Conecte-se conosco

Cidades

Azevêdo entrega pavimentação de Cachoeira dos Guedes e autoriza reforma e ampliação do HRG

Publicados

em

O governador João Azevêdo inaugurou, nesta segunda-feira (29), as obras de recuperação e recapeamento asfáltico do acesso ao Distrito de Cachoeira dos Guedes, em Guarabira, no Brejo paraibano. No município, o chefe do Executivo estadual visitou o Hospital Regional, onde anunciou a reforma e ampliação da unidade de saúde com o objetivo de fortalecer o atendimento nas linhas de cuidado materno e neonatal, tornando-a referência nas especialidades, e inspecionou o terreno onde será construída a Vila Olímpica.  As ações são alusivas ao aniversário de 134 anos de emancipação política do município, completados no último dia 26.

Na ocasião, o chefe do Executivo estadual ressaltou o compromisso do governo de melhorar a vida das pessoas e investir em obras que asseguram emprego, renda e movimentam a economia do estado. “Essa é uma ação que representa o nosso respeito com o povo. Em Guarabira, nós temos um grande volume de obras rodoviárias, a exemplo da recuperação da estrada que vai ligar Guarabira a Pirpirituba até Belém; a estrada de Pilões até Borborema, Arara; de Serraria a Arara; Tabuleiro a Bananeiras e a Dona Inês; o contorno de Bananeiras, oferecendo condições de  ampliar linhas de produção e melhorar a qualidade de vida das pessoas através da iniciativa do governo que aqui chegou”, frisou. 

Anúncio


A recuperação e recapeamento asfáltico do acesso ao Distrito de Cachoeira dos Guedes representam investimentos superiores a R$ 4 milhões de recursos próprios do tesouro estadual e contemplam diretamente cerca de 60 mil habitantes. As obras têm o objetivo de facilitar o escoamento da produção econômica local; promover o desenvolvimento socioeconômico da região; modernizar e ampliar a infraestrutura rodoviária estadual; reduzir os custos de transportes; e oferecer conforto e segurança aos moradores do distrito e motoristas que trafegam pelo local.

O superintendente do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Carlos Pereira, evidenciou que a gestão estadual realiza, atualmente, o maior programa rodoviário da história da Paraíba. “São R$ 1,2 bilhão de obras, seja de pavimentação, restauração, travessias urbanas em todo o estado e apenas no Brejo são R$ 80 milhões em investimentos no setor, como foi feito em Cachoeira dos Guedes onde moram paraibanos que muitas vezes não chegavam na cidade porque o carro atolava ou o ônibus não chegava ao distrito”, pontuou. 

“A estrada tem um grande valor agregado porque traz desenvolvimento, geração de emprego e renda, tornando o produto mais valorizado e oportunizando qualidade de vida às pessoas”, disse o deputado federal Efraim Filho. 

O deputado estadual Raniery Paulino enalteceu a iniciativa do governo de concretizar a demanda da população de Cachoeira dos Guedes. “Essa obra resolve de vez o problema do distrito que concentra o maior número de empregos, que desenvolve atividades na agricultura, avicultura e olaria, por isso, hoje é um momento histórico porque o Governo olhou para as pessoas que mais precisam com uma obra de excelente qualidade em Cachoeira dos Guedes, um símbolo para a nossa cidade”, comentou. 

“Essa é uma ação emblemática que resgata a esperança da população e representa empoderamento popular. A obra está mais do que realizada, mas aprovada e a população está agradecida por essa conquista”, falou o secretário executivo do Orçamento Democrático, Célio Alves. 

Morador de Cachoeira dos Guedes, o comerciante José Figueiredo aprovou a obra. “Ficou bom demais. Todo mundo ficou feliz e satisfeito. Aqui antes era uma buraqueira, o calçamento afundava, os carros atolavam com tijolos e, agora, passa caminhão com galinha, com areia tranquilamente”, relatou. 

A empresária Vera Lúcia Costa também comemorou a obra. “Desde 1988 que esperávamos por esta ação. Nós temos cerca de 150 colaboradores e a gente precisa transportar a mercadoria para outras cidades e estados e essa estrada foi primordial para nós”, celebrou. 

