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Saúde

Segundo pesquisa da Capes adolescentes ficam em média 3 horas por dia no Celular ou Computador

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Foto: Ilustração

Uma pesquisa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) mostrou que adolescentes entre 12 a 17 anos de idade passam 3 horas por dia, em média, em frente a telas de computador, tablet, televisão, videogames e celular. A partir daí, os pesquisadores bolsistas da Capes estudaram uma relação este tempo sedentário e o desenvolvimento de síndrome metabólica.

“O nosso foco, no caso, para esse estudo, é síndrome metabólica, que é uma constelação de fatores de risco que envolvem obesidade abdominal, questões relacionadas a diabetes, colesterol, pressão arterial elevada”, disse à Agência Brasil o pesquisador Felipe Cureau, autor do estudo junto com a fisioterapeuta Camila Schaan. Ambos têm doutorado em endocrinologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

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A primeira parte desse trabalho foi concluída e publicado recentemente no periódico holandês International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity.

O trabalho faz parte do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (Erica) e utilizou dados de 36 mil adolescentes de todo o país, na faixa etária de 12 a 17 anos, durante 2013 e 2014. Apurou-se então que o tempo médio em frente a telas foi de 3 horas diárias. Felipe Cureau destacou, contudo, que foi percebida variação entre os entrevistados, desde jovens que preferiam não ficar diante de telas até adolescentes que passavam mais de 7 horas diante do computador ou celular.

Alimentação

A análise entre o tempo sedentário e o desenvolvimento de síndrome metabólica mostra que o comportamento alimentar que esses adolescentes tinham enquanto estavam ficavam no computador é muito importante, indicou Cureau. “Quanto maior o tempo em frente à tela, maior o risco para síndrome metabólica”. Ao todo, 2,6% dos jovens consultados apresentaram síndrome metabólica.

O pesquisador ressaltou que quando se avalia o que os jovens comem durante o tempo frente a telas, o que se constata é que, mesmo aqueles que ficam mais tempo, se não comerem nenhum tipo de petisco ou guloseima, eles acabam eliminando esse risco associado ao tempo de tela. Segundo Felipe Coureau, à medida que a pessoa fica mais tempo diante da tela, ela está mais exposta a propagandas e ao merchandising de alimentos ultraprocessados, como hambúrguer e petiscos em geral, e acaba ficando mais suscetível, em algum momento, a começar a consumir esse tipo de alimento.

“As duas coisas, para nós, parecem que estão bastante interligadas. É muito difícil que elas (pessoas) fiquem tanto tempo frente à tela e não comam nada”, indicou o pesquisador. “Comportamentos não saudáveis, e não simplesmente o fato de estar sentado, se associam com fatores de risco para doença cardiovascular em adolescentes”, reforçou Camila Schaan.

De acordo com Felipe Coureau, ao mesmo tempo que se deve evitar esse tipo de alimentação em frente à tela, é preciso limitar o tempo de tela para que essa exposição não propicie alimentação. Há alguns anos, Felipe Coureau estuda a questão da saúde dos adolescentes, especialmente comportamentos desses jovens e como eles se relacionam com problemas de saúde. Disse que até pouco tempo, os problemas eram observados apenas na população adulta mas, hoje, são muito frequentes entre os adolescentes. Entre eles, destacou obesidade, diabetes, hipertensão.

Tempo sedentário

Dentro do contexto de atividade física, passou-se a estudar o chamado tempo sedentário, em que as pessoas ficam vendo televisão, lendo, às vezes estudando. “E dentro da questão do tempo sedentário, surgiu a pesquisa”, disse Coureau. Como o sedentarismo pode resultar em uma morbidade ou distúrbio, os pesquisadores bolsistas da Capes dedicaram-se ao estudo sobre os adolescentes diante de telas com o objetivo de prevenir. “A ideia de estudar os adolescentes é para que a gente possa identificar de forma precoce e tentar prevenir uma doença, ou algum outro problema, antes que se espalhe em definitivo”.

Os resultados do estudo servem também como alerta aos pais. “A participação dos pais é fundamental, principalmente no que respeita à alimentação porque, normalmente, são eles os responsáveis pela alimentação dos filhos”.

