o que deve ser feito em casos de enchente e sobre como prevenir a leptospirose:

O que fazer em casos de enchente

– Evite contato direto com a água e a lama de enchentes;
– Se a casa for inundada pela enchente, espere a água baixar, remova a lama e desinfete o local, sempre usando luvas, botas de borracha ou outro tipo de proteção para braços e pernas, como sacos plásticos duplos;
– Descarte os alimentos e medicamentos que tiveram contato com a água de enchente;
– Não deixe crianças e cães brincarem ou nadarem em locais com água e lama de enchentes ou outros pontos que possam estar contaminados pela urina de roedores;
– Se a caixa d’água foi atingida por lama, descarte a água e faça a desinfecção do reservatório;
– Não pesque em rios e lagoas após as chuvas;
– Pessoas que trabalham na limpeza da lama, retirada de entulhos e desentupimento de esgotos devem sempre usar botas e luvas de borracha ou outro material de proteção.

Como prevenir a doença

– Acondicione o lixo em sacos plásticos ou em recipientes bem fechados, armazenando-o em local alto até que seja coletado;
– Guarde sempre os alimentos em recipientes bem fechados e em locais elevados do solo;
– Mantenha a cozinha limpa, sem restos de alimentos;
– Retire as sobras de alimentos ou ração de animais domésticos antes do anoitecer, mantendo sempre o vasilhame limpo;
– Mantenha quintais, ruas, terrenos e as margens dos córregos limpos e capinados;
– Evite acumular nos quintais e terrenos entulho e objetos como telhas, madeiras e material de construção, para não servirem de abrigo aos roedores;
– Feche buracos e vãos nas paredes e rodapés;
– Mantenha as caixas d’água limpas e tampadas e trate a água de poços antes da utilização.

Fonte: Agência Brasil

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Saúde

Guarabira: Autismo Amor Infinito realiza ações da Campanha Setembro Amarelo

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Foto: Divulgação/Instituto Autismo Amor Infinito

O Instituto Autismo Amor Infinito, em Guarabira, realizou na noite da sexta-feira, 27/9, atividades relacionadas à Campanha Setembro Amarelo; mês de conscientização sobre a saúde mental e contra o suicídio.

Convidados pelo instituto, a psicóloga/professora Laís Mirella, da Faculdade EESAP, e seus alunos do curso de psicologia –, articularam rodas de conversas e dinâmicas sobre a importância da campanha setembro amarelo. Assim sendo, uma turma de estudantes ficou responsável de interagir com os pais e a outra turma, com a criançada.

O evento aconteceu na sede do instituto, localizada na Rua Abdon Paiva, no bairro Esplanada. A atual Diretora-presidente é Maria do Socorro (Corrinha).

As informações são da vice-presidente da entidade, Ercília Lira.

Para maiores detalhes e contato do Instituto Autismo Amor Infinito, clique AQUI

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Saúde

Anvisa proíbe medidor de pressão e termômetro com coluna de mercúrio

Resolução publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira.

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Imagem: Pixabay

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu, em todo o território brasileiro, a fabricação, importação, comercialização e o uso em serviços de saúde de termômetros e esfigmomanômetros (medidores de pressão arterial) com coluna de mercúrio. A resolução foi publicada nesta terça-feira (24) no Diário Oficial da União.

Brasília-DF, 10.11.2023, Fachada do Prédio da Agência de Vigilância Sanitária ANVISA, em Brasília.  Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Fachada do Prédio da Agência de Vigilância Sanitária ANVISA, em Brasília. Foto:  Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Os equipamentos abrangidos pela resolução têm uma coluna transparente contendo mercúrio e finalidade de aferir valores de temperatura corporal e pressão arterial, indicados para uso em diagnóstico em saúde. A proibição não se aplica a produtos para pesquisa, calibração de instrumentos ou uso como padrão de referência.

Ainda de acordo com a resolução, termômetros e esfigmomanômetros com coluna de mercúrio que forem retirados de uso devem seguir as Boas Práticas de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde, fixadas pela Anvisa em 2018.

O descumprimento da resolução, segundo a agência, constitui infração sanitária, sem prejuízo das responsabilidades civil, administrativa e penal cabíveis.

