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Saúde

Brasileiros desenvolvem tecnologia de reconstrução craniana

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Fotos: Fernando Frazão/Agência Brasil

Pesquisadores de oito instituições federais, estaduais e municipais desenvolveram uma tecnologia de reconstrução craniana, que poderá atender pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o pesquisador da Fiocruz e neurofisiologista Renato Rozental, coordenador da equipe multidisciplinar, foi desenvolvida uma prótese para reconstrução de defeitos ósseos extensos da calota craniana.

O pesquisador disse que um paciente fica, às vezes, sete ou oito anos esperando por uma solução, porque as possibilidades que existem no mercado são muito caras, com uma prótese de titânio chegando a R$ 200 mil. Esse valor envolve somente a malha de titânio, disse. “É inviável”.

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A solução que o grupo liderado por Renato Rozental desenvolveu é 20 vezes mais barata, ou seja, tem custo em torno de R$ 10 mil. O pesquisador salientou que esse preço é sem escalonar. “Quando nós escalonarmos o processo, vai ficar ainda mais barato e, além disso, tão eficaz ou mais do que o titânio”.

Rozental esclareceu que uma vez que o paciente tenha uma janela, um buraco ou uma ferida óssea no crânio, este fica fragilizado. Se colocar uma malha de titânio e a cabeça do paciente sofrer novo impacto, o crânio que já está fragilizado pode rachar. Já a prótese apresentada pelo grupo liderado pela Fiocruz foi desenvolvida de tal forma que, se houver um outro impacto, o que vai fragmentar é a prótese e não o crânio da pessoa.

Reprodução de imagem de computador apresenta molde e colocação de prótese de cimento ósseo desenvolvida com tecnologia de custos reduzidos por equipe multidisciplinar da Fiocruz, para reconstrução craniana. (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Molde personalizado

O pesquisador explicou que o molde é personalizado para cada paciente. Ele é feito a partir da ferida óssea com imagens de tomografia, que faz o negativo daquele buraco. O molde é feito em impressora 3D. “É como se você fizesse a forma do bolo que vai colocar no forno. A forma você guarda e usa de novo quando quiser fazer outro bolo. O molde é feito com a ferida óssea daquele paciente”.

“A imagem tomográfica dá toda a dimensão do crânio. É calculada então a peça que está faltando e a impressora 3D faz o negativo ou molde correspondente. Por isso, se for necessário, dá para fazer um novo molde em um processo muito ágil, e pode ser esterilizado rapidamente. Isso permite que o paciente saia do centro cirúrgico já com uma nova prótese”, explicou Rozental.

Somente este ano, foram feitos 32 moldes, sendo 23 para Pernambuco e nove para o Rio de Janeiro.

Os pesquisadores atendem pacientes civis e militares incluídos nessa primeira fase. Os militares foram vítimas de lesão por ferimento por projétil de arma de fogo. Já os civis selecionados, apresentavam tumores cerebrais, acidentes vasculares encefálicos, conhecidos como derrame, ou traumatismo cranioencefálico, que levaram ao aumento da pressão craniana e foi necessário abrir uma janela extensa na calota craniana, que os especialistas chamam de defeito ósseo.

Nesses pacientes, foi feita a reconstrução do defeito ósseo no intra-operatório (período em que decorre uma operação cirúrgica), fase permitida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Rozental ressaltou que a prótese não foi colocada em animais, nem em laboratório, mas em pacientes que apresentavam defeitos ósseos extensos por terem sido submetidos a craniectomia descompressiva, “para descomprimir o encéfalo ou cérebro, devido a uma variedade de situações”.

Unidade piloto

Molde e prótese de cimento ósseo para reconstrução craniana desenvolvida com tecnologia de custos reduzidos por equipe de pesquisadores multidisciplinar da Fiocruz (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Com o patrocínio do Ministério da Saúde, a ideia dos pesquisadores é montar uma unidade piloto de impressão 3D para poder abastecer os hospitais da rede do SUS e os hospitais militares de todo o país. “Em todas essas unidades, você vê filas de pessoas que sofreram esse procedimento e estão aguardando uma possibilidade de reconstrução do defeito ósseo, fora os novos casos que acontecem todo ano”.