Desdobramento

O estudo desenvolvido por Felipe Cureau e Camila Schaan já está tendo desdobramento. Eles começaram no ano passado a coletar dados de alguns dos adolescentes, como um estudo de corte, para ver se as questões abordadas na primeira coleta tiveram repercussão na vida dos jovens cinco anos depois, na fase em que eles estão na transição da adolescência para a idade adulta. Essa segunda etapa do trabalho está sendo realizada em quatro capitais (Porto Alegre, Rio de Janeiro, Brasília e Fortaleza) por pesquisadores das universidades federais do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Ceará, da Universidade de Brasília (UNB) e do Hospital das Clínicas de Porto Alegre, além de outras instituições.

A previsão é concluir essa segunda fase do estudo ainda este ano, prevendo-se a divulgação dos resultados ao longo de 2021. Quando essa pesquisa for encerrada, Felipe Coureau e Camila Schaan pretendem verificar se o que viram no momento anterior permanece, se isso gera uma gravidade maior ou se não tem grande influência ao longo da vida dos adolescentes entrevistados. “O acompanhamento te dá um melhor olhar”, disse Camila.

Os dois bolsistas da Capes querem, com o estudo, estimular os adolescentes brasileiros a terem uma vida mais saudável, com a realização de atividades físicas, e a fazerem melhores escolhas alimentares, evitando alimentos ultraprocessados e industrializados, a buscarem alimentação mais saudável no contexto familiar. “Isso é o que a gente sempre tenta passar como mensagem principal”.

A primeira etapa do estudo teve financiamento da Capes, do Ministério da Saúde e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), além de financiamentos locais e das universidades que estão sediando o estudo agora.

Políticas públicas

Camila Schaan afirmou que a meta é terminar o estudo e divulgar os resultados para a população. Ao mesmo tempo, ela espera que as conclusões possam ajudar o Ministério da Saúde na formulação de políticas públicas eficientes para esse segmento da sociedade, que sejam implementadas nas várias regiões brasileiras.

Fonte: Agência Brasil

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Saúde

Setembro Amarelo: Saúde abre campanha de combate e prevenção ao suicídio, nesta segunda-feira (9)

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A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Gerência Operacional de Atenção Psicossocial, promove, nesta segunda-feira (9), a programação de abertura da Campanha Setembro Amarelo, referente ao mês de prevenção ao suicídio, com o tema: “Setembro de todas as cores: estratégias de (Re) existências e vidas”. O evento voltado para trabalhadores da Rede de Atenção Psicossocial, em especial, os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), será das 8h às 12h, no auditório da Escola de Saúde Pública da Paraíba (ESP-PB), no bairro da Torre, na capital.


De acordo com a gerente operacional de Atenção Psicossocial da SES, Iaciara Mendes, o tema deste ano leva em consideração a necessidade de olhar para a diversidade humana e os diversos fatores que causam o sofrimento mental. “O racismo, a discriminação, a fome, o desemprego, a desesperança, como também, a necessidade de ampliar os serviços da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), para todas as regiões de saúde e criar estratégias de cuidado nos territórios, valorizando a cultura local e suas diversas formas de cuidado”, pontuou.

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A gerente destacou ainda que os transtornos mentais não surgem “do nada” e que eles são um grave sofrimento resultante das relações sociais nas quais os indivíduos se formaram e se desenvolveram. “É nesse local de [RE] existência e vida das pessoas, onde se faz necessário que os serviços se localizem, considerando também, o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, onde fala que um CAPS no território, reduz em até 14% o risco de suicídio”, informou.

Programação – Na abertura da campanha, a proposta é conversar com os serviços sobre como ampliar o diálogo da saúde mental para as populações negra e indígena, considerando suas interfaces com os direitos humanos e as diversas formas de violências vivenciadas por essas populações. Serão realizadas duas palestras: “Políticas públicas antirraciais”, com a chefe do Núcleo de Promoção e Educação em Saúde da SES, Adélia Gomes que também é especialista em Saúde da Família; educadora popular e terapeuta corporal afrorreferenciada e gestora do afroafeto – Projeto de autocuidado.

A segunda palestra terá como tema “Saúde mental da população indígena”, com Larissa Rodrigues, psicóloga, especialista em urgência e emergência e saúde mental pelos programas de Residência Multiprofissional em Saúde; trabalhadora do SUS e, atualmente, atua no Distrito Sanitário Especial Indígena Potiguara. Ela também é militante antimanicomial e antirracista.