Entenda

Em 2022, a diretoria colegiada da Anvisa aprovou, em reunião pública, iniciativa regulatória sobre o tema, atendendo a uma demanda da Convenção de Minamata, ocorrida no Japão em 2013 e da qual o Brasil é signatário. Pela convenção, o mercúrio deveria ter seu uso reduzido em todo o mundo até 2020.

O metal pesado, segundo a agência, não representa perigo direto para usuários de termômetros ou de medidores de pressão, mas configura perigoso agente tóxico no meio ambiente quando descartado. A Anvisa destaca ainda que esses equipamentos já contam com alternativas de mercado que não utilizam coluna de mercúrio.

“Termômetros e esfigmomanômetros digitais são produtos para a saúde de uso difundido no Brasil e possuem as mesmas indicações clínicas que os que contém mercúrio. Esses dispositivos também possuem a sua precisão avaliada compulsoriamente pelo Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade e são ambientalmente mais sustentáveis.”

Agência Brasil

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Saúde

Cidade no Brasil inaugura farmácia de plantas medicinais; confira

Projeto capacita pequenos produtores para plantio de ervas medicinais.

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Foto: Lavanda - por Pixabay/ ilustração

Com objetivo de democratizar o acesso a plantas medicinais e à fitoterapia (forma de tratamento que utiliza ervas medicinais para tratar e prevenir doenças), foi inaugurada a primeira Farmácia Viva de Maricá, na região metropolitana do Rio de Janeiro. A iniciativa é fruto do projeto Farmacopeia Mari’ká, realizado pela Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), ligada à prefeitura, e pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). 

Cerca de 30 espécies de plantas medicinais são cultivadas em 4 mil metros quadrados, na Fazenda Nossa Senhora do Amparo, da Codemar. Além da produção de medicamentos, a iniciativa promove a qualificação de pequenos produtores rurais para o plantio dessas ervas.

“Com a Farmácia Viva, pretendemos promover a saúde para a população, mas também a geração de renda para os produtores. O próprio projeto vai fornecer mudas das plantas certificadas aos agricultores associados e comprar a produção deles para processar”, explica o professor de Agronomia da UFRRJ e coordenador do Farmacopeia Mari’ká, João Araújo.

A partir dos conhecimentos tradicionais das plantas nativas, são produzidos remédios com fungos medicinais e óleos essenciais para loções repelentes, e até mesmo medicamentos para animais de estimação. “Temos também no escopo do Farmacopeia Mari’ká a produção voltada para a área animal, sobretudo os pets, que hoje fica completamente desassistida quando se fala em medicamentos naturais”. 

Todos os produtos desenvolvidos dentro do projeto são gratuitos e aqueles que não exigem receita médica já são distribuídos, como chás, xaropes de guaco e loções repelentes de citronela. “Os demais produtos estão sendo produzidos, mas serão distribuídos a partir das orientações do farmacêutico do projeto e da Secretaria de Saúde do município”, informou o coordenador à Agência Brasil. 

De acordo com a prefeitura, a distribuição não ocorre em grande escala, mas em feiras e palestras. “São produzidos sabonetes líquidos, óleos essenciais, spray de citronela e álcool gel aromatizado, entre outros produtos. A distribuição dos produtos está prevista para o fim do ano em parceria com o Sistema Único de Saúde (SUS), como um serviço fitoterápico e com acompanhamento farmacêutico”.

Segundo o professor Araújo, o município foi escolhido por já ter ações nas áreas de agroecologia, agricultura, renda, desenvolvimento social e produção local de alimentos. “Temos nesse projeto uma estratégia de melhoria da qualidade de vida da população e a geração de renda para além dos royalties de petróleo que Maricá já recebe, então estamos preparando a cidade para uma economia local, regional e sustentável no futuro”, disse. A ideia é que o projeto sirva de modelo para cidades de outras regiões brasileiras.

 Araújo informou que a Farmácia Viva está em processo de finalização, com apresentação aos agentes de saúde de Maricá e de municípios vizinhos, por meio de treinamentos para médicos e veterinários. Concluída essa etapa, a Fazenda Nossa Senhora do Amparo será preparada para receber farmacêuticos e a população.

*Colaborou repórter Cristiane Ribeiro do Radiojornalismo da EBC

*Estagiária sob supervisão de Vinícius Lisboa

Agência Brasil

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