Renato Rozental disse que os CTIs dos hospitais no Brasil estão lotados de pessoas acidentadas no trânsito das rodovias, sem falar nos feridos por arma de fogo.

A restauração ou reconstrução de um defeito ósseo, segundo o pesquisador, não é somente uma questão estética. “Não é somente fechar um defeito ósseo, que por si só justificaria. É dantesco. Outro ponto importante é que, quando você deixa aberto aquele defeito ósseo, ele altera o fluxo sanguíneo cerebral. Quando você reconstrói, melhora a perfusão cerebral e, com isso, você impacta diretamente na cognição e no comportamento daquele paciente. Sem a reconstrução, o paciente se sente excluído da sociedade. Mas, fazendo o processo, você possibilita a reintegração daquele paciente não só pela aparência, mas também melhora a perfusão cerebral dele e toda uma integração social diferente daquela situação anterior. É um processo muito importante porque reintegra o paciente e tem gasto bem menor”.

Segundo o pesquisador da Fiocruz, a nova tecnologia foi possibilitada pelo Complexo Econômico e Industrial do Ministério da Saúde.

Protocolo

O grupo multidisciplinar pretende definir, em 2020, um protocolo que será encaminhado ao Ministério da Saúde, visando conseguir apoio do governo federal para que essa unidade de manufatura aditiva seja montada na Fiocruz, já com um viés assistencial. “A receita do bolo vai ser normalizada para todos os fornos”, disse Rozental.

Renato Rozental infformou que a demanda anual alcança entre 200 e 300 cranioplastias. De acordo com dados do DataSUS do Ministério da Saúde, de janeiro de 2008 a setembro de 2019, o maior número desses casos ocorreu na Região Sudeste, com 49%, seguido da Região Nordeste, com 19%, e da Região Sul, com 15%. Ainda de acordo com o DataSUS, dependendo do procedimento, cerca de 2 mil a 3 mil processos de craniectomia descompressiva são realizados por ano no Brasil.

O projeto envolve a Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz); a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); a Universidade Federal Fluminense (UFF); o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF); o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer, localizado em Campinas e vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC); o Instituto de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro); o Hospital da Restauração, em Pernambuco; e o Hospital Municipal Miguel Couto, no Rio de Janeiro.

Fonte: Agência Brasil

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Saúde

Prefeitura de Guarabira firma parceria com CRM-PB e anuncia o programa “Educação Médica Continuada”

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Na tarde desta segunda-feira (10), a Prefeitura Municipal de Guarabira firmou uma parceria com o Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) para implementar o programa “Educação Médica Continuada” no município. O objetivo é proporcionar aos médicos de Guarabira atualizações técnico-científicas, aprimorando a qualidade do atendimento.

O encontro contou com a presença da prefeita Léa Toscano, do coordenador médico da Secretaria Municipal de Saúde, Dr. Breno Batista, que promoveu a reunião, e de membros da diretoria do CRM-PB: o presidente Dr. Bruno Leandro, o primeiro vice-presidente Dr. Walter Fernandes e o segundo secretário Dr. João Modesto. O programa “Educação Médica Continuada” visa oferecer aos médicos conhecimentos atualizados para a prática diária, dentro dos princípios éticos da profissão. 

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A prefeita Léa Toscano destacou a importância da parceria: “Investir na capacitação contínua dos nossos médicos reflete na qualidade do atendimento oferecido à nossa população. Estamos comprometidos em proporcionar as melhores condições para os profissionais de saúde de Guarabira”, ressaltou. Com essa iniciativa, espera-se que os médicos de Guarabira aprimorem suas competências, resultando em um atendimento de saúde mais humanizado para a população.