A programação segue durante todo o mês de setembro com live sobre saúde mental no Programa de Saúde na Escola (PSE); ações de cuidados em saúde mental com os trabalhadores da SES; diálogo com a Atenção Básica, através da Rede de Apoio Institucional para Qualificação e Matriciamento Gerencial de Trabalhadores e Gestores do SUS com foco na Regionalização para Organização da Rede de Atenção à Saúde (Reap Quali-PB) – Saúde Mental na Atenção Básica e em todo o estado, os municípios realizam suas programações e atividades.

Ainda dentro da programação do Setembro Amarelo, o Complexo Psiquiátrico Juliano Moreira promove no próximo dia 21 de setembro, o 3º Simpósio de Prevenção ao Suicídio “Saúde Mental na Era das Conexões Digitais: Desafios e Oportunidades”. O evento será no Conselho Regional de Medicina (CRM), na capital, das 8h30 às 17h.

Secom

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Saúde

João Azevêdo autoriza início das obras do novo complexo pediátrico Arlinda Marques para dobrar capacidade de atendimento

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Foto: Francisco França

O governador João Azevêdo assinou, nesta segunda-feira (2), em João Pessoa, a ordem de serviço para início das obras de reforma e ampliação do Complexo Pediátrico Arlinda Marques, cujos investimentos somam R$ 27 milhões e irão garantir o aprimoramento do atendimento médico infantil, dobrando a capacidade de leitos.

Os serviços preveem o aumento de leitos, que sairão de 70 para 138 leitos; a expansão do bloco cirúrgico, que passará de três para cinco salas de cirurgia, garantindo maior eficiência e capacidade para procedimentos. Além disso, a reforma inclui a construção de duas novas edificações de quatro pavimentos cada, proporcionando espaço para ambulatório, UTI, laboratório, internação e administração. Ainda estão previstas a implantação de um novo tomógrafo e de novos exames. A central de material esterilizado (CME) também será ampliada e adequada, além de outras áreas como farmácia e almoxarifado.

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Na ocasião, o chefe do Executivo estadual ressaltou os investimentos do governo na Saúde com a melhoria da infraestrutura e atendimento à população. “Nós autorizamos hoje mais uma importante obra na Saúde que se soma à construção do Hospital da Mulher de João Pessoa, Campina Grande e Sousa, Trauma do Sertão, além dos programas como o Opera Paraíba, que já realizou mais de 130 mil cirurgias eletivas; Coração Paraibano, que já reduziu em mais de 40% as mortes por infarto; e Paraíba contra o Câncer, que já realizou mais de 500 cirurgias; além da ampliação e implantação de serviços e exames, beneficiando diretamente a população”, frisou.

O secretário de Estado da Saúde, Arymatheus Reis, destacou que João Pessoa e a Paraíba irão ganhar um novo hospital. “O governador consolida uma série de ações que fizemos no âmbito do projeto Amar, com a assinatura da ordem de serviço do novo Arlinda Marques. A atual estrutura será demolida e construiremos um prédio de três pavimentos e vamos duplicar a capacidade de leitos instalados”, evidenciou.

Durante a execução das obras de reestruturação, o atendimento ambulatorial especializado será realizado no antigo Hospital Samaritano, na Avenida Santa Júlia, no bairro Torre, nas especialidades de Hematologia, Nutrologia, Endocrinologia, Ortopedia, Neurologia, Neurocirurgia, Gastroenterologia, Hepatologia, Cardiologia, Psiquiatria, Alergologia, Dermatologia, Nefrologia, Otorrinolaringologia, Cirurgia de Cabeça e Pescoço (CCP), Serviço de Referência de Triagem Neonatal (SRTN) e Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE).

Na atual estrutura, em Jaguaribe, continuam funcionando o atendimento de urgência e emergência e unidades de internação em enfermarias e Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

Já no antigo PAM de Jaguaribe, irão funcionar os serviços administrativos, Ambulatório de Atendimento às Vítimas de Violência e Acidentes (Amviva) e Centro de Atendimento Integrado (CAI).

Participaram da assinatura da ordem de serviço o diretor geral do Complexo Pediátrico Arlinda Marques, Daniel Gonçalves; a coordenadora do projeto Amar, Rosa Márcia França; gerente de Obras do Projeto Amar, Rafael Rabelo; coordenador de Regularizações, André Monteiro; diretor da construtora Avança, Guilherme Godoy; e diretor do Consórcio União, Marcelo Souza Leão.

