A Polícia Civil da Paraíba, por meio da Delegacia de Roubos e Furtos de Patos, desvendou um esquema criminoso de prática de estelionato, furto qualificado, falsificação de documento público e uso de documento falso. Os crimes eram praticados por um ex-funcionário de uma instituição bancária de Patos, que aplicou golpes na própria instituição e em seus correntistas

A investigação empreendida pelos policiais da DRF-Patos revelou que o investigado fraudou empréstimos consignados e causou um desfalque de aproximadamente R$ 415.000,00 (quatrocentos e quinze mil reais). Sua atuação consistia em falsificar documentos (RG, CPF e contracheque de clientes) e, por meio disso, realizar ativação de empréstimos consignados em folha do Estado. 

Assim que os valores referentes aos empréstimos eram depositados nas contas dos clientes, eram desviados pelo investigado. Tais movimentações nas contas das vítimas eram realizadas por meio de cartões e aplicativos instalados em celulares próprios. 

As vítimas, pessoas físicas, tiveram seus contracheques alterados para salários de alto valor, quando na verdade recebiam um salário-mínimo ou um valor pouco maior. Tudo isso para simular uma situação que atendesse aos requisitos exigidos pela instituição financeira para conceder o numerário com descontos lançados em folha.

Passado algum tempo, após ocorrer a inadimplência dos contratos, a instituição bancária descobriu as fraudes. Providências necessárias foram tomadas e a instituição cancelou todos os contratos fraudulentos.

“Administrator Infidelis” 

Na manhã desta terça-feira (5), na cidade de Patos, foi deflagrada a operação policial “Administrator Infidelis”, cujo objetivo foi o cumprimento dos mandados de busca e apreensão expedidos pela 1ª Vara Mista da Comarca de Patos. Os pedidos cautelares diversos da prisão foram deferidos, tendo sido as ordens judiciais cumpridas em parte, no bairro Belo Horizonte, na cidade de Patos.

A operação policial “Administrator Infidelis”, que em tradução do latim para o português significa “gerente infiel”, apreendeu vários objetos de interesse da investigação. Todo esse material será periciado e anexado ao processo. O investigado, que pediu demissão da instituição bancária em que trabalhava no final do ano passado, estava acompanhado de advogado, tendo sido interrogado pela autoridade policial. Ele responderá ao processo em liberdade. 

Assessoria