Secom/PMG

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Paraíba

Paraíba é destaque na Revista Brasileira de Cancerologia, do Inca

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O Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), foi destaque na Revista Brasileira de Cancerologia, do Instituto Nacional do Câncer (Inca), com a publicação do artigo “Registros de Câncer de Base Populacional no Brasil: Relevância, Desafios e Oportunidades” que descreve a importância dos registros de câncer de base populacional no Brasil, focando em experiências de diferentes estados, incluindo a Paraíba. O trabalho é realizado pelas equipes da Gerência Executiva de Vigilância em Saúde (GEVS) e do Núcleo de Doenças e Agravos Não Transmissíveis (NDANTS).

De acordo com a Coordenação Estadual dos Registros de Câncer de base populacional e hospitalar da Paraíba, o artigo relata os registros de câncer efetuados pela equipe do NDANTS que faz a busca ativa dos dados de câncer em 42 fontes notificadoras (hospitais, laboratórios e clínicas) na capital da Paraíba. A publicação do artigo na revista dá visibilidade e traz reconhecimento ao trabalho realizado pela equipe da Secretaria de Saúde do Estado que enfrenta vários desafios na coleta desses dados para os registros na Paraíba.

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A equipe do NDANTS foi capacitada pelo Inca, com foco em sigilo e ética no acesso aos dados de oncologia. O processo envolve busca ativa em locais de registro, como prontuários e exames. As fontes de dados incluem tanto a rede pública quanto a privada, mas o acesso tem se tornado cada vez mais limitado. A equipe enfrenta dificuldades no acesso a dados, principalmente na rede privada, devido à Lei de Proteção de Dados, que restringiu o acesso às informações necessárias para levantar a incidência do câncer e impactar políticas públicas.

Segundo a coordenadora estadual dos registros de câncer de base populacional e hospitalar da SES, Ângela Aquino, o câncer é a segunda causa de morte prematura por doenças e agravos não transmissíveis no Brasil e, em países com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) muito alto, já supera as doenças cardiovasculares como a principal causa de morte.

“Os registros de câncer de base populacional são fundamentais para embasar políticas de prevenção e vigilância, com foco no diagnóstico precoce, que aumenta as chances de cura, e fornece dados sobre a incidência de câncer nas capitais. O câncer é a segunda causa de morte entre pessoas de 30 a 69 anos, sendo superado apenas por doenças do aparelho circulatório. Isso destaca a importância do diagnóstico precoce, especialmente para indivíduos ainda em fase produtiva. Então, as neoplasias são a segunda causa de morte, perdendo apenas para as doenças do aparelho circulatório [acidentes vasculares cerebrais e os infartos]”, destacou.

A necessidade de mostrar esses dados para a gestão estadual de Saúde é muito importante, pois a epidemiologia do câncer é abordada como distinta de outras doenças, requerendo tempo para análise, pois a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) sugere um intervalo de cinco a dez anos para observar mudanças no perfil de câncer. O artigo também menciona o Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer que ajudou a estabelecer os registros no Brasil.

Confira a publicação do artigo na Revista Brasileira de Cancerologia pelo link https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/issue/view/262.

Secom

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Saúde

Prefeitura de Guarabira se reúne com profissionais de saúde

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Na manhã desta quinta-feira (06), a administração municipal se reuniu com profissionais de saúde que trabalham no Complexo Neurofuncional, Centro Especializado em Reabilitação  (CER III), CAF e Atenção Básica. Estiveram presentes a prefeita Léa Toscano, o chefe de gabinete Douglas Nóbrega e a secretária de Saúde, Daisy Campos, a diretora do CER III, Livia Toscano e o diretor do Complexo Neurofuncional, Adelson Júnior.

Participaram da conversa, as categorias de enfermeiros, farmacêuticos, fonoaudiólogos, cirurgiões-dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais e técnicos de enfermagem. 

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Entre os temas abordados, a prefeita Léa oficializou as categorias que o Projeto de Lei que regulamenta as gratificações já está na Câmara Municipal, e que sendo aprovado, será pago durante o mês de fevereiro.

Secom/PMG

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