Hospital Regional de Guarabira – Nas obras de reforma e ampliação serão investidos R$ 13 milhões. A iniciativa está inclusa no Projeto de Aprimoramento do Modelo de Atenção na Rede de Saúde do Estado da Paraíba (Projeto Amar) que visa melhorar as condições de saúde da população paraibana, através da consolidação das Redes de Atenção à Saúde e do fortalecimento das capacidades de gestão da saúde por parte do Estado.

No local, será reformado um anexo do hospital destinado aos serviços exclusivos de Maternidade de média e alta complexidade, que compreenderá UTI Neonatal, Unidade de Cuidados Intermediários (Ucinco), Centro de Parto Normal (CPN), Internação mãe-canguru. 

As adequações e melhorias das demais áreas contemplam a Urgência e Emergência, Reordenação dos Fluxos das Enfermarias, ampliação para seis salas cirúrgicas, sendo duas exclusivas para obstetrícia. O hospital, que hoje conta com 111 leitos, terá 145 leitos, abrangendo novos serviços de atendimento ao paciente, como a UTI Adulta e aumento de leitos de alojamento conjunto. Ainda serão realizadas melhorias nas áreas de apoio, adequando-as às normas sanitárias vigentes, com a construção de novo Centro de Materiais e Esterilização (CME), ampliação e relocação da Unidade de Processamento de Roupa (UPR) (Lavanderia), ampliação da Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN/cozinha), acréscimo do serviço de alimentação parenteral e enteral (sondaria) e relocação da subestação.

O governador João Azevêdo afirmou que o projeto Amar proporcionará uma nova realidade para a saúde da Paraíba. “Nós queremos com isso regionalizar o atendimento e chegar mais perto do cidadão, indo na direção de requalificar o serviço público. A nossa saúde tem competência e gestão, dando dignidade a quem precisa do atendimento”, falou. 

“Nós temos uma maternidade com uma alta demanda, chegamos a ter 20 partos por dia e, com a reforma, poderemos habilitar o hospital com uma maternidade de alto risco, com UTI neonatal, sala de parto e bloco cirúrgico. A ideia é também ofertar um serviço de ortopedia e traumatologia, o que representa, sem dúvida, um benefício para a região”, comentou o secretário de Estado da Saúde, Geraldo Medeiros.

Os deputados estaduais João Gonçalves e Ricardo Barbosa, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e auxiliares da gestão estadual estiveram presentes.

Secom-PB

Rate this post
Anúncio


Cidades

Educação de Guarabira inicia cadastro e recadastro para Transporte Universitário

Publicados

em

Fotos: Divulgação / SECOM / PrefGuarabira.

A Secretaria de Educação iniciou nesta quarta-feira, 15, o período de cadastro e recadastro do Transporte Universitário, que ficará disponível até o dia 31 de janeiro, destinado a estudantes guarabirenses que utilizam o serviço para deslocamento até as instituições de ensino nas cidades de Bananeiras, Rio Tinto, Mamanguape, Campina Grande e João Pessoa. O programa também contempla, com uma bolsa transporte, alunos que estudam em cidades como Araruna e Cuité.

Para o cadastro, os estudantes devem apresentar os seguintes documentos: cópia do RG; cópia do CPF; cópia do título de eleitor; comprovante ou declaração de matrícula no curso e cópia do comprovante de residência. Já para o recadastro, é necessário apresentar apenas uma declaração de matrícula atualizada referente ao semestre em andamento. O cadastro, e a atualização, também estão disponíveis para alunos que recebem bolsa, como os que frequentam instituições em Cuité e Araruna.

Anúncio


Os interessados podem realizar o cadastro ou recadastro nos horários da manhã, 7h30 às 11h30, e da tarde, 14h às 17h, assim como de forma online pelo 1DOC, no site da Prefeitura. A Secretaria de Educação reforça a importância de não deixar para a última hora e solicita que os documentos sejam apresentados em formato legível para evitar contratempos.

Secom/PMG

Rate this post
Anúncio


Continue lendo

Educação

Especialistas apontam desafios para restrição de celular nas escolas

No geral, professores apoiam a medida adotada pelo governo federal.

Publicados

em

Foto: Pixabay / ilustração

Colocar em prática as restrições ao uso dos celulares nas escolas de todo o país será um desafio, segundo professores e estudantes. Embora a proibição seja bem vista por grande parte da sociedade e da comunidade escolar, a lei sancionada nesta segunda-feira (13) encontrará desafios como a falta de infraestrutura nas instituições de ensino, para por exemplo, guardar os celulares em segurança; de formação dos professores, para que não abandonem o uso pedagógico das novas tecnologias; e de ensino, para que as aulas sejam atrativas para os alunos.