Secom

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Saúde

Hospital Regional de Guarabira inicia teleconsultas do Programa Paraíba Contra o Câncer

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O Hospital Regional de Guarabira (HRG) Antônio Paulino Filho, pertencente à rede estadual de saúde, gerenciado pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde), realizou, na última sexta-feira (30), a primeira teleconsulta por meio do programa Paraíba contra o Câncer, iniciativa que busca ampliar e organizar a rede de atenção ao paciente com doença crônica na área da Oncologia, abrangendo desde o rastreio, diagnóstico, estadiamento, tratamento, até os cuidados paliativos.

Após 14 dias de internação no HRG, o paciente beneficiado passou por uma tomografia realizada no Hospital Metropolitano, onde foi identificado um tumor. A partir desse diagnóstico inicial, o Núcleo Interno de Regulação (NIR) do HRG agendou a teleconsulta com a equipe do Programa Paraíba Contra o Câncer. De acordo com Rodrigo Márcio, coordenador da Clínica Médica do HRG, a teleconsulta foi conduzida por Aline Bezerra, médica oncologista do programa, com acompanhamento do médico Victor Aragão e o enfermeiro Werhbty Klyton Paiva, ambos do setor de clínica médica do HRG.

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“Embora o diagnóstico ainda não tenha sido fechado, os exames iniciais sugerem a presença de uma massa suspeita de colangiocarcinoma grau 2 (um câncer nos dutos biliares, que transportam a bile, um fluido digestivo, pelo fígado). Para confirmar essa suspeita, foram solicitados mais dois exames que serão realizados aqui no HRG. Essa primeira teleconsulta é um exemplo de como a atuação integrada e célere da nossa rede de saúde estadual é importante. Desde o momento em que identificamos a suspeita do tumor até o agendamento com a equipe especializada, conseguimos articular de forma rápida e eficiente todos os recursos disponíveis para garantir que o nosso paciente recebesse o atendimento necessário”, afirmou o gestor.

Além disso, segundo o coordenador da Clínica Médica do HRG, a equipe do Paraíba Contra o Câncer encaminhará ao NIR a tabela de exames que precisarão ser realizados para que o paciente passe por uma nova avaliação no Hospital Laureano no dia 6 de setembro. Esta avaliação será crucial para a confirmação do diagnóstico e o início do tratamento oncológico do paciente.

O Programa Paraíba Contra o Câncer, criado pelo Governo do Estado da Paraíba, tem como objetivo agilizar e humanizar o tratamento de pacientes oncológicos. O acesso ao programa é regulado pela Central Estadual de Regulação, que opera uma fila única para os pacientes. As equipes especializadas do programa são compostas por oncologistas clínicos e enfermeiros navegadores, que utilizam a Teleoncologia para coordenar o acesso dos usuários a procedimentos de diagnóstico, estadiamento e tratamento.

Desde maio de 2024, o programa já está em pleno funcionamento em todas as macrorregiões de saúde do estado, garantindo que mais pacientes possam receber o cuidado necessário de forma ágil e eficiente. Para Rosicler Pinheiro, diretora geral do HRG, esse resultado só foi possível graças ao comprometimento de todos os profissionais envolvidos e à organização do sistema de saúde.

“Sabemos que prognósticos como o câncer exigem uma atenção mais célere e dedicada. Nossa missão é continuar a trabalhar lado a lado com nossos profissionais e com os pacientes, garantindo que todos recebam o suporte necessário em cada etapa do tratamento, sempre colocando o paciente em primeiro lugar, para oferecer o melhor cuidado possível”, afirmou Rosicler.

A diretora de Atenção à Saúde da Fundação, Ilara Nóbrega, reafirmou o compromisso da PB Saúde em fortalecer e apoiar continuamente as unidades de saúde gerenciadas pela instituição. “Sabemos que o enfrentamento do câncer exige não apenas tecnologia e conhecimento, mas também uma rede de apoio integrada e comprometida com o bem-estar dos pacientes. Nossa prioridade é assegurar que o HRG e todas as nossas unidades estejam equipadas e preparadas para oferecer o melhor atendimento, sempre em parceria com os programas estaduais que visam à celeridade e à qualidade no cuidado à saúde. Seguiremos firmes em nossa missão de transformar a assistência à saúde na Paraíba”, frisou a gestora.

Secom PB

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