Após tramitar pelo Congresso Nacional, a lei que proíbe o uso dos celulares nas escolas públicas e privadas, tanto nas salas de aula quanto no recreio e nos intervalos, foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os aparelhos seguem sendo permitidos para o uso pedagógico, ou seja, quando autorizado pelos professores como instrumento para a aula.

Anúncio


A principal justificativa para a nova lei é proteger as crianças e adolescentes dos impactos negativos das telas para a saúde mental, física e psíquica deles. A medida não é exclusiva do Brasil, países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já têm legislações que restringem uso de celular em escolas.

Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo, os professores, no geral, apoiam a proibição dos celulares nas salas de aula, mas apontam alguns desafios para colocar a medida em prática: “Onde vai ficar esse equipamento? Em que momento da aula você precisa do celular para que o conteúdo chegue com facilidade para entendimento por parte do estudante? Em que momento ele vai ser utilizado? Em que momento ele volta a ser guardado? E aí você vem para a escola pública e pergunta, a escola pública está equipada para isso? Tem segurança em guardar o equipamento do aluno sem estragar, sem perder o equipamento? Tem condições de fazer um planejamento onde sabe que momento o equipamento pode ser utilizado para aprimorar o conhecimento e que momento ele não deve ser utilizado?”, questiona Araújo.

Segundo Araújo, deveria haver uma discussão maior nas redes de ensino. “Tudo isso precisaria de um aprofundamento. Uma lei que vem de cima para baixo, sem um fortalecimento da gestão democrática da escola, sem um fortalecimento da participação dos segmentos da comunidade escolar discutindo o tema, vai ficar inviável, porque você vai criar mais problemas, não vai conseguir cumprir a lei como ela determina”, diz.

Falta de interesse

Para os estudantes, não basta apenas proibir o celular, é preciso que a escola e as aulas sejam mais atrativas. “Não é proibir o celular na sala de aula que vai garantir que os estudantes tenham mais atenção nas aulas ou que se interessem mais pela escola. O que vai trazer essa solução que a gente tanto busca, que é trazer de novo o interesse da nossa turma para dentro da sala de aula, é trazer um ambiente mais tecnológico para a escola, dentro da sala de aula, é melhorar a dinâmica e a didática das nossas aulas, é garantir uma formação mais lúdica dos nossos estudantes”, defende o presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Hugo Silva.

“Com toda certeza, eu vou preferir, enquanto estudante, olhar dez TikToks do que assistir uma aula que eu acho chata ou que eu acho que não me agrega em nada. Então, acho que a gente precisa fazer essa discussão. Se a aula é interessante, mais interessante que o TikTok, se a disciplina que eu estou aprendendo ali eu considero mais importante do que assistir esses dez TikToks, é claro que eu vou abandonar o celular e vou prestar atenção na sala de aula”, diz o estudante.

Segundo Silva, restringir o uso de celular pode também contribuir para o aumento de desigualdade, sobretudo entre escolas públicas e particulares, em locais de maior vulnerabilidade e menos acesso à tecnologia. “A gente acredita, inclusive, que em muitos territórios e em muitos lugares, a única tecnologia que os estudantes secundários têm acesso é através do celular. Se a gente retira esse aparelho das salas de aula, a gente pode, inclusive, fazer com que esses estudantes não tenham acesso a nenhum tipo de tecnologia”.  

Entenda a nova lei

As discussões sobre a proibição legal do uso dos celulares se estendem por mais de uma década. O projeto de lei que agora foi sancionado foi originalmente proposto na Câmara dos Deputados pelo deputado federal Alceu Moreira (MDB/RS), em 2015. O texto foi, por sua vez, inspirado em outro projeto proposto pelo deputado Pompeo de Mattos (PDT/RS), que chegou a ser aprovado pela Comissão de Educação e Cultura e a receber parecer favorável do relator na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Em 2010, como fim da legislatura, não tendo sido aprovado pela Casa, acabou sendo arquivado.

O texto original proibia o uso de aparelhos eletrônicos portáteis nas salas de aula dos estabelecimentos de educação tanto básica quanto superior, permitindo apenas o uso pedagógico autorizado pelos professores.

O texto aprovado pelo Senado Federal, que agora virou lei, restringe a proibição para a educação básica, ou seja, da educação infantil ao ensino médio. O texto também apresenta exceções, permitindo o uso dos aparelhos por estudantes nas escolas para garantir a acessibilidade, a inclusão, para atender condições de saúde e garantir direitos fundamentais.

O texto estipula ainda que as redes de ensino e as escolas devem elaborar estratégias para lidar com o sofrimento psíquico e saúde mental das crianças e adolescentes, bem como com o acesso a conteúdos impróprios. As escolas deverão estabelecer ambientes de escuta para estudantes que apresentem sofrimento em decorrência de nomofobia, que é o medo de estar longe do celular.

Já em prática

A restrição, que agora se torna nacional, já é realidade em alguns locais e escolas. O estado de São Paulo aprovou medida semelhante no final do ano passado, para valer a partir deste ano.

Na cidade do Rio de Janeiro, a proibição vale desde agosto de 2024, por conta de decreto da prefeitura. O celular fica guardado e só pode ser usado para atividades pedagógicas, com a autorização dos professores.

Segundo o presidente do Sindicato dos Professores do Município do Rio de Janeiro e Região (SinproRio), Elson Simões de Paiva, a medida favorece a socialização:

“A gente sabe que hoje tem escolas que proíbem o uso até na hora do recreio, para poder possibilitar que a criança e o jovem voltem a fazer o que ele não está fazendo mais, que é a socialização. A socialização dele está sendo feita através de celular, não está sendo mais de pessoa com pessoa. Então, é importante essa questão também do uso do celular ser mais controlado dentro das escolas”.

Assim como Araújo, ele também teme que agora com a proibição nacional, haja uma sobrecarga dos professores. “Quem vai controlar isso? Porque os professores, ou eles dão aula, ou eles vigiam se o aluno está usando o celular ou não”, diz e acrescenta: “[O professor] solicita que naquele dia o celular venha a ser utilizado na sala de aula. Mas e depois? Como é que vai ser esse controle para o aluno devolver esse celular ou deixar de usar o celular em uma outra aula que não vai utilizar esse material, esse instrumento?”

Nas escolas particulares do município, de acordo com o diretor do Sindicato dos Estabelecimentos de Educação Básica do Município do Rio de Janeiro (Sinepe Rio), Lucas Machado, as restrições já eram feitas antes mesmo do decreto municipal. “No Rio de Janeiro, essa novidade é inexistente, porque o processo das escolas particulares é muito tranquilo, e isso já vinha adotando, já vinha acontecendo há mais de um ano. Muitas das escolas particulares, desde o ano passado, pelo menos, já proibiam, de acordo com os seus regimentos escolares, o uso de celular na sala de aula, para fins não pedagógicos”.

Machado ressalta, no entanto, que uma lei nacional pode enrijecer as diversas realidades encontradas nas escolas. “Quando você generaliza, você está dificultando os regimentos das escolas”, diz. “De acordo com os regimentos existentes, você tinha, por exemplo, a prática de crianças com algum tipo de deficiência, algum tipo de dificuldade, você poderia, no seu regimento, ajustar isso para que pudesse atender essas necessidades dessas crianças. Era muito fácil de trabalhar com isso. Agora, partindo de uma lei federal, talvez haja algum tipo de restrição em que a gente tem que tomar cuidado para poder atender a necessidade da lei”.

Falhamos em incorporar as tecnologias

Segundo o professor da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília Gilberto Lacerda Santos, as restrições tanto no Brasil quanto em outros países são, na verdade, uma falha dos sistemas educacionais e da sociedade em entender e conseguir incorporar na educação de fato os potenciais da tecnologia.

“É um auto reconhecimento de uma falência das instituições escolares, da sociedade como um todo, em entender as tecnologias e o seu potencial na educação, e, sobretudo, de integrá-las na formação de professores. Porque todo o problema reside no fato de que nossos professores não sabem lidar com a tecnologia na sala de aula e com tudo que a tecnologia oferece”, diz.

De acordo com Santos, as tecnologias dão ao cidadão comum “um poder que ele nunca teve. Um poder de se informar mais e autonomamente. Um poder de se comunicar livremente. E, sobretudo, um poder de se expressar. Acontece que, para que nós consigamos nos informar de uma maneira condizente com princípios éticos, para que nós possamos nos comunicar adequadamente, e, sobretudo, para que nós possamos nos expressar adequadamente, nós precisamos de uma excelente educação de base. A educação de base nos falta. Então nós não sabemos usar as tecnologias, nós acabamos nos tornando escravos dela. Os jovens estão completamente perdidos, clicando, curtindo, curtindo, compartilhando notícias sem veracidade, porque falta educação de base. E esse é um problema-chave que a gente não conseguiu resolver ainda enquanto sociedade”.

Para Santos, a solução é investir cada vez mais na formação dos professores. “O professor é um elemento chave para o sucesso da escola. Então nós precisamos fazer o que não foi feito, o que nós não temos conseguido fazer, que é instrumentá-lo adequadamente, formá-lo adequadamente, remunerá-lo adequadamente, para que ele é o ator intermediário para o uso inteligente, interessante da tecnologia”, defende.

Agência Brasil

Rate this post
Anúncio


Continue lendo

Educação

Lula sanciona lei que restringe uso de celular nas escolas

Aparelho será proibido durante as aulas e intervalos.

Publicados

em

Foto: Ilustração

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta segunda-feira (13) o Projeto de Lei 104/2015, que restringe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, sobretudo telefones celulares, nas salas de aula de escolas públicas e privadas do ensino básico em todo o país. Um decreto do presidente, que sairá em até 30 dias, vai regulamentar a nova legislação, para que passe valer para o início do ano letivo, em fevereiro. O projeto de lei foi aprovado no fim do ano passado pelo Congresso Nacional.  

“Essa sanção aqui significa o reconhecimento do trabalho de todas as pessoas sérias que cuidam da educação, de todas as pessoas que querem cuidar das crianças e adolescentes desse país”, afirmou o presidente, que fez questão de elogiar o trabalho dos parlamentares que aprovaram a medida.

Anúncio


“Imagina uma professora dando aula e, quando ela olha para os alunos, está cada um olhando para o celular, um tá na China, outro tá na Suécia, outro tá no Japão, outro está em outro estado conversando com gente que não tem nada a ver com a aula que ela está recebendo. A gente precisa voltar a permitir que o humanismo não seja trocado por algoritmo”, enfatizou Lula ao comentar sobre a nova lei.

Países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já adotam legislações que restringem uso de celular em escolas. Apoiado pelo governo federal e por especialistas, o projeto alcançou um amplo consenso no Legislativo, unindo governistas e oposicionistas.

“Não dá para um aluno estar na sala de aula, no Tiktok, na rede social, quando o professor está dando aula. Toda vez que um aluno recebe uma notificação, é como se ele saísse da sala de aula. Toda vez que ele recebe uma notificação quando ele está numa roda de conversa, é como se a gente perdesse a atenção dele”, afirmou o secretário municipal de Educação do Rio de Janeiro, Renan Ferreirinha, que é deputado federal licenciado e autor do projeto na Câmara. Ele classificou o projeto como uma das principais vitórias do século na educação brasileira.

O que diz a lei

De acordo com o ministro da Educação, Camilo Santana, a lei restringe o uso em sala de aula e nos intervalos, para fins pessoais, mas há exceções, como o uso para finalidade pedagógica, sob supervisão dos professores, ou em casos de pessoas que necessitem de apoio do aparelho para acessibilidade tecnológica ou por alguma necessidade de saúde.  

“Nós não somos contra acesso a tecnologias, até porque não há mais retorno no mundo de hoje. Mas nós queremos que essa tecnologia, essa ferramenta, seja utilizada de forma adequada e, principalmente, nas faixas [etárias] importantes da vida das crianças e adolescentes”, afirmou o ministro, que alertou sobre o uso cada vez mais precoce e prolongado do celular por crianças.

“Estamos fazendo uma ação na escola, mas é importante conscientizar os pais de limitar e controlar o uso desses aparelhos fora de sala de aula, fora da escola”, acrescentou Camilo Santana.

A secretária nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Maria do Pilar Lacerda Almeida e Silva, que coordena a Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CNE), afirmou que o colegiado vai publicar orientação para as redes públicas e privadas. “O Conselho Nacional de Educação vai fazer uma resolução que oriente as redes, as escolas, de como fazer isso sem parecer uma opressão”, disse. O MEC também deve publicar guias com orientações para as escolas de todo o país.

Agência Brasil

Rate this post
Anúncio


Continue lendo
Apoio
Apoio
Apoio
Apoio
Apoio
Apoio
Apoio
Apoio

Mais